Análise: empate do Corinthians na estreia da Sul-Americana não serve de alerta, é a tragédia anunciada

Pela primeira rodada do grupo 5 do torneio continental, o Timão ficou no 0 a 0 contra o River Plate (PAR), atual lanterna do campeonato paraguaio

River Plate P x Corinthians
Luan não repetiu as boas atuações das últimas partidas, pelo Paulista (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

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Não da para dizer que o empate em 0 a 0 com o River Plate (PAR), nesta quinta-feira (22), pela estreia do grupo E da Copa Sul-Americana, é um sinal de alerta ao Corinthians, já que esses avisos já têm sido dado desde o início da temporada.

No que se refere a classificação, o resultado em Assunção deixa os corintianos em uma condição difícil na chave, já que apenas um clube se classifica e o River tende a ser o fiel da balança. Desperdiçar dois pontos, enquanto Sport Huancayo (PER) e principalmente o Peñarol (URU) podem conquistar diante dos paraguaios, é temeroso demais.

Agora, no que tange ao futebol, o duelo no Defensores del Chaco mais uma vez escancarou a falta de criatividade e repertório do Timão.

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As entradas de Vitinho e Gabriel Pereira já perto dos acréscimos foram os únicos momentos em que o Corinthians quebrou as linhas adversárias? Sim. Mas é muito fácil falar que eles deveriam começar jogando, após o fim da partida, sendo que esses atletas, principalmente Vitinho, tiveram recentes chances como titular e não foi bem – Pereira ainda dá para “passarmos pano”, já que não foi titular nos últimos quatro jogos e desde o fim da temporada passada tem entrado muito bem, precisando, assim, ser mais testado.

De toda forma, o próprio técnico Vagner Mancini, em entrevista coletiva virtual após o jogo, disse que a escolha da escalação inicial contemplou um time mais “cascudo” e experiente em competições na América do Sul. Agora, onde estava essa casca toda?

Equipe internacionalmente experiente consegue se virar quando sabe que o adversário é amplamente inferior tecnicamente se trancará no campo defensivo. O Corinthians, por sua vez, rodava bola até deixar o torcedor tonto. O pior foi não ter repertório quando viu que as coisas não dariam certo com a proposta inicial, é achar que a entrada de Cantillo no intervalo foi positiva, porque manteve o Timão no campo de ataque. Mas com que objetividade?

E ainda que o meia colombiano tivesse buscado aqueles seus lançamentos longos como alternativa para quebrar a última linha do River Plate, ainda seria pouco.

O jogo também escancarou que está difícil encontrar um atleta corintiano capaz de assumir a responsabilidade de ir para cima, tirar um coelho na cartola e buscar, através da individualidade, romper a marcação adversária, ainda que este seja o lanterna do campeonato paraguaio.

E em relação a chutes de média e longa distância? Aí, cabe cobrarmos Otero. Que tá se esforçando para mudar a cabeça da diretoria do Corinthians, estender o seu vínculo junto ao clube, mas no quesito que mais esperam resultado dele, tem ido muito mal.

É um conjunto de erros que fazem do Timão uma equipe travada, pragmática e insossa.

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