Contra o Grêmio, Barbieri ressalta ‘fator casa’ e tem mistério no ataque

Técnico do Flamengo afirma que apoio da torcida pode ser fundamental na luta por uma vaga na semifinal da Copa do Brasil e aponta opções para o setor ofensivo

Maurício Barbieri
Barbieri: escolher melhor estratégia diante das características dos jogadores (Gilvan de Souza/Flamengo)

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"Fator casa" foi uma das expressões mais utilizadas pelo técnico Maurício Barbieri na última entrevista coletiva antes de encarar o Grêmio, no Maracanã, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O treinador ressaltou o quanto a decisão no estádio pode ser um fator positivo para o Flamengo, mas, por outro lado, lembrou que não trará facilidades na briga pela vaga na semifinal.

- Ao que me parece, se tem uma carga alta de ingressos vendidos. Esperamos que estádio esteja lotado. Quando a nossa torcida está em sinergia com a gente, cantando, sempre nos apoia. Esperamos que seja esse o espírito. às vezes, ela se frustra, mas isso é normal. Torcida ao nosso lado deixa o Flamengo muito mais forte. É isso que precisamos para este desafio. O Grêmio é muito qualificado, mas estamos bem, estamos preparados e contamos com o apoio da torcida - afirmou.

O comandante rubro-negro manteve o mistério no ataque. Com uma lesão na coxa esquerda, Uribe ainda será reavaliado e Barbieri ainda tem Henrique Dourado e Lincoln como opções.

- Uribe fez um trabalho de transição ontem (segunda-feira). Vamos ver se vai conseguir ir a campo. É uma das opções, assim com o Dourado. Vitinho fez um bom jogo. Ainda vamos treinar hoje e estudar a melhor formação pensando nas características de cada atleta - disse ele, que completou:

- Acho que eles (Uribe e Dourado) têm características distintas, mas Dourado é tão bom cabeceador quanto o Uribe. Talvez, se tenha ficado com essa impressão (forçado mais bolas áreas pós-Copa), porque, em algumas vezes, priorizamos um jogo direto. Mudamos em relação ao momento do jogo e às características dos jogadores.

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Lincoln foi bem no primeiro jogo com o Grêmio


O que ele leva é esse aspecto de confiança, de ter ido bem. Se entrar, sabe que pode se sobressair. Temos de ter em mente que uma coisa é o Grêmio em casa, outra coisa é fora. Um é primeiro jogo e outra é o segundo. Vamos procurar sempre fazer a melhor escolha.

O que espera do jogo?

Espero uma partida disputada. Fator casa a nosso favor, torcida apoiando, mas não é (um jogo) definitivo. Vamos enfrentar uma grande equipe, que tem qualidade. Não podemos deixar eles confortáveis no jogo. Temos de tentar impor nosso jogo e, ao mesmo tempo, fazer um jogo sólido e seguro. Quem oferece espaço ao Grêmio, corre risco, mas a recíproca também é verdadeira.

Trauco

Acho que o Trauco fez boa partida, segura. O fato de ter aberto o placar ainda no primeiro tempo fez com que o time não precisasse ir afoito ao ataque e nem precisamos usar as principais características dele. Entendemos algumas frustrações da torcida, mas é importante lembrar que os que hoje estão sendo criticados, há pouco tempo estavam sendo enaltecidos. Temos de manter a calma e a serenidade. O Rodinei teve chance importante e não conseguiu ir bem, mas nos ajuda bastante. Pará nos agrega em outras coisas.

Primeiro jogo

A gente sabe que fez um bom jogo, mas ficou no passado. Temos de saber olhar os pontos positivos e negativos. Conhecemos um pouco mais do Grêmio, mas eles também nos conhecemos um pouco mais. Acho que fizemos um bom jogo, trazemos essa confiança. Tentar se impor diante desse grande adversário.

O quanto pesa o "fator casa"?

Quantificar o quanto pesa, é difícil, mas sem duvida nenhuma tem um fator importante. Poder atuar em casa nos dá força e nos empurra, mas não vamos ter facilidade. Sabemos da dificuldade que o jogo vai nos apresentar, mesmo com o fator casa. Mas com a torcida nos apoiando, somos mais fortes

Na quarta, "fator casa" atrapalhou?

Acho importante ressaltar que, na quarta, era outra competição, outra atmosfera, outro adversário, outro regulamento. O momento é outro, a competição é outra. Acertos e erros são levados em consideração para melhorar. Todos os erros foram conversados para que não se repitam, mas aquele era um primeiro jogo de decisão. Esse é um segundo. Nossa equipe tem jogadores experientes, alguns mais jovens e essa mescla tem sido positiva.

Jogo decisivo e em um ano eleitoral

Pressão existe sempre. Eu, pelo menos, não tive nenhum jogo que entrei pensando que não podia ganhar. É evidente que existe uma pressão externa e atmosfera que muda. O fator mental é sempre muito importante em qualquer decisão, é um fator de desequilíbrio, ainda mais quando se fala de duas equipes qualificadas. A gente sabe que é um jogo que não tem volta. É o ônus e bônus de se chegar em uma decisão. Muitas equipes queriam estar em nossa situação. Vamos encarar com maior seriedade e equilíbrio possível

Histórico

Número não entra em campo, mas sem dúvida ter esse histórico. Fator em casa é importante e podemos tirar vantagem disso.

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