MP-RJ arquiva ação que obrigava Fluminense a ter voto online

Eleição presidencial do clube acontece em novembro; trâmite correu na 29ª Vara Cível da Comarca da Capital

Laranjeiras - Fluminense
Fluminense terá eleição em novembro para definir o próximo presidente (Foto: Divulgação)

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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) arquivou uma ação que obrigava o Fluminense implementar o voto online na próxima eleição presidencial, que acontece em novembro deste ano. O trâmite correu na 29ª Vara Cível da Comarca da Capital. A decisão foi publicada inicialmente pelo jornal "O Globo".

De acordo com o documento, os fatos apresentados "foram objeto de análise ministerial, culminando na promoção de indeferimento". O caso começou por conta do pedido de um sócio do clube que acionou o Fluminense e o presidente Mário Bittencourt na Justiça. Ele afirmava que aderiu ao plano de sócio-torcedor para estar apto a votar na eleição atual por esta ter sido uma das propostas durante a campanha eleitoral.

Ainda em setembro de 2021, Mário Bittencourt falou sobre o tema do voto online e ressaltou questões jurídicas para a demora da implementação. Segundo o mandatário, há o temor de uma judicialização das eleições, algo parecido com o que tem ocorrido com o Vasco nos últimos anos.

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- Nós dependemos de uma interpretação do Estatuto, não de uma alteração. (...) A gente não pode para 2022 é transformar as eleições do Fluminense no que acontece em outros clubes.. e eu falo nominalmente o Vasco, que vem em uma derrocada enorme porque vem de 10, 15 anos de em uma briga desleal, insana, política, que destruiu o clube. Judicialização, urna 7... O Fluminense não tem isso. O que não pode acontecer é as pessoas inventarem uma bandeira que é nossa. A bandeira do voto online é nossa, e que estamos trabalhando para organizar - disse o presidente.

- No segundo mês de gestão contatamos empresas que podem implementar e que dizem que é possível tecnicamente, desde que se tome cuidado com questões de fraude. Nós criamos uma comissão interna para que a gente possa entregar ao Conselho Deliberativo a análise para que não gere judicialização, como de que, por exemplo, eu estivesse me usando do voto online para me manter no cargo. Mudanças feitas na própria legislação correm risco de judicialização. E não queremos correr o risco de transformar a eleição do Fluminense em uma eleição sem lisura - completou.

A eleição presidencial do Fluminense acontece na segunda quinzena de novembro, em data ainda a ser marcada. Até o momento apenas o advogado Adhemar Arrais, de 51 anos, integrante do grupo político "Ideal Tricolor", lançou pré-candidatura. Mário Bittencourt ainda não confirmou oficialmente, mas a tendência é que concorra a reeleição.

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