Rodrigo Caio evita opinar sobre volta do Carioca: ‘Procuramos respeitar’

Zagueiro do Flamengo também citou o 'ambiente de total segurança no Ninho' e respondeu sobre o fato do jogo contra o Bangu, nesta quinta, ser sem torcida e sem transmissão

Rodrigo Caio - Flamengo
Rodrigo Caio respondeu a perguntas enviadas por jornalistas, virtualmente (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

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O segundo entrevistado na coletiva virtual do Flamengo foi Rodrigo Caio, nesta quarta-feira, véspera do jogo contra o Bangu - às 21h, no Maracanã. E um dos assuntos mais abordados se deu sobre a volta do Campeonato Carioca em meio à pandemia do novo coronavírus. O zagueiro destacou os protocolos de segurança e disse que "não cabe aos jogadores" justificarem as marcações das partidas neste momento. 

- Podemos fazer nossas atividades com a maior segurança possível. Não cabe a nós, jogadores, dizer o porquê de marcar os jogos ou não. Acho que isso foge algo do nosso controle. A gente procura somente trabalhar e fazer nosso melhor. É um assunto delicado falar sobre tudo isso. Não só eu, como todos os atletas e a instituição procuramos respeitar da melhor forma. O mais importante é que criamos um ambiente de total segurança no Ninho - disse Rodrigo Caio, respondendo a perguntas enviadas por repórteres, virtualmente, emendando:

- Nos sentimos totalmente com muita confiança por todos os protocolos que foram sugeridos a nós no Ninho. Hoje, estamos muito bem protegidos aqui dentro, nos sentindo muito à vontade em fazer nosso trabalho. Não será diferente jogando. Amanhã (quinta) a gente chega no CT, faz dois testes para ter a confiança em somente entrar em campo e fazer o nosso melhor. Sabemos que do outro lado terá os mesmos exames, com o mesmo rigor, para que a gente possa fazer somente o que a gente sabe, que é jogar futebol.

A entrevista coletiva ocorreu na sala de imprensa do Ninho do Urubu e logo após o elenco de Jesus treinar pela última vez antes de voltar a jogar.

Rodrigo Caio ainda citou o massagista Jorge Luiz Domingos, conhecido como Jorginho, que faleceu, aos 68 anos no início de maio, justamente em decorrência da COVID-19.

- Respeitando ao máximo a dor de todos, por tudo que estamos vivendo. Perdemos uma pessoa muito querida no Ninho, que é o Jorginho, e sentimos muito por isso. É algo que foge da nossa alçada, isso tem que ser perguntado ao prefeito, à Ferj, que decidem onde e quando nós vamos jogar.


Confira outros trechos da entrevista coletiva:

REINICIO SEM TORCIDA E SEM TRANSMISSÃO

- Jogar sem torcida te afeta bastante. A questão da TV a gente fica um pouco triste pela questão dos torcedores. Isso foge do nosso controle. Somos profissionais, trabalhamos todos os dias para nos preparar para os jogos. O que mais vai dificultar para nós é a questão da torcida. Jogamos num clube em que a torcida nos apoia muito. A gente precisa ser forte mentalmente para superar todas as adversidades. Isso será um desafio para todos, não só o Flamengo. Todos os clubes que estão jogando em casa estão com dificuldade. As equipes de fora jogam com menos responsabilidade, menos pressão. O Mister vem trabalhando muito a nossa mente nesta questão para que a gente se prepare o máximo possível.

SOBRE FLUMINENSE E BOTAFOGO

- Eu acho que é uma questão pessoal (se sentir confortável para jogar). Nós somos privilegiados por ter uma estrutura como o Flamengo tem, que nos dá todo o suporte, toda a capacidade para entrar no CT e se sentir o mais confortável possível. Cabe a cada clube procurar da melhor forma defender seus atletas e sua instituição, fazendo com que o ambiente de treinos e atividades seja o mais confortável e seguro possível. São coisas que fogem do nosso controle. Difícil falar de outra equipe. Acredito que devem ter as razões deles. Isso é algo que não cabe a nós crucificar, falar bem ou mal. O que falo é que nós, jogadores do Flamengo, temos total segurança em treinar. Tudo que o Flamengo fez aqui, todo o protocolo nos dá total segurança para entrar em campo e fazer o nosso melhor. Espero que seja da mesma forma com Botafogo e Fluminense.

UM RECOMEÇO 

- Foi um começo de ano complicado. Tive um corte no joelho, depois lesão no adutor. Fiz uma pré-temporada tão boa, consegui me preparar e quando retornei acabei tendo lesão. O Léo Pereira depois teve uma lesão. Estamos recuperados. Todos os jogadores estão treinando em alto nível. Ninguém se lesionou nessa pré-temporada. Acredito que quem o Mister escolher, a dupla de zaga vai dar conta do recado.

TRABALHO E DEFESA FORTE

- O Mister tem muita exigência na parte defensiva. O Léo e o Gustavo vão evoluir muito. Eles gostam de ouvir, crescer e treinar forte. Todos zagueiros vão se ajudar e assim que a gente cria um grande elenco. Ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato.

INTERESSE DA EUROPA

- A gente acaba ouvindo boatos, em outros momentos não ficamos sabendo. Fico feliz, porque é fruto do meu trabalho e da minha dedicação. Tive um ano de 2019 maravilhoso. Mas sempre com pensamento no Flamengo. Já fiquei muito bitolado nestas questões extras. Vai passando o tempo, você vai focando nos seus objetivos. Meu objetivo hoje é somente o Flamengo, fazer uma grande temporada. O que acontecer fora disso, que meus empresários cuidem.

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