Bahia resiste contra um Vitória desatento e tem individual como trunfo; análise
Tricolor vence Ba-Vi válido pela 9ª rodada do Brasileirão por 2 a 1

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O Bahia sofreu, se desgastou e viu tudo ruir em um momento do jogo, mas ainda assim saiu vencedor do clássico contra o Vitória na tarde do último domingo, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. O placar de 2 a 1 foi construído na base da resistência e no talento de individual, que mais uma vez fez a diferença para o Tricolor em uma partida que o Rubro-Negro deixou a desejar.
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Logo no primeiro minuto, Jean Lucas protagonizou o lance que mudou a história do jogo. Em disputa de bola com Baralhas no campo de defesa, o meia deu um soco nas costas do volante rubro-negro e foi expulso por agressão após análise do VAR.
Em teoria, era o cenário ideal para o Vitória, que mesmo com uma trinca mais defensiva no meio-campo, com Ricardo Ryller, Baralhas e Ronald, teria mais espaço e tranquilidade para criar as jogadas. Mas a realidade foi bem diferente. Sem conseguir trabalhar a bola com qualidade, o Leão pouco criou, apostou em cruzamentos frustrados e viu o Bahia se soltar mais na partida.
Destaque para o alto número de faltas cometidas pelo time de Thiago Carpini e a pouca participação de Wellington Rato neste momento do jogo, atleta que, mesmo pelas pontas, é uma peça importante para a articulação de jogadas entre o meio e o ataque do Vitória.

O Bahia se aproveitou da postura passiva do time visitante, melhorou na partida e teve o talento individual como trunfo para abrir o placar. Após jogada articulada entre Gilberto, Everton Ribeiro e Caio Alexandre pela direita, o volante cruzou na medida para o baixinho Erick Pulga, que aproveitou a marcação desatenta de Claudinho para ganhar pelo alto e marcar um bonito gol de cabeça na Arena Fonte Nova, aos 22 minutos.
Depois que o Vitória sofreu o gol e já se mostrava apático em campo, Thiago Carpini promoveu a primeira alteração, com saída o volante Baralhas para a entrada do ponta Erick, mas a mexida surtiu pouco efeito na reta final do primeiro tempo.
- Da expulsão para o gol foram poucos minutos. Não dá para pensar em coisas tão rápidas. São duas ideias, a gente pode esperar para ver qual vai ser a resposta do time com um jogador a mais. Como a resposta não aconteceu, fizemos a mudança. Mas primeiro eu preciso ver o que vai acontecer - explicou o treinador na entrevista coletiva após o jogo.
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Segundo tempo diferente no clássico entre Bahia e Vitória
No início do segundo tempo, Thiago Carpini promoveu a entrada de Gustavo Mosquito no lugar de Wellington Rato, que teve problemas físicos. Mas a principal mudança do Vitória contra o Bahia foi a de postura. Muito mais ativo no ataque, o time fez uma blitz nos primeiros minutos da etapa final e encurralou o Bahia, que não conseguia sair para o jogo.
O Vitória finalizou de fora da área, da pequena área e mandou até bola na trave antes de empatar a partida com Renato Kayzer, aos oito minutos. O atacante aproveitou cruzamento de Osvaldo e se antecipou à defesa para estufar as redes. Mais uma vez decisivo, o camisa 79 mostra que já merece ser o dono da posição.

Ceni, então, se mexeu rápido diante do momento crítico do Bahia no jogo contra o Vitória e colocou Erick e Acevedo nos lugares de Cauly e Caio Alexandre, respectivamente. Mas o Rubro-Negro continuou em busca da virada, enquanto o time de Ceni, desgastado por estar com um a menos desde o início do jogo e em um gramado pesado, já dava sinais que o cansaço imperava.
No entanto, o talento individual fez novamente a diferença para o Tricolor. Após ótima jogada de Erick Pulga pela esquerda, Acevedo brigou pela bola na área, não desistiu da jogada em bate-rebate, e abriu os caminhos para o gol de Michel Araújo, que sacramentou a vitória tricolor em uma lambança da defesa rubro-negra. Acevedo mostrou que estava com apetite e deu ainda mais brilho a sua atuação ao causar a expulsão de Pepê, aos 22 minutos do segundo tempo, depois de levar um soco na perna.
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- No segundo tempo, quando vi que a coisa desandou, chamei Nico [Acevedo] e Erick. Mas tivemos coração para reagir. Clássico, Fonte Nova, casa cheia, tiramos energia de onde não tinha mais. E o Nico é muito representativo. No lance do gol ele rouba a bola duas vezes. Ele não tem o refino que Caio e Everton têm, mas entra com muita entrega e muita saúde - destacou Ceni em entrevista coletiva pós-jogo.
Com o segundo gol e a expulsão no lado rubro-negro, o Bahia cadenciou o jogo, não deu mais espaços para o time do Vitória e garantiu o resultado positivo para retomar a confiança na temporada e a vaga no G-6 do Campeonato Brasileiro.

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