Rafael Ramos, do Corinthians, vira réu na Justiça do RS por suposta injúria racial contra Edenílson

Volante do Internacional alega ter sido chamado de macaco pelo defensor do Timão

Internacional x Corinthians
Inter e Corinthians, no dia 14 de maio, terminou empatado em 2 a 2 (Foto: Ricardo Rimoli / Lancepress!)

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aceitou uma denúncia contra Rafael Ramos, lateral-direito do Corinthians. Dessa forma, o defensor corintiano, acusado de praticar crime de injúria racial contra o meia Edenílson, do Internacional, se tornou réu no processo criminal.

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A denúncia foi recebida na terça-feira (30), pelo juiz Marco Aurélio Martins Xavier, da 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. Segundo a decisão, as vias conciliatórias foram esgotadas.

- O fato contido na peça acusatória foi veiculado em imagens, captadas, inclusive, em rede nacional: ainda que passíveis de exame percuciente, na fase probatória, permitem a conclusão da ocorrência substancial do fato e dos indícios da autoria delitiva, atribuída na denúncia. Com efeito, é plenamente viável a pretensão acusatória - afirmou Marco Aurélio.

Caso a injúria seja comprovada na Justiça comum, a pena vai de um a três anos de reclusão, além de multa que não tem valor especificado no artigo 20 da Lei 7.716/89, que dispõe sobre o tema.

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O defensor do Timão também será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), que acatou a recomendação feita por Paulo Sérgio Feuz, auditor do inquérito. Na esfera esportiva, o atleta corintiano pode ser suspenso de cinco a 10 partidas, além de multa que pode variar entre R$ 100 a R$ 100 mil.

Segunda Feuz, foram encontrados fortes indícios de ofensas de cunho racial praticado pelo defensor contra o meia do Inter, o que levou o auditor a encaminhar denuncia contra o atleta corintiano com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).

O julgamento no STJD estava marcado para terça-feira (30), porém o advogado do clube representando o atleta português no caso, Daniel Bianski, conseguiu adiar o julgamento pois alegou compromisso previamente assumido para a data inicial do julgamento.

RELEMBRE O CASO

Durante o segundo tempo do empate em 2 a 2 entre Internacional e Corinthians, no Beira Rio, pela sexta rodada do Brasileirão, Edenílson afirmou que teria sido chamado de macaco pelo lateral corintiano Rafael Ramos, que foi preso em flagrante e precisou pagar R$ 10 mil de fiança para ser solto na oportunidade. Rafael nega a acusação.

O Instituto Geral de Perícias (IGP) divulgou uma nota, no dia 8 de junho, afirmando não ter identificado o que o lateral-direito do clube alviengro disse ao meia Edenílson. A perícia do IGP havia sido encomendada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que investiga o caso.

O resultado incomodou o atleta do Inter, que protestou em suas redes sociais. Edenílson tinha apagado todas as fotos da sua conta no Instagram e mudou nome para ‘Macaco Edenilson Andrade dos Santos’, em protesto.

Ambos atletas prestaram depoimento no STJD e mantiveram suas versões.

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