Pratto nega ser ‘mercenário’ e revela cláusula de preferência ao São Paulo

Atacante fez pronunciamento avisando que só solicitou sua ida para o River Plate para estar perto da filha e assegurou que não sairia para Europa, China ou outro clube brasileiro

Pratto deu despedida do São Paulo ao lado de Raí nesta segunda-feira
Pratto se despediu do São Paulo ao lado de Raí nesta segunda-feira (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

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Pratto apareceu na sala de entrevistas nesta segunda-feira para fazer um pronunciamento de despedida do São Paulo. Ao lado de Raí, logo após ouvir o diretor executivo de futebol do clube repetir seu profissionalismo em evitar qualquer prejuízo ao Tricolor, o argentino falou rebatendo qualquer rumor sobre seu real desejo de sair, disse que optou pelo River Plate só para ficar perto da filha e até revelou uma cláusula na negociação.

- Deixei bem claro que só sairia por proposta para a Argentina, não para nenhum clube de Brasil, China ou Europa, e atendesse valores que São Paulo merece pelo esforço que fez. Se eu voltar algum dia ao Brasil, tem cláusula no contrato que São Paulo tem preferência, porque se esforçaram por mim, por isso a preferência - explicou, reafirmando ao longo de todo o seu discurso que só vai para Buenos Aires por conta da filha.


- Seria meu quarto ano no Brasil, e minha filha não me queria mais longe. Estou separado, então é uma questão complicada. O São Paulo fez todo esforço que podia para eu ficar, e agradeço. Eu estava com muita vontade de ter 2018 bom com São Paulo, mas quem tem filho sabe como é difícil. Sou filho de pais separados e não tenho figura paterna. O mais importante é eu estar perto da minha filha.

Pratto foi vendido por 11,5 milhões de euros. Desse valor, 8,5 milhões de euros ficam com o São Paulo, que exerceu uma cláusula existente no contrato para ter mais do que o previsto com 50% de seus direitos econômicos. O Tricolor ainda tem direito a um bônus por títulos do River Plate até dezembro de 2019 que pode chegar a 3 milhões de euros. Segundo pessoas envolvidas na negociação, o jogador deve receber um salário inferior no River, semelhante ao que ganhava no Atlético-MG.

- Escutei que abandonei projeto porque não gostei de 2017, mas isso é mentira.  Falei para a diretoria que, se o River não atendesse valores, eu ficaria feliz. Falam que saio porque sou mercenário ou que não gosto daqui, mas projeto de 2018, com Raí, Ricardo Rocha e jogadores chegando é melhor que 2017. Falam que volto para a Argentina por uma janela mais vistosa para a seleção, mas é mentira. Se eu fizer 15 gols no São Paulo ou no River, é a mesma coisa. A única desculpa é que minha filha precisa de mim. Minha saída não é econômica, desportiva ou desgosto. Só saio agora por causa da minha filha falou Pratto, esperançoso com o 2018 do Tricolor.


- Fui o primeiro a chegar no dia 3, sentei com o Raí e o Ricardo Rocha (coordenador de futebol) e falei que não ficaria bravo se não tivesse acordo. Tive proposta de outros clubes brasileiros, mas não é por dinheiro. Deixo dinheiro aqui, é uma questão pessoal. Agradeço à diretoria e ao clube e, sobretudo, pela ajuda como pessoa. Ano passado foi muito difícil, cresci profissionalmente e amadureci como pessoa. Neste ano, clube brigará por títulos e, se Deus quiser, terá conquistas.

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