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Pitaco do Guffo: por que ninguém quer treinar a Seleção?

nossa marca mais reconhecida está desvalorizada esportivamente no mundo da bola

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imagem cameraDepois do balão do italiano, é a vez do Mister?
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 02/05/2025
01:36

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Carlo Ancelotti rejeita a CBF, mostrando sua desmoralização.
Seleção Brasileira é a marca mais reconhecida do Brasil no mundo.
CBF teve dirigentes envolvidos em escândalos de corrupção.
Após Marco Polo del Nero, a competência dos dirigentes caiu.
Ancelotti prefere ofertas de clubes árabes à Seleção Brasileira.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

Quando Carlo Ancelotti deu mais um balão na CBF, acredito que ficou bem claro o quanto nossa confederação está desmoralizada e o quanto a canarinho pentacampeã está desvalorizada para o mundo do futebol. Pelo menos, em termos esportivos. Afinal, por que ninguém quer treinar a Seleção?

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Não existe no exterior uma marca brasileira de maior sucesso do que a Seleção Brasileira. Nem Petrobras, Embraer, Anitta ou Açaí, nada se compara. Em qualquer lugar do mundo que se vá e você se identifica como brasileiro, a primeira coisa que as pessoas falam e reagem é futebol e a Seleção. E começa a lista de grandes jogadores e ídolos que vestiram a amarelinha com aquele sorriso de admiração e amor. Nada dá mais orgulho de ser brasileiro lá fora que isso.

Se fosse só bagunça, seria fácil

Desde João Havelange, a CBF (e antiga CBD) teve dirigentes envolvidos em escândalos de corrupção e outros tipos de negócios ilícitos. O livro “Jogo Sujo” de Andrew Jennings ou o Podcast “O sequestro da Amarelinha” de Jamil Chade e José Roberto de Toledo, são bons documentos sobre essa cultura de cooptação da nossa marca nacional de maior sucesso por interesses inescrupulosos.

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Marco Polo del Nero: o começo de uma era de incompetências na CBF

Ou seja, a CBF sempre foi um ambiente de ética duvidosa e mesmo assim, conseguia montar belos times e disputar e conquistar títulos importantes em todas as suas categorias. Se fosse só bagunça, seria fácil. Mas o buraco é mais embaixo: os dirigentes antes de Marco Polo del Nero tinham seus problemas éticos mas eram competentes. A partir do ex dirigente são paulino, seguiram os problemas éticos mas caiu severamente a competência dos cartolas.

O famoso "rouba mas faz” criado na política brasileira e aceito como uma característica cultural da nossa sociedade, se espelhava na CBF: tudo bem burlar a alfândega no aeroporto se na bagagem estava a taça do tetra mundial. Se entende? Pois agora nem isso mais temos. E também não deixa de ser muito triste que eu fique aqui normalizando o “rouba mas faz” como algo positivo, pois não é.

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Dinheiro nunca foi o problema

Imaginando que entre todos os problemas da vida de um ser humano, dinheiro não seja um deles para Carlo Ancelotti, o fato dele preferir escutar uma proposta de qualquer clube da Arábia Saudita antes de fechar com a única seleção penta campeã do mundo, fala muito da crise da CBF e sua imagem no exterior. E também claro, fala de Ancelotti.

O desafio esportivo que move todo e qualquer grande ator do futebol deveria ser motivação suficiente para almejar um dia treinar uma seleção nacional. Ainda mais a brasileira, com todo respeito às outras seleções. E a CBF paga bem! Nessa semana, o Palmeiras veio a público dizer que não há negociações com seu treinador e a CBF. Jorge Jesus precisa ser demitido do Al Hilal pra conversar. Outras opções nem são cogitadas. A um ano da Copa do Mundo, eu me pergunto: por que ninguém quer treinar a Seleção?

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