Exclusivo: Thomaz Koch critica pressão em cima de João Fonseca
Ídolo nacional destaca que tênis é quilometragem

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Número 1 do Brasil e 46 do mundo, aos 19 anos, e mais jovem do país a vencer um ATP, em fevereiro, João Fonseca virou vidraça há algum tempo. Muitos não poupam críticas à jovem estrela, principalmente após as derrotas. Mas, na opinião do gaúcho (radicado no Rio de Janeiro) Thomaz Koch, de 80 anos, um dos maiores da história do tênis no país, o momento não deveria ser de cobranças:
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- Acho que ele está muito bem encaminhado e eu acho que é importante a gente deixar ele um pouco mais à vontade, não botar pressão em cima dele - explica Koch, em entrevista exclusiva ao Lance!, durante o Rio Ladies Open, na Barra da Tijuca, no dia 16.
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Ex-número 24 do mundo, em 1974, terceiro melhor ranking de um tenista do país, atrás apenas de Gustavo Kuerten (1º) e Thomaz Bellucci (21º), Koch vê João Fonseca evoluindo em um dos aspectos mais importantes dentro de uma quadra de tênis:
- Eu vejo ele aprendendo muito rapidamente como dosar as energias durante o jogo. Porque, quando ele começou, ele achava que era 100% cada ponto. E isso aí ninguém aguenta, entende? O físico não aguenta, e a cabeça também não. Então, nesse ponto, ele está dosando e está aprendendo como jogar os pontos. E eu acho que ele está super bem encaminhado, e vejo ele como uma referência. Ou melhor, não só eu, mas o mundo inteiro. Todos o vemos com uma expectativa, mas sem botar pressão nele.
João Fonseca precisa de quilometragem
Por fim, o guru do tênis brasileiro tem certeza de que, com o tempo, João Fonseca só tende a evoluir:
- Acho que o físico dele ainda está se formando e, bem ou mal, ele está aprendendo a jogar com os melhores. Então, isso aí é importante. Isso aí leva tempo. Tênis é quilometragem, mais do que qualquer outra coisa. Não é uma coisa que acontece de uma hora para a outra. E ele já usou um atalho muito grande (subindo várias posições, em pouco tempo, no ranking). Então, esse atalho, às vezes, é perigoso. Então, vamos devagar.
Presidente da CBT
Também em entrevista ao Lance durante o Rio Ladies Open, Alexandre Farias, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), falou sobre o número 1 do país:
- O João é um menino que já vem há muito tempo desenvolvendo um trabalho. E, graças aos torneios juvenis que a CBT fez no passado, como a Copa das Federações, Banana Bowl, Brasil Juniors Cup, que ele veio evoluindo e hoje se tornou um grande jogador. Eu acho que a contribuição da CBT ali atrás foi nesse sentido. Agora é com ele. Mas eu acho que o brasileiro hoje, como um todo, está carente de ídolos.
- E o João é a personificação disso, vai trazer muitas alegrias para o povo brasileiro. É o início de uma jornada, a gente precisa ter paciência, existem processos a serem edificados, depois existe a fase de maturação e até mesmo os resultados. Então, a gente tem certeza que ele vai ser um grande campeão. E acho que isso vai ser muito importante não só para ele, mas para o tênis nacional, de modo geral, e para todos nós que somos brasileiros e gostamos do esporte.

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