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Efeito Calderano: clube duplica número de alunos de tênis de mesa no Rio

Conquistas recentes do atleta inspiram praticantes de todas as idades

Alunos praticando tênis de mesa em clube na Zona Sul do Rio (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)
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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porMarcelo Velloso,
Dia 10/07/2025
07:30

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Quadras lotadas e barulhos de bolinha batendo no chão. Assim é o ambiente no Clube Hebraica, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nos dias de aula de tênis de mesa. Nos últimos meses, o local registrou um aumento de 92% no número de alunos que praticam o esporte. Durante o chamado "efeito Calderano", as quadras encheram de jovens, adultos e idosos. Todos foram inspirados por Hugo Calderano, que conquistou o título inédito para o Brasil da Copa do Mundo de Tênis de Mesa, na China, em abril.

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Vitor Neder, professor de tênis de mesa no clube há um ano, explica que o aumento chega a triplicar em alguns clubes da região:

— O efeito Calderano fez a procura dobrar ou até triplicar na Zona Sul. Muitos atletas entraram aqui depois que ele ganhou a Copa do Mundo.

Hugo Calderano bicampeão do WTT da Eslovênia (foto: WTT)
Hugo Calderano é bicampeão do WTT da Eslovênia (foto: WTT)

O perfil dos alunos da Hebraica varia bastante. Tem alunos de 11 a 64 anos. Alguns praticam apenas pelo lazer, já outros buscam ser atletas de alto rendimento. É o caso de Antônio Melo, de 15 anos. Ele pratica o tênis de mesa desde os 11, sendo inspirado pela ascensão de Hugo Calderano.

— Acho que ter um atleta brasileiro, de tão alto rendimento e no topo do ranking mundial, é muito gratificante. Para a gente, serve como espelho e motivação de que é, sim, possível chegar ao topo do esporte — afirma o atleta.

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Antônio e treinador Vitor (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)
Antônio e treinador Vitor (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)

Para muitos, o esporte começou somente como uma brincadeira. Das disputas do "ping-pong" nos intervalos da escola aos grandes torneio, o tênis de mesa era, recentemente, visto somente como um entretenimento do Brasil. Antônio explica que a internet também ajudou a difundir o esporte:

— Eu jogava ping-pong na escola. Aos poucos a gente começa a ganhar mais, a ver os vídeos na internet. Então, a gente vai se espelhando e vai subindo de degrau até querer procurar um clube para dar esse suporte e voarmos mais alto.

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Já dando largos passos nas disputas escolares e estaduais do tênis de mesa, Antônio almeja estar no auge do esporte e servir de inspiração para outros atletas e pessoas que querem ingressar.

O treinador explica que faltavam referências para expandir o tênis de mesa brasileiro. O ranking mundial é dominado por atletas asiáticos. De uns meses para cá, quem passou a aparecer nele foi Calderano. Hoje, o brasileiro ocupa a terceira posição de um top-5 que, além dele, só tem japoneses e chineses.

— As referências que temos no esporte, geralmente, são asiáticas. É difícil não ter uma referência que não seja do seu país. Com o Hugo chegando no patamar que ele chegou, com certeza ajuda muito o tênis de mesa do Brasil.

Robô auxilia no treinamento de tênis de mesa (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)
Robô auxilia no treinamento de tênis de mesa (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)

O clube da Zona Sul tinha somente 14 alunos de tênis de mesa em março. Hoje, já são 27 praticando o esporte. Além das aulas para quem quer passar o tempo e ser atleta, o local também oferecerá, a partir do dia 19, o esporte para pessoas com Parkinson.

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Efeito Hugo Calderano atinge todas as idades

E não são só os jovens que são influenciados por Hugo Calderano. Leonardo Gotino já chegou aos 64 anos e foi incentivado pelas conquistas do atleta a voltar a praticar o esporte após uma pausa. Ele começou no tênis de mesa há mais de 20 anos, para passar o tempo.

— Ele é uma inspiração para mim. É um esporte que não tem tradição no Brasil e ele chegou onde chegou. Ele é um cara fantástico. A Bruna Takashi também, ela tem evoluído muito — explica Leonardo.

Alunos do tênis de mesa do Hebraica. Está no centro da imagem (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)
Alunos de tênis de mesa da Hebraica (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)

Praticando o tênis de mesa desde 2004, Leonardo avalia que os novos interessados são curiosos, mas que muitos podem se tornar grandes atletas no futuro.

— Nesse esporte, alguns seguem e outros desistem. Tem que estudar muito para saber o que você almeja. É difícil se dedicar nesse esporte. Você precisa se dedicar por muito tempo para ser bom. Então, é bem difícil.

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Theo Hassan, de 11 anos, é um dos pequenos grandes nomes da Hebraica. Ele pratica o tênis de mesa há cerca de dois anos, começando aos nove. Ele afirma que tem Calderano como inspiração.

— O Hugo é uma inspiração para mim. No começo eu praticava na escola, brincando. Quando eu comecei a participar de algumas competições interescolares, eu vim aqui para a Hebraica e o Fluminense, querendo ser profissional — afirma.

Theo (à direita) praticando tênis de mesa (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)
Theo (na direita inferior) praticando tênis de mesa (Foto: Kauhan Fiaux / Lance!)

Já indo longe no esporte, os sonhos do atleta são grandes:

— Eu me vejo ganhando uma medalha pelo Fluminense, pela Hebraica. Quem sabe, em um estadual.

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