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Dia das mães: campeã olímpica Sarah Menezes celebra a data à espera da segunda filha

Única brasileira campeã olímpica como atleta e técnica, Sarah Menezes celebra data ao lado das duas filhas

Sarah Menezes nos Jogos Olímpicos de Paris
imagem cameraSarah Menezes é a atual técnica da Seleção Brasileira Feminina de Judô. Foi eleita a melhor técnica individual pelo COB em 2024. (Foto: Miriam Jeske/COB)
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Juliana Yamaoka
São Paulo (SP)
Dia 11/05/2025
06:15
Atualizado há 55 minutos

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Primeira brasileira campeã olímpica como atleta e técnica, Sarah Menezes terá um Dia das Mães especial, à espera da segunda filha.

Natural do Piauí, Sarah celebra esse momento da vida pessoal ao lado do marido, o também judoca Loic Pietri.

Ela conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, como atleta, e, como técnica da Seleção Brasileira Feminina de Judô, faturou a medalha de ouro ao lado de Bia Souza (+78 kg) em Paris 2024. Além disso, tem uma medalha de bronze com Larissa Pimenta (52 kg).

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Sarah integrou a nova comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô no ciclo olímpico rumo a Paris. Atualmente, divide o posto de técnica com Andrea Berti.

Em entrevista exclusiva ao Lance!, a campeã afirmou que sempre desejou ser mãe e também avaliou o desempenho do Brasil na modalidade, que é o carro-chefe do Time Brasil no quadro de medalhas da história dos Jogos Olímpicos, com 28 conquistas até o momento.

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— Ser mãe era um sonho. Eu tinha esse grande objetivo para o final da minha carreira e consegui realizá-lo aos 31 anos, com a chegada da Nina. Fui atleta muito cedo. Entrei na Seleção aos 15 anos e o meu corpo ficou cansado. A dieta é algo que exige muito no meu esporte. Eu queria ser mãe antes dos 35 e comecei cedo porque sempre quis ter quatro filhos. Me planejei para começar aos 30, e tudo aconteceu rápido demais. Fiquei feliz e satisfeita com esse planejamento para o pós-aposentadoria dos tatames — afirmou Sarah.

Juduca Sarah Menezes Prêmio COB
Sarah Menezes recebeu o prêmio de melhor treinadora individual no Prêmio Brasil Olímpico de 2024. (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Confira a entrevista na íntegra:

QUAL A DIFERENÇA DA PRIMEIRA PARA A SEGUNDA GESTAÇÃO?

Sempre me senti preparada. Sou uma pessoa positiva. A primeira gestação foi muito diferente — parecia até que eu nem estava grávida da Nina. Não tive nenhum parâmetro, pois conversava com outras gestantes e não sentia nenhuma dor. Ela nasceu prematura por causa da COVID-19. Já a segunda filha foi completamente o oposto. Senti enjoo e falta de apetite; até o sexto mês foi complicado. Minha bebê se mexe muito.

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COMO É LIDAR COM A CONSTRUÇÃO DE PERSONALIDADE DA SUA FILHA MAIS VELHA?

— O mais importante é estar ao lado dela, independentemente das escolhas de vida que fizer. Não sou eu quem deve escolher por elas ou viver as experiências por elas. Nós vamos educá-las dessa forma. A Nina sempre me pediu, desde pequena, para fazer aulas de judô, e eu demorei para matricular — só fiz isso neste ano, depois que ela praticou natação e ballet, sempre pensando no desenvolvimento motor dela. Eu mesma comecei tarde na modalidade, aos 9 anos. Ela me perguntou se eu tinha começado aos 3, e expliquei que ela está começando até antes de mim.

A GRAVIDEZ FOI PLANEJADA? ESPECIALMENTE PELO ANO MAIS TRANQUILO PÓS-PARIS?

-Eu me planejei. Após a Nina, a Confederação Brasileira de Judô foi super legal comigo, pois tive a oportunidade de amamentá-la até os seis meses. Ela me acompanhou em todas as viagens de competições e treinos no Brasil. Como fui mãe de primeira viagem, deixei um intervalo de tempo para ter a segunda filha neste ano meio 'morto', após a Olimpíada. A Catarina veio logo na terceira tentativa. Ela deve nascer a partir de maio.

COMO É LIDAR COM A ROTINA DE MÃE E DE TÉCNICA?

— Para mim, foi tudo muito natural e tranquilo. Estou em uma área que eu domino, então tudo se torna muito mais fácil. A vivência e a experiência como atleta também ajudam. É sempre importante entender o que se passa na cabeça das pessoas para compreender sua maneira de pensar e agir. Esse foi o ponto principal da minha preparação.

QUAIS FORAM OS VALORES QUE VOCÊ APRENDEU COMO ATLETA DO JUDÔ E QUE VOCÊ LEVA PARA A VIDA PESSOAL?

— Eu acho que o respeito vem acima de tudo. Paciência e perseverança também são fundamentais. Ser grata ao outro é algo importante no meu dia a dia.

O QUE PODEMOS ESPERAR DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ NESTE CICLO DE LOS ANGELES 2028?

— Vejo uma excelente renovação. Muitos jovens estão se destacando muito bem neste primeiro ano, e acredito que ainda teremos muitas surpresas até lá. Há uma mistura entre atletas experientes e menos experientes. Acredito muito no potencial dessa nova geração. Os clubes, a Confederação e o COB estão alinhados. Estamos conseguindo oferecer o suporte necessário para que cada um alcance ótimos resultados.

QUE TIPO DE INSTRUÇÃO VOCÊ TENTA PASSAR PARA AS SUAS ATLETAS EM GRANDES COMPETIÇÕES?

-Eu sempre digo que o tempo dentro do tatame é sagrado. Falo para não ter pressa — é preciso tempo e paciência para fazer as coisas. Sentir as sensações do movimento, como quando você segura o quimono e percebe o desequilíbrio do adversário. É importante ter golpes para os quatro lados e saber executá-los com as duas mãos. Estar sempre aberta para aprender, mesmo quando já se tem conhecimento. As meninas da Seleção têm essa facilidade, e eu queria transmitir segurança — e não apenas repetição. É fundamental praticar a técnica e insistir na paciência de repetir os movimentos até que eles saiam naturalmente, sem precisar pensar.

Mais mães do esporte

Além de Sarah Menezes, o Lance! também traz neste domingo histórias de outras mães ligadas ao esporte. Uma delas é Pri Heldes, levantadora do Fluminense que jogou a reta final da Superliga feminina de vôlei grávida.

Fora elas, também há as mães de atletas, como Alan e Darlan, do vôleiIgor Neustadt, do futebolDavizinho, do surfe, e Hugo Calderano, do tênis de mesa.

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