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‘Slot time’? Liverpool acumula três derrotas seguidas com gols nos acréscimos

Clube perdeu a liderança da Premier League

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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porWilson Spiler,
Dia 06/10/2025
14:49
Isak lamenta derrota do Liverpool para o Galatasaray por 1 a 0 (Foto: Ozan KOSE / AFP)
imagem cameraIsak lamenta derrota do Liverpool para o Galatasaray por 1 a 0 (Foto: Ozan KOSE / AFP)

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O Liverpool atravessa seu primeiro momento de turbulência sob o comando de Arne Slot. Depois de um início arrebatador, com sete vitórias consecutivas e o rótulo de “força da natureza”, o time entrou em colapso: perdeu para Crystal Palace, Galatasaray e Chelsea em sequência, despencando da liderança e vendo a confiança ruir. Pior – as derrotas mais recentes vieram da maneira que outrora simbolizava o poder dos Reds: nos minutos finais. O “Slot Time” virou contra o próprio Liverpool.

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Durante a arrancada inicial da temporada, o Liverpool desenvolveu um hábito que parecia marca registrada do técnico holandês: resolver partidas nos acréscimos. A sequência de vitórias sobre Newcastle, Arsenal, Burnley, Atlético de Madrid e Sunderland teve um padrão – gols decisivos após os 80 minutos, quatro deles já nos acréscimos. O fenômeno foi apelidado pela torcida de “Slot Time”, em referência ao nome do treinador e ao termo “final phase”, em holandês (“Slotfase”).

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Nenhum outro time nas grandes ligas europeias havia conseguido uma sequência semelhante em 15 anos. A "ESPN" chegou a destacar que o Liverpool caminhava para bater o recorde histórico da Premier League de vitórias decididas nos acréscimos – marca que pertencia ao Manchester United, Tottenham, Arsenal e ao próprio Liverpool de 2008/09.

O “Slot Time reverso”

Mas a virada de roteiro foi cruel. O que antes era símbolo de força mental e resiliência transformou-se em fraqueza e desatenção. A derrota para o Crystal Palace foi o primeiro aviso. Mesmo após empatar aos 43 do segundo tempo, o Liverpool levou o gol da derrota aos 97 minutos.

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Contra o Chelsea, o castigo se repetiu: após buscar o empate com Gakpo, o time cedeu o 2 a 1 aos 95, com gol do jovem Estêvão. Entre esses tropeços, o revés para o Galatasaray pela Champions League completou a sequência – e quase teve enredo semelhante: um pênalti marcado aos 44 minutos foi anulado pelo VAR.

Pela Champions League, o Liverpool foi derrotado pelo Galatasaray por 1 a 0 (Foto: Ozan KOSE / AFP)
Pela Champions League, o Liverpool foi derrotado pelo Galatasaray por 1 a 0 (Foto: Ozan KOSE / AFP)

Com as três derrotas, o Liverpool caiu para o segundo lugar da Premier League, atrás do Arsenal, e viu a aura de invencibilidade evaporar. Como destacou "The Athletic", “as vitórias mascararam por um tempo as atuações abaixo do padrão; agora, as falhas estão à vista de todos”.

O descompasso não se resume aos gols tardios. A equipe parece perder o controle dos jogos com facilidade, alternando momentos de domínio e apatia. Contra o Chelsea, o Liverpool teve oportunidades para virar a partida, mas desperdiçou chances claras e mostrou fragilidade defensiva. O próprio Slot reconheceu o problema

– Em duas semanas, tivemos dois jogos difíceis fora de casa. Em ambos, a vantagem não nos favoreceu – disse o treinador.

Slot investiu pesado – cerca de 450 milhões de libras – para montar um elenco capaz de dominar a posse e furar defesas fechadas. Chegaram nomes como Isak, Wirtz e Ekitiké. Mas a transformação veio acompanhada de desequilíbrio. O Liverpool perdeu o controle que o tornava tão temido: não há mais solidez no meio, nem consistência defensiva.

Nos últimos 11 jogos, a equipe sofreu dois ou mais gols em seis, algo que só havia acontecido após outubro na temporada passada. A instabilidade tática também é evidente. Milos Kerkez, na esquerda, oscila, e até Andy Robertson tem sido questionado. Contra o Chelsea, o técnico terminou o jogo com dois meio-campistas improvisados na defesa: Szoboszlai e Gravenberch.

Ataque do Liverpool em má fase

Na frente, o brilho também apagou. Salah, antes decisivo, errou lances simples em seu retorno a Stamford Bridge. Isak alterna bons momentos e atuações apagadas; Gakpo não engrena, e Chiesa, uma das poucas peças em forma, tem recebido pouco tempo de jogo. “Mesmo quando o Liverpool está por cima, a sensação é de que o adversário sempre terá uma chance”, resumiu The Athletic.

Luis Díaz, vendido ao Bayern de Munique, faz falta pela capacidade de romper defesas. E sem um ataque coeso, o time depende cada vez mais de lampejos individuais — que, por ora, não aparecem.

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