Conheça o engenheiro brasileiro responsável pelo áudio de Wimbledon
Jonathan Batista, vencedor de um Emmy, é responsável por garantir o áudio do Grand Slam

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Nos bastidores de Wimbledon, que termina no próximo domingo, um brasileiro é peça fundamental para que o público ouça algumas das principais emoções do Grand Slam britânico. O engenheiro de som Jonathan Domingues Batista é responsável por garantir a qualidade impecável do áudio no mais tradicional torneio de tênis do circuito mundial.
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- Já são três edições tendo a honra de integrar a equipe de áudio de Wimbledon. Vim de um país vibrante, acostumado à intensidade sonora de estádios lotados, e precisei aprender a adaptar essa experiência à precisão britânica. É um desafio gratificante. Hoje, posso dizer que entendo a linguagem sonora deste evento - explica o carioca, que vive desde 2018 em Londres.
Brasileiro é 'maestro' em Wimbledon
O trabalho de Jonathan começa antes mesmo das primeiras raquetadas na grama do All England Club. O brasileiro participa da calibração dos sistemas de som nas quadras principais e garante que as entrevistas e coletivas de imprensa no Media Pavilion sejam captadas com clareza absoluta.
- Trata-se de uma orquestra tecnológica complexa. Cada cabo, mixer e alto-falante tem papel crítico para que o público do mundo inteiro viva a experiência sonora de Wimbledon com qualidade impecável”, explica.
A edição 2025 tem sido ainda mais desafiadora, já que emissoras de mais de 30 países estão transmitindo os jogos. Segundo Jonathan, o clima técnico nos bastidores lembra o de uma Olimpíada.
- É um evento global, com gente do mundo todo. A busca pela perfeição sonora é constante. Usamos tecnologias de ponta, como as redes de áudio Dante, que permitem uma distribuição de som com flexibilidade e qualidade incrível. Aqui, a tradição anda lado a lado com a inovação - destaca.
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Jonathan trabalhou na final da Champions League
Recentemente, o engenheiro carioca foi responsável pela sonorização das partidas decisivas da Champions League 2025, cuja final foi no dia 31 de maio, em Munique, na Alemanha, com a goleada do Paris Saint-Germain sobre a Inter de Milão.
- É como mixar um filme ao vivo, só que com milhões de pessoas assistindo e sem direito a erro - resume Jonathan. Sua função incluiu desde a captação do som da torcida até a mixagem de entrevistas, comentários e trilhas sonoras, sempre em sincronia com dezenas de câmeras e sinais de vídeo.
No futebol, o desafio é ainda maior, garante:
- A gente não consegue silenciar um estádio com 60 mil pessoas. O trabalho é criar uma atmosfera sonora que una emoção, clareza e imersão. Isso exige precisão e controle total do ecossistema técnico”, relata o brasileiro, que, no currículo, tem um Emmy Award, pelo trabalho com a equipe da NBC nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Trata-se do mais prestigioso prêmio da indústria televisiva americana, na categoria Outstanding Technical Team Remote.
Segundo o engenheiro, a maior dificuldade em transmissões deste porte é lidar com a imprevisibilidade. - São dezenas de fontes de áudio ao mesmo tempo: narradores, comentaristas, microfones de ambiente, efeitos, retorno para os apresentadores… tudo precisa estar perfeitamente sincronizado. Qualquer erro pode comprometer o resultado. Por isso, além de técnica, é preciso ter muito controle emocional - garante o brasileiro, que está brilhando desde o início de Wimbledon.
Jonathan começou no áudio aos 15 anos, em bastidores de shows da MPB no Rio. Ganhou experiência na TV Globo, participando de programas como The Voice Brasil, Esquenta e Domingão do Faustão. Em 2011, decidiu tentar a vida em Londres, onde trabalhou de garçom a operador técnico na TV Record antes de conseguir seu primeiro grande trabalho internacional nas Olimpíadas de Londres.
Finalistas serão conhecidas nesta quinta
Nesta quinta-feira, Wimbledon conhecerá suas inéditas finalistas: a bielorrussa Aryna Sabalenka enfrenta a americana Amanda Anisimova e, em seguida, a polonesa Iga Swiatek encara a suíça Belinda Bencic.

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