Retrospectiva LANCE!: com lesões e saídas, Santos viu o crescimento de jovens no meio-campo em 2021

Jobson, Sandry e Carlos Sánchez, pilares do Peixe na faixa central do campo, tiveram que lidar com sérias lesões ao longo do ano, enquanto Alison e Pituca foram vendidos

Jean Mota, o meia Vinícius Zanocelo e o meia Gabriel Pirani,
Montagem LANCE! Fotos: Divulgação/Santos FC Ivan Storti/Santos FC

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No terceiro texto da retrospectiva do Santos, o LANCE! traz um panorama de como foi o ano dos meio-campistas da equipe. A parte central da equipe sofreu com perdas devido a lesões, bem como jogadores negociados. Dessa forma, o Peixe novamente teve que usar jovens na meia. Alguns corresponderam à altura, outros deixaram a desejar.

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OS LESIONADOS

Sandry começou a se destacar em 2020 sob o comando de Cuca. O volante foi um dos destaques do Santos na derrota para o Palmeiras na final da Libertadores, sendo muito elogiado pela torcida e imprensa.

O garoto de 19 anos não perdeu o status de titular com Ariel Holán, mas sua carreira sofreu um enorme baque em abril, quando rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito durante treino antes da partida contra o San Lorenzo, pela terceira fase da Libertadores.

Ele foi submetido a cirurgia e voltou aos gramados apenas em novembro, ao entrar nos acréscimos da partida contra o Fortaleza, nas rodadas finais do Brasileirão.

Outra importante peça santista que rompeu os ligamentos do joelho foi Carlos Sánchez. O uruguaio estava machucado desde outubro de 2020 e só voltou a atuar no empate em 2 a 2 com o Grêmio, em 24 de junho de 2021, pelo Campeonato Brasileiro.

Desde o seu retorno, ele reassumiu o protagonismo da equipe, ganhou sequência de jogo e acabou sendo vice-artilheiro do Peixe, com oito gols na temporada 2021.

Além dos dois, Jobson foi outro que rompeu os ligamentos do joelho, em janeiro. O volante se recuperou em outubro, quando atuou por 10 minutos diante do Grêmio no Brasileirão, mas acabou tendo um tendinite no joelho e ficou afastado pelo restante da temporada.

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OS VENDIDOS

Com dois volantes lesionados por quase todo o ano, quem segurou a barra na primeira linha de contenção do meio-campo foi Alison. O atleta de 28 anos acabou ganhando maior protagonismo após um 2020 onde recebeu críticas da torcida por seu excesso de virilidade em campo e a falta de repertório ofensivo.

No entanto, o Menino da Vila, que acumulou 265 jogos pelo Peixe, foi vendido ao Al-Hazem, da Arábia Saudita, em agosto, por cerca de 1 milhão de dólares (aproximadamente R$ 5,24 milhões). A venda foi uma necessidade vista pela diretoria para sanar as dívidas do clube.

Autor de um dos gols na vitória contra o Boca Juniors por 3 a 0 e titular na final da Libertadores contra o Palmeiras, Diego Pituca teve sua venda confirmada ao Kashima Antlers, do Japão, na metade de janeiro, mas só deixou o Peixe após a derrota para os rivais paulista no Maracanã.

Pituca, ao lado de Sandry e Alison, formava um trio marcador e de qualidade no meio-campo da equipe.

Ao contrário de Pituca, Jean Mota foi um dos que ficaram e jogaram boa parte da temporada. O camisa 41 somou 49 jogos na temporada 2021, mas irritou a torcida principalmente pelos cartões.

Ao todo, foram 14 cartões amarelos em 2021 e uma expulsão direta. O Santos aproveitou uma proposta da MLS em dezembro e vendeu o atleta que somou 250 vestindo a camisa do Peixe para o Inter Miami, por R$ 2,8 milhões.

OS GAROTOS

Com muitas perdas no setor, o Santos fez algo muito característico dentro do clube: apostou nos Meninos da Vila. Gabriel Pirani foi o que mais se destacou, especialmente no período em que Carlos Sánchez se recuperava de lesão.

Em sua primeira temporada completa na equipe principal, o garoto mostrou que pode jogar tanto de 8 como 10, e anotou cinco gols e quatro assistências em 60 jogos.

Outro Menino da Vila que teve um certo destaque foi Vinícius Balieiro. Usado ora como volante ora como zagueiro, o atleta de 22 anos mostrou-se útil especialmente nos momentos em que o Peixe estava com elenco curto.

Outro garotos, como Kevin Malthus e Ivonei, ganharam oportunidades ao longo do ano, mas não causaram o mesmo impacto que Balieiro e Pirani.

OS REFORÇOS

Durante o ano, o Peixe foi ao mercado em busca de meio-campistas. Um deles foi Vinícius Zanocelo, que impressionou na Ferroviária durante o Paulistão. No Santos, ele não conseguiu causar o mesmo impacto, e amargou a reserva na maior parte da temporada, embora tenha mostrado flashes de bom futebol por um curto período.

Camacho foi outro que chegou na Baixada Santista em 2021, a pedido do então técnico Fernando Diniz. Sob o comando do seu antigo treinador no Audax, ele começou bem o ano, mas as mudanças de técnico não favoreceram o atleta, que perdeu espaço e prestígio.

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