Felipe Melo planeja se aposentar no Palmeiras e cita 1951 como Mundial
Volante brinca que só uma oferta milionária da China o faria sair do clube, com quem tem contrato até dezembro de 2021, e destacou a Libertadores como obsessão do elenco
No Palmeiras desde o começo de 2017, Felipe Melo assinou em junho a ampliação de seu contrato até dezembro de 2021 e, atualmente com 36 anos de idade, fala abertamente sobre se aposentar no clube. Declarando amor à equipe pela qual foi campeão brasileiro em 2018, o volante se mostra tão ligado que adota o canto da torcida de que Libertadores é obsessão e cita a Copa Rio de 1951 como Mundial, título contestado por rivais.
- Trabalho para ganhar o que vem pela frente. Quando vou encerrar a carreira, não tenho ideia. Se chega um amigo de olho puxado e oferece 10 ou 15 milhões por mês e uns 30 milhões de euros para o Palmeiras, acho que a gente vai pensar. Como creio que isso não vai acontecer, minha ideia é ficar aqui - disse o camisa 30 ao site CopaLibertadores.com, citando o Mundial de 1951 ao falar se é necessário ser campeão da Libertadores para consolidar uma era.
- O Palmeiras tem tantos títulos no currículo que seria injusto colocar uma geração vencedora só porque ganhou a Libertadores. Eles levaram a Libertadores, mas não o Mundial. Quem levou o Mundial foi em 1951. O maior título é o Mundial? O pessoal da Libertadores não presta? Geração vencedora levanta troféu. 1951 é vencedor, quando ganhou a Copa do Brasil com o Felipão ainda, com menos poder, é vencedor. Somos uma geração vencedora que busca também ganhar esse grande título que é uma obsessão - falou.
- Essa parte (da música da torcida) é decorada por todos. “A Taça Libertadores obsessão, tem de jogar com alma e coração, olê olê”. Está na alma de todos. Na América do Sul, o ápice é a Libertadores. É a obsessão de todo jogador. Já ganhei outros títulos no Brasil, não ganhei a Libertadores, então para mim é um objetivo. Não só meu, mas de todos - prosseguiu.
As declarações mostram a ligação de Felipe Melo com o Palmeiras. Afastado durante a segunda passagem de Cuca pelo clube, na metade de 2017, o meio-campista sempre destaca o apoio que recebeu durante esse período, e declara amor à equipe que, nesta terça-feira, define seu destino na Libertadores - enfrenta o argentino Godoy Cruz, no Allianz Parque, e precisa vencer ou empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, já que a ida ficou 2 a 2 e gol fora de casa conta como critério de desempate.
- A maneira como fui tratado como cheguei me surpreendeu, não esperava tanto carinho e apoio. Isso é um dos pontos que fez eu amar o Palmeiras. Porque hoje posso falar que amo o Palmeiras. Sempre falei que gosto, hoje amo, porque, em momentos especiais, tive um apoio grande do torcedor, dos companheiros, da diretoria, do clube - ressaltou o camisa 30.
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