Vôlei masculino: Ngapeth brilha, e França é campeã olímpica pela primeira vez

Franceses vencem Comitê Olímpico Russo por  3 a 2 e agora terão Bernardinho na Olimpíada 'em casa': Paris-2024

Ngapeth
Ngapeth e seus colegas de França serão comandados por Bernardinho a partir de agora (Foto: Divulgação/FIVB)

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O ouro no vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio é da França. Neste sábado, os franceses derrotaram o Comitê Olímpico Russo por 3 sets a 2, com parciais de 25-23, 25-17, 21-25, 21-25 e 15-12. O grande destaque foi o atacante Ngapeth. Agora, os Bleus, que vão jogar em casa a Olímpiada de Paris-2024, vão ser comandados por Bernardinho.

O jogador de 30 anos, que joga na Rússia, colocou no chão 21 de 40. Fez ainda mais dois pontos no bloqueio e três no saque. Mais cedo, o Bronze ficou com a Argentina, que derrotou o Brasil por 3 sets a 2

O jogo 
Após várias temporadas atuando no Zenit Kazan, principal time russo da década, Ngapeth parecia à vontade ao duelar com ex-companheiros e adversários bem conhecidos. Jogou boa parte da partida sorrindo, como se estivesse em uma pelada de fim de semana com os amigos. Foi inteligente ao saber explorar a altura do bloqueio rival. Fez sua parte na linha de passe, apareceu para defender e deu tranquilidade ao restante do time. Nem de longe parecia o jogador que iniciou a Olimpíada com vários quilos a mais, muitas vezes demonstrando uma certa falta de compromisso ou seriedade. Mas é preciso admitir que ele pareceu sentir o físico na parte final do confronto.

Também é preciso elogiar Brizard. O levantador que ganhou a posição de Toniutti durante os Jogos, foi importante para mudar a história do primeiro set. A Rússia esteve à frente do placar o tempo todo. Entrou na reta final com 22 a 18. Na passagem de Brizard pelo saque, a França virou para 23 a 22, com direito a dois aces.

A virada sofrida no primeiro set desestabilizou os russos. O contrário do que foi visto na semifinal, quando estiveram em desvantagem contra o Brasil. A confiança desapareceu. Os erros no saque viraram frequentes (fundamento não fez um mísero ponto). Kliuka e Volkov tiveram um baixo aproveitamento nas extremidades. O segundo terminou o jogo no banco de reservas, inclusive. Mikhaylov ficou sobrecarregado. Tudo caminhava para um 3 a 0. Caminhava…

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No terceiro set, a mudança de Tuomas Sammelvuo (Podlesnykh no lugar de Volkov) voltou a funcionar, como já havia acontecido na semi, e a Rússia faturou a parcial, com um jogo mais solto, com o volume de jogo voltando a chamar a atenção, com Kliuka melhorando a eficiência ofensiva. Pankov também já estava em quadra no levantamento, contribuindo com uma melhor distribuição.

O início francês no quarto set foi alucinante, abrindo de cara 7-3. Mikhaylov, sempre ele, fez uma ótima passagem pelo saque, e saiu de lá com a virada. A França pareceu foi perdendo o gás, sentindo a questão física. Passou a errar mais e não conseguiu mais pressionar os russos. O tie-break era questão de tempo.

A pressão foi grande para ambos os lados no set decisivo. A tensão estava no ar na Ariake Arena. Os russos saíram na frente, se aproveitando dos erros franceses. Ngapeth reapareceu no jogo e deixou o placar igual antes da virada de lado na metade da parcial. Ponto lá, ponto cá, com o jogo empatado até o 11°. Patry achou um ace para dar a vantagem necessária para os Bleus fecharem o duelo.  Mikhaylov terminou a final com 21 pontos, seguido por Kliuka com 20. Patry fez 15 para a França.

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