Mudanças de Barroca não se pagam em revés do Botafogo para o Bahia

Com sequência negativa no Campeonato Brasileiro, treinador colocou Diego Souza no meio e escalou trio de atacantes mais leve, mas expulsão de Gilson comprometeu atuação

Bahia x Botafogo
Victor Rangel e Diego Souza iniciaram a partida juntos (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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O Botafogo conheceu a terceira partida seguida sem vitória no Brasileirão. Mais do que a sequência negativa, a derrota por 2 a 0 para o Bahia, na última quarta-feira, na Arena Fonte Nova, deixou o alerta ligado por atuação limitada do clube de General Severiano, que retorna ao Rio de Janeiro com mais dúvidas do que respostas. O time de Eduardo Barroca continua com um desempenho aquém. 

O treinador até tentou implantar algumas mudanças para enfrentar o Tricolor. Sem Luiz Fernando e Fernando, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, a lateral-direita voltou a ser ocupada por Marcinho. Na frente, Diego Souza voltou ao meio-campo e o trio de ataque foi formado por Lucas Campos, Victor Rangel e Rodrigo Pimpão. Uma escalação inédita no Glorioso na temporada.

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Inicialmente, a mudança tática envolvendo Diego Souza rendeu frutos. Mais recuado, o camisa 7 tornou-se o coração do Botafogo. Todas as jogadas tinham os pés do atleta como um destino certo. A função do jogador era clara: acelerar o jogo. Sempre que teve a bola, Diego Souza buscou achar um dos integrantes do trio ofensivo com um passe longo, buscando as costas da defesa tricolor. Era o mais lúcido do sistema ofensivo do Glorioso, que fez uma partida equilibrada com o Bahia na primeira parte da etapa inicial.

A ideia de jogo de Eduardo Barroca ruiu aos 33 minutos do primeiro tempo, quando Gilson recebeu cartão vermelho por fazer uma falta em Élber. Com um a menos durante 60 minutos, o Glorioso sucumbiu, deixou de criar e viu o Bahia tomar conta de todas as ações da partida. Fica o lado negativo para o treinador por não ter achado nenhuma alternativa para superar a inferioridade numérica. 

Bahia x Botafogo
Mudanças do treinador não surtiram efeito (Vítor Silva/Botafogo)

- A ideia era ter três jogadores com maior velocidade na frente e um meio-campo com experiência boa. Sabíamos que seria um jogo difícil aqui. Ideia era ter Cícero, João Paulo e Diego, experientes, para termos a bola. Até o momento da expulsão, acho que o Botafogo fazia boa partida, tentando controlar as ações e segurando um pouco o ímpeto do Bahia - explicou Eduardo Barroca após a partida.

A atuação do Botafogo no segundo tempo foi desastrosa. Nenhuma finalização, sem ameaçar a defesa do Bahia e com pouco combate no campo defensivo. O Tricolor foi o dono da partida e, explorando ataques fortes pelas laterais do campo marcados pela intensidade, poderia ter saído com um placar ainda mais elástico. Ao Glorioso, resta ligar o sinal amarelo pela situação no Brasileirão. A equipe ainda não pontuou no segundo turno.

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Durante o segundo tempo, Eduardo Barroca tirou Diego Souza e João Paulo para as entradas de, respectivamente, Rickson e Gustavo Bochecha. As mudanças, principalmente a primeira, deixaram o ataque do Botafogo ainda mais sem graça. Sem o camisa 7, o Glorioso perdeu a referência entre o meio-campo e o ataque, e as jogadas no campo ofensivo eram cada vez mais raras.

Por mais que Eduardo Barroca tenha mexido na escalação e buscado um time ainda mais ofensivo - até para bater de frente com a força das laterais do Bahia -, a leitura de jogo após a expulsão de Gilson foi aquém. É verdade que o cartão vermelho para o lateral foi contestável, mas o Alvinegro ficou irreconhecível com um a menos.

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