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Oposição arma guerra fria para forçar renúncia de Aidar

Áudio gravado por Ataíde com suposta confissão do presidente sobre irregularidades será exibido em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo

Miguel Aidar - São Paulo
imagem cameraCarlos Miguel Aidar tem mais 553 dias de mandato no São Paulo (Foto: Divulgação)
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São Paulo (SP)
Dia 09/10/2015
19:23
Atualizado em 14/10/2015
11:38

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A oposição do São Paulo organiza uma guerra fria para que Carlos Miguel Aidar ceda à pressão e renuncie o cargo na presidência do clube. E para que a estratégia política dos oposicionistas seja concluída com sucesso, o ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro terá papel fundamental.

O cartola, que deixou a diretoria na última terça-feira, assegura ter documentos e até mesmo uma gravação que provam ilegalidades em negociações avalizadas e feitas por Aidar nos últimos meses. O referido áudio, inclusive, pode dar ares cinematográficos à reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 22.


A convocação para o encontro acontecerá na próxima terça-feira. Durante mais de uma semana, haverá grande expectativa sobre as revelações que Ataíde poderá fazer. A ideia é reproduzir o áudio em que supostamente Aidar assume irregularidades em volume alto no salão nobre do Morumbi para que o presidente fique constrangido diante de peças importantes no Conselho.

O constrangimento, aliado à pressão política, acreditam os oposicionistas, é a única forma possível para que Aidar renuncie. Isso porque o impeachment é visto pela maioria dos rivais como um caminho praticamente impossível.

Para autorizar tal processo, é preciso que a moção de desconfiança (documento que posiciona o Conselho oficialmente contra o presidente) alcance 180 assinaturas, que representam 75% dos conselheiros.

Nos cálculos da oposição, Aidar segue com 20 cadeiras fiéis, o que pode representar mais 20 conselheiros aliados por favores políticos ou pessoais. Além disso, há conselheiros doentes e impossibilitados de opinar e outros, mais conservadores, que consideram o impeachment uma mancha na história do clube. Basta que essa conta chegue a 61 membros bloquear o caminho.

Apesar da possível frustração, a expectativa pela renúncia imediata após as acusações e possíveis provas de Ataíde é grande. Outra ponto já comemorado pela oposição é que o encontro deve evidenciar o isolamento de Aidar com seus antigos aliados da diretoria e a perda da maioria das cadeiras no Conselho. Até lá, o tiroteio deve cessar e dar lugar mesmo a uma guerra fria.

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