Em jogo ‘gelado’ pela Libertadores, Corinthians e Nacional ficam no 0 a 0

Na fria noite de Montevidéu, Timão faz grande jogo, mas consegue sair ileso no duelo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores. Decisão é quarta-feira, em Itaquera<br>

Elias lutou em campo
(Foto: PABLO PORCIUNCULA / AFP)

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Nem mesmo a acalorada torcida do Nacional foi suficiente para esquentar o duelo entre os uruguaios e o Corinthians na noite desta quarta-feira, no Estádio Parque Central, em Montevidéu. Com os termômetros marcando 7ºC e uma sensação térmica ainda abaixo, as equipes fizeram um jogo frio pelas oitavas de final da Copa Libertadores e terminaram com o placar congelado em 0 a 0. Veja a repercussão do resultado nos vestiários com o enviado especial do L!.

Na próxima quarta-feira eles voltam a se enfrentar no caldeirão da Arena Corinthians, onde o Timão tentará manter o 100% de aproveitamento no torneio neste ano e garantir classificação para as quartas de final. Novo 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis, enquanto qualquer empate com gols favorece os visitantes.

Alguns tentarão justificar a atuação alvinegra no Uruguai ao fato de a equipe ainda estar de cabeça quente pela eliminação no último sábado no Paulistão. É difícil precisar quanto o balde de água fria do Osasco Audax afetou os comandados de Tite, mas o que se viu foi uma das atuações mais discretas em 2016, a ponto de o Timão não acertar um chute sequer na meta rival.

Acostumado a propor o jogo pelas laterais, o Corinthians teve Lucca e Alan Mineiro estáticos, sobretudo o ex-Bragantino - o que torna ainda mais contestável a decisão de Tite de manter Romero, artilheiro da equipe na temporada na reserva. Os brasileiros até tinham a bola, mas trocavam passes inúteis até devolvê-la ao adversário sem criar nada. Pelo menos, administravam a partida.

O Nacional, por sua vez, também levava a partida em banho-maria. Nicolás López teve a melhor chance da partida, aos 27 do primeiro tempo, mas lhe faltou justamente o que mais sobrou na noite: frieza. Cara a cara com Cássio, ele chutou cruzado rente à trave.

Já de cabeça quente, os torcedores locais entoaram no segundo tempo o clássico grito de "pongan huevos" (coloquem ovos), como um pedido de raça da equipe. Não faltou disposição ao Nacional, nem mesmo organização tática, mas sim técnica para superar a defesa corintiana, que bateu cabeça em muitos momentos, mas conseguiu sair ilesa.

A fim de esquentar o jogo, Tite colocou Romero e Malone na parte final da partida, mas mesmo assim o Timão seguiu frio e terminou o duelo sem nem sequer testar o goleiro Esteban Conde. O treinador e a Fiel torcida certamente ficarão de cabeça quente até a próxima quarta-feira...

FICHA TÉCNICA
NACIONAL (URU) 0 X 0 CORINTHIANS

Local: estádio Parque Central, em Montevidéu (URU)
Data-Hora: 27/4/2016 - 21h45 (horário de Brasília)
Árbitro: Patrício Loustau (ARG)
Auxiliares: Gustavo Rossi (ARG) e Ariel Scime (ARG)
Público-Renda: Não divulgados
Cartões amarelos: Polenta, Seba Fernández e Gonzalo Porras (NAC), Elias e Felipe (COR)

NACIONAL (URU): Conde, Fucile, Victorino, Polenta e Espino; Romero e Gonzalo Porras; Barcia, Ramírez e Fernández; Nico López. Técnico: Gustavo Munúa

CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Bruno Henrique; Alan Mineiro (Marlone 24' 2ºT), Elias, Rodriguinho e Lucca; André (Romero 33' 2ºT). Técnico: Tite

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