menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Conheça o engenheiro brasileiro responsável pelo áudio de Wimbledon

Jonathan Batista, vencedor de um Emmy, é responsável por garantir o áudio do Grand Slam

O engenheiro de som Jonathan Maia em seu trabalho em Wimbledon (Divulgação)
imagem cameraO engenheiro de som Jonathan Maia em seu trabalho em Wimbledon (Divulgação)
unnamed-2-aspect-ratio-1024-1024
Gustavo Loio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/07/2025
04:20
Atualizado há 1 minutos

  • Matéria
  • Mais Notícias

Nos bastidores de Wimbledon, que termina no próximo domingo, um brasileiro é peça fundamental para que o público ouça algumas das principais emoções do Grand Slam britânico. O engenheiro de som Jonathan Domingues Batista é responsável por garantir a qualidade impecável do áudio no mais tradicional torneio de tênis do circuito mundial.


➡️ João Fonseca cresceu mais de 500% nas redes sociais

continua após a publicidade

➡️ Filha de Djokovic rouba a cena em Wimbledon

➡️ Stefani na final de duplas mistas de Wimbledon: horário e onde assistir

- Já são três edições tendo a honra de integrar a equipe de áudio de Wimbledon. Vim de um país vibrante, acostumado à intensidade sonora de estádios lotados, e precisei aprender a adaptar essa experiência à precisão britânica. É um desafio gratificante. Hoje, posso dizer que entendo a linguagem sonora deste evento - explica o carioca, que vive desde 2018 em Londres.

Brasileiro é 'maestro' em Wimbledon

O trabalho de Jonathan começa antes mesmo das primeiras raquetadas na grama do All England Club. O brasileiro participa da calibração dos sistemas de som nas quadras principais e garante que as entrevistas e coletivas de imprensa no Media Pavilion sejam captadas com clareza absoluta.

- Trata-se de uma orquestra tecnológica complexa. Cada cabo, mixer e alto-falante tem papel crítico para que o público do mundo inteiro viva a experiência sonora de Wimbledon com qualidade impecável”, explica.

A edição 2025 tem sido ainda mais desafiadora, já que emissoras de mais de 30 países estão transmitindo os jogos. Segundo Jonathan, o clima técnico nos bastidores lembra o de uma Olimpíada.

- É um evento global, com gente do mundo todo. A busca pela perfeição sonora é constante. Usamos tecnologias de ponta, como as redes de áudio Dante, que permitem uma distribuição de som com flexibilidade e qualidade incrível. Aqui, a tradição anda lado a lado com a inovação - destaca.

continua após a publicidade

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

Jonathan trabalhou na final da Champions League

Recentemente, o engenheiro carioca foi responsável pela sonorização das partidas decisivas da Champions League 2025, cuja final foi no dia 31 de maio, em Munique, na Alemanha, com a goleada do Paris Saint-Germain sobre a Inter de Milão.


- É como mixar um filme ao vivo, só que com milhões de pessoas assistindo e sem direito a erro - resume Jonathan. Sua função incluiu desde a captação do som da torcida até a mixagem de entrevistas, comentários e trilhas sonoras, sempre em sincronia com dezenas de câmeras e sinais de vídeo.

No futebol, o desafio é ainda maior, garante:

- A gente não consegue silenciar um estádio com 60 mil pessoas. O trabalho é criar uma atmosfera sonora que una emoção, clareza e imersão. Isso exige precisão e controle total do ecossistema técnico”, relata o brasileiro, que, no currículo, tem um Emmy Award, pelo trabalho com a equipe da NBC nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Trata-se do mais prestigioso prêmio da indústria televisiva americana, na categoria Outstanding Technical Team Remote.

Segundo o engenheiro, a maior dificuldade em transmissões deste porte é lidar com a imprevisibilidade. - São dezenas de fontes de áudio ao mesmo tempo: narradores, comentaristas, microfones de ambiente, efeitos, retorno para os apresentadores… tudo precisa estar perfeitamente sincronizado. Qualquer erro pode comprometer o resultado. Por isso, além de técnica, é preciso ter muito controle emocional - garante o brasileiro, que está brilhando desde o início de Wimbledon.

continua após a publicidade

Jonathan começou no áudio aos 15 anos, em bastidores de shows da MPB no Rio. Ganhou experiência na TV Globo, participando de programas como The Voice Brasil, Esquenta e Domingão do Faustão. Em 2011, decidiu tentar a vida em Londres, onde trabalhou de garçom a operador técnico na TV Record antes de conseguir seu primeiro grande trabalho internacional nas Olimpíadas de Londres.

Finalistas serão conhecidas nesta quinta

Nesta quinta-feira, Wimbledon conhecerá suas inéditas finalistas: a bielorrussa Aryna Sabalenka enfrenta a americana Amanda Anisimova e, em seguida, a polonesa Iga Swiatek encara a suíça Belinda Bencic.

O engenheiro de som Jonathan Maia em seu trabalho em Wimbledon  (Divulgação)
O engenheiro de som Jonathan Maia em seu trabalho em Wimbledon (Divulgação)

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias