Ex-Roma, Mancini fala ao LANCE! sobre início da carreira de técnico e ideias pessoais para nova fase

Ex-lateral que acumula passagens por Atlético-MG, Roma e Inter de Milão comentou como sua experiência pela Itália ajudou no desenvolvimento de conceitos táticos

Mancini - ex-Roma e Atlético-MG
Mancini segue atuando no futebol, agora na carreira de treinador (Foto: Arquivo pessoal)

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Com grandes passagens por Roma, Atlético-MG e Inter de Milão, o ex-lateral e agora técnico Mancini conversou com o LANCE! sobre a nova fase da vida, agora na beira dos gramados, além de outros assuntos do futebol brasileiro.


Como treinador, Mancini revelou que as ideias de Fernando Diniz lhe agradam na forma como são realizadas, apesar da falta de consistência defensiva apresentada nos últimos trabalhos.

- Eu gosto do Diniz, acho que ele tem um conceito bacana de um time que gosta de propor jogo, que ataca e é muito agressivo na posse de bola, pois quando tem o controle é muito vertical. Só acho que ele precisa de um equilíbrio maior defensivo, mas o sistema de jogo dele me agrada.

O ex-atleta comentou também sobre a forma que um treinador deve chegar um novo clube na visão dele, não impondo uma metodologia logo de cara.

- Quando o técnico chega em determinado país, primeiro tem que fazer um diagnóstico para entender a cultura do clube, como joga, qual a metodologia e devagar colocando as suas convicções. Se chegar e mudar tudo radicalmente, você dá um tiro no pé.

Segundo Mancini, atuar por vários anos na Serie A Italiana trouxe muitos conhecimentos para ele, pincipalmente por conta da sua mudança de posição, passando a atuar cada vez mais ofensivo no campo.

- Acho que a escola italiana ensina muito. Quando estive lá como atleta, mudei da água para o vinho no quesito tático, pois era mais peladeiro, não tinha posição certa, quando subia para atacar não sabia como defender e a Itália me deu isso. Eu aprendi muito no futebol italiano a questão tática sobre como me posicionar defensivamente e também ofensivamente.

Após fazer estágios na Roma e no Manchester United, com José Mourinho, Mancini iniciou sua ainda curta carreira de técnico em 2019, quando dirigiu o Foggia, da Série D da Itália. Após breve passagem, voltou ao Brasil para treinar o Villa Nova-MG. Em 2021, foi apresentado como novo coordenador técnico do Betim, também de Minas Gerais.

Perguntado sobre qual elenco do Brasil ele considera mais forte hoje, o treinador afirmou imediatamente que Atlético-MG e Flamengo tem vantagem, colocando o Galo mais forte do que o Rubro-negro.

- Acho que o Atlético e Flamengo estão mais a frente. O Atlético, pois é um time que ataca bem e tem uma boa consistência defensiva. O Flamengo fica um pouco atrás, mas é uma equipe que tem um ataque muito interessante. O Palmeiras já é o contrário, é um time muito reativo, com o Abel joga muito bem na defesa e é mais compacto.

Sobre a carreira como atleta, em especial na Roma, Mancini não se considerou um jogador decisivo mas reconhece que teve momentos em que foi importante quando Totti estava lesionado.

- Como característica e como posição, eu nunca fui decisivo, porém quando eu tive essa transição de lateral para ala e depois para a ponta, eu passei em certo momento na Roma a ser mais decisivo, com gols importantes, principalmente após a lesão do Totti, eu tive uma performance muito boa.

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