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Jornal inglês alerta sobre preocupações climáticas para Copa

Crescem as preocupações sobre o custo ambiental do torneio que será expandido

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Gabriel Mota
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 22/10/2025
18:44
Metlife Stadium, em Nova Jersey
imagem cameraMetlife Stadium será o palco da final da Copa do Mundo de 2026 (Foto: Reprodução)

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Copa do Mundo de 2026 será realizada nos EUA, México e Canadá com 48 seleções e 104 partidas.
Evento pode gerar mais de 9 milhões de toneladas de dióxido de carbono, sendo a mais prejudicial ao clima.
Doutora Madeleine Orr critica promessas de sustentabilidade da FIFA, comparando a Copa a um evento de alta intensidade de carbono.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

A "BBC Sport" colocou em pauta a questão climática para a Copa do Mundo de 2026, alertando para as preocupações diante da expansão do Mundial, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá. A edição será a primeira a ser realizada em um continente inteiro, contará com 48 seleções e terá 104 partidas, 40 a mais que o modelo anterior.

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A "BBC" ouviu referências no assunto como a doutora Madeleine Orr, importante especialista em esportes e clima, que acredita que a Copa do Mundo de 2026 supõe uma mensagem da FIFA para eventos cada vez maiores:

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"Isso está completamente desalinhado com as promessas (da FIFA) fez publicamente de reduzir as emissões [...] Neste momento, estamos falando de controle de danos", afirma a doutora.

Em sua proposta original para a Copa do Mundo de 2026, os três países-sede esperavam que o evento "estabelecesse novos padrões de sustentabilidade ambiental" e proporcionasse "benefícios ambientais mensuráveis". Porém, a doutora Orr se mostrou cética quanto à promessa de um Mundial mais sustentável:

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"Se o novo padrão for o evento com maior intensidade de carbono de todos os tempos, então sim. Não, não acho que isso seja possível (sobre a melhora da sustentabilidade)", complementou.

Uma pesquisa recente dos Cientistas pela Responsabilidade Global (SGR) calculou que o torneio expandido gerará mais de nove milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, tornando-se a edição mais prejudicial ao clima da história das Copas do Mundo. Além disso, Também pode ser uma das mais quentes. No total, 14 das 16 cidades-sede do Mundial devem ficar vulneráveis ​​ao calor extremo durante a competição.

A Fifa sugeriu ajustar os horários de início das partidas e contar com alguns estádios com cobertura, mas os críticos argumentam que o risco se estende além do campo:

"Não estou preocupado com os atletas. Preocupo-me com os 45 a 85 mil torcedores, os 10 mil funcionários e a equipe de imprensa que ficam no local por períodos prolongados", afirmou a doutora Madeleine Orr.

Alex Telles em ação no jogo do Botafogo contra o PSG pelo Mundial de Clubes
Partida entre Botafogo e PSG foi disputada sob forte calor na Copa do Mundo de Clubes (Foto: Frederic J. Brown / AFP)

Qual o calor esperado para a Copa de 2026?

A Copa de 1994, sediada pelos Estados Unidos, é muito lembrada pela partida entre República da Irlanda e México em Orlando, que atingiu 41ºC. Esta foi a Copa do Mundo mais quente até então. No entanto, o meteorologista sênior da "BBC", Simon King, disse recentemente que o torneio do ano que vem pode superar 1994.

Em junho de 2023, uma onda de calor extrema atingiu o Texas, a Flórida e o México durante semanas. Em Monterrey, por exemplo, o índice de calor chegou a 50°C e em Miami, 44°C. Não é possível cravar, com um ano de antecedência, que as cidades-sede enfrentarão ondas de calor, mesmo que as mudanças climáticas tenham aumentado as chances disso acontecer.

Cinco cidades que sediaram a Copa de 1994 também receberão o Mundial de 2026: Boston, Dallas, Los Angeles, Nova York/Nova Jersey e São Francisco. Dessa forma, dados fornecidos pelo "Climate Central" mostraram que todas essas metrópoles, exceto São Francisco, tiveram significativamente mais dias acima de 32°C em junho de 2025 do que em 1994, o que acentua a preocupação.

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