ANÁLISE: ‘panelas velhas’ garantem esperança boa para o Corinthians na Copa do Brasil

Cássio, Gil, Fábio Santos e Renato Augusto se destacaram no jogo de ida da final e mantiveram o Timão vivo para a volta

Corinthians x Flamengo
Cássio fez uma defesa a queima roupa no primeiro tempo, na finalização de Pedro (Foto: Alex Silva / Lancepress!)

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Se o Sérgio Reis assistisse o jogo de ida da final da Copa do Brasil, entre Corinthians e Flamengo, com o olhar de analista corintiano, certamente repensaria a letra da sua música e passaria a cantar: 'Não interessa se eles são coroas, jogador velho também faz partida boa'.

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O Timão empatou sem gols na Neo Química Arena em um jogo onde os destaques foram os atletas mais experientes.

Tudo bem que dos 11 corintianos que foram titulares, seis são trintões: Cássio, Fagner, Gil, Balbuena, Fábio Santos e Renato Augusto, mas foram justamente a maioria deles que se destacaram no confronto decisivo.

Do grupo, somente Fagner destoou e, mais uma vez, não fez uma boa partida.

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Cássio mais uma vez mostrou que não é chamado de Gigante à toa. São 10 anos crescendo em jogos decisivos. O goleiro fez cinco defesas na partida, sendo que, pelo menos, três foram com alto grau de dificuldade.

Em busca de igualar Marcelinho Carioca como atleta com mais títulos na história corintiana, o camisa 12 quase não participou do jogo, pois teve que fazer um tratamento intensivo para curar um problema na perna, sofrido no empate corintiano com o Juventude, na semana passada, pelo Brasileirão.

Na zaga, Gil foi impecável. O maior ‘gol’ do defensor contra o Fla foi ter recuperado uma bola em que Gabigol sairia frente a frente à meta corintiana. O lance, inclusive, livrou a pele de Fausto Vera, que vacilou no início da jogada e proporcionou a situação de gol ao Flamengo.
O camisa 4 também foi muito bem na cobertura. Os rubro-negros só tiveram facilidade para entrar na área corintiana no início da partida, quando a dupla de zaga deu algumas vaciladas. Nestes momentos, o Coringão encontrou aquele que já citamos acima: Cássio.

Após a metade da etapa inicial, a equipe carioca já não conseguiu pisar mais na área do Timão e criou os principais momentos com bolas alçadas e finalizações de média e longa distância.

Balbuena também fez uma partida bastante regular. Não teve papel de destaque algum, mas fez o ‘feijão com arroz’, que foi bem temperado pelo seu companheiro de zaga.

Também é necessário falar sobre Fábio Santos. Atleta mais velho do elenco, com 37 anos (ele chegou a cogitar sua aposentadoria no fim desta temporada), o lateral parece um menino quando o assunto é final.

Com vigor físico e nível de concentração altíssimo, foi uma válvula de escape corintiana contra o Flamengo.

Se no ‘par ou ímpar’ com Filipe Luís fosse natural escolher o lateral flamenguista, em campo quem mostrou muito mais foi Fábio Santos. Sendo que ambos os atletas já tem uma idade mais avançada, mas o do Corinthians tem entregado como se fosse os primeiros anos de carreira, enquanto o flamenguista está em notória queda técnica e física.

Por fim, Renato Augusto. Simplesmente o camisa 8 do Corinthians foi o maestro do time, com passes rápidos e visão de jogo ímpar. Era ele o responsável por dar todo o dinamismo para a equipe. Em toda a construção de jogo do Timão estava o meia lá, recompondo, se apresentando e recebendo a bola para controlar as situações criativas da equipe alvinegra. 

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