Artilheiro do Brasileirão de 1978 lembra parceria com Roberto Dinamite no Vasco: ‘Ensinou muito para todos’

Ao L!, ex-atacante Paulinho valoriza afinidade que teve com o ídolo cruz-maltino em campo: 'Não tinha isso de um querer aparecer mais do que o outro'

Paulinho Dinamite
'Roberto treinava faltas, pênaltis e compartilhava tudo com a gente', diz Paulinho (à esquerda) (Divulgação e Divulgação/ Vasco da Gama

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A generosidade e os ensinamentos de Roberto Dinamite deixam saudades em quem conviveu com o craque nos gramados. Parceiro de ataque do maior ídolo do Vasco nos gramados, o ex-jogador Paulinho não poupa elogios ao falar do período no qual conviveu com o camisa 10 na Colina e acabou chegando ao posto de artilheiro do Brasileiro de 1978.  

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Ao LANCE!, o ex-atacante contou como era a convivência com Dinamite, que morreu no último domingo (8), aos 68 anos, e foi sepultado na terça-feira (10), em Duque de Caxias (RJ), sua cidade natal.

- Aprendi muito com ele. Quando cheguei ao Vasco, eu tinha 19 anos. Apesar de atuarmos na mesma posição, ele me ensinava muito. E ele treinava muitos pênaltis, faltas e fazia questão de compartilhar o que costumava fazer com a gente - e destacou:

- Era uma pessoa muito alegre, sempre na dele. Tratava muito bem as pessoas, fazia questão de abrir aquele sorriso sempre. Foi uma pessoa maravilhosa - complementou. 

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Paulinho detalhou a maneira como conseguiu chegar à artilharia do Brasileiro de 1978 vestindo a camisa do Vasco. Ele marcou 19 gols naquela edição, na qual o Cruz-Maltino chegou às semifinais.

- Eu ia mais pela esquerda, Wilsinho pela direita e o Roberto pelo meio. Mas às vezes variávamos. Em alguns momentos, passei a ir pelo meio do ataque. Aí o Roberto saía, procurava as jogadas e eu ficava na cara do gol. Tivemos uma parceria muito boa, a gente se dava muito bem em campo. Tínhamos algumas jogadas nas quais ele conseguia se adiantar até. Pensava no que o zagueiro iria fazer e já me alertava  - disse.

O ex-jogador contou com carinho uma lembrança que guardou em relação a Dinamite.

- Soube que ele disse em uma entrevista que fui um dos atacantes com quem ele mais gostou de jogar. Fiquei muito contente com isso.  A gente tinha uma afinidade mesmo. Não tinha isso de um querer aparecer mais do que o outro. E eu era mais um, sabia da dimensão dele, de que ele era um centroavante acima da média. Fui artilheiro do Brasileiro também porque ele foi muito convocado para a Seleção naquele ano de 1978. Era um ano de Copa, né?! E também porque tínhamos um grande time, com Orlando, Marco Antônio, Zé Mário... - afirmou.

Paulinho também recordou-se das variações de jogo que Roberto oferecia em campo.

- Era um jogador que chutava bem com as duas pernas. Lembro que em 1979, ele passou a sair da área com mais frequência do que de costume. Deu certo, e assim a gente fazia muitos gols. Roberto é um jogador que a gente não encontra mais hoje, um cara excepcional, habilidoso demais. Sem contar que foi uma pessoa fantástica. Vai fazer muita falta... - disse.

Dinamite travava uma batalha contra um câncer no intestino desde o fim do ano de 2021. No sábado passado, teve uma piora no quadro, não resistiu e deu seu adeus definitivo no domingo (8).

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