Landim diz que famílias procuraram o clube e acordo não está descartado

Diretoria do Flamengo prestou esclarecimento sobre o incêndio no Ninho do Urubu e o presidente Rodolfo Landim afirma que as conversas com as famílias já foram retomadas

Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee, Reginaldo Belotti
Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee, Reinaldo Belotti em coletiva na Gávea (Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)

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16 dias após o incêndio que atingiu o alojamento das categorias de base no Ninho do Urubu e vitimou 10 jovens atletas e feriu outros três, a direção do Flamengo, enfim, veio a público esclarecer o ocorrido. Foi a primeira vez que O presidente Rodolfo Landim, o CEO Reinaldo Belotti e O vice-presidente geral e jurídico Rodrigo Dunshee atenderam e responderam perguntas dos jornalistas.

Durante a extensa coletiva, o presidente informou que, após o anúncio por parte de algumas famílias de que não haveria mais negociações com o Flamengo, o clube já foi procurado e as conversas retomadas pela direção.

O mandatário reforçou a percepção de que o incêndio foi uma fatalidade e defendeu as bases das indenizações propostas e a condução do clube no caso.

Segundo Landim, os contatos aconteceram ainda na sexta-feira, após a audiência de mediação proposta pelo Flamengo no Tribunal de Justiça do Rio.

- Nesse processo, nós pedimos a mediação da Justiça, Cesar Cury estava lá e abriu o processo. Todas famílias concordaram. Houve um momento em que pediram para conversar entre eles. Se dependesse do Flamengo, e foi o que sugerimos, elas teriam o auxilio da Defensoria Pública. Infelizmente, soubemos que duas famílias já vieram representadas por advogadas. A informação é que nessa reunião em separado, após a saída do desembargador, que se mostrou confiante em um término breve, o que vimos foi uma reversão total daquele quadro. Soubemos que houve a participação muito forte dessas duas advogadas, uma delas representando uma das pessoas que fez as declarações. Isso foi muito doloroso para gente, em falar em falta de respeito por parte do clube - afirmou o presidente, antes de completar:

- Tudo que fizemos foi da forma mais respeitosa possível. É um momento difícil, mas entendemos que essas duas advogadas criaram um clima, mas o que temos sentido de positivo é que, acabado aquele momento, a gente começou a ser procurado de novo pelas famílias, buscando conversar de novo e buscando o processo de mediação que foi proposto com o Tribunal de Justiça. Isso já ocorreu e está acontecendo desde sexta-feira após as declarações. Já tivemos famílias que nos procuraram e existem reuniões agendadas. Está na linha do que defendemos. Não posso garantir que todas vão seguir esse caminho. Não posso, mas isso nos deixou muito satisfeito e vai continuar acontecer.

Além dos dirigentes, Álvaro Piquet, advogado contratado para representar o Flamengo, também esteve presente e deu mais informações sobre a condução das conversas com a família e a busca pelo atendimento das necessidades de cada uma das famílias das vítimas do incêndio no Centro de Treinamento.

Por questão de sigilo e em respeito à privacidade e à segurança dos familiares, Álvaro Piquet não falou em valores, mas reforçou que a 

- Em primeiro lugar, uma das questões que nos levou a não falar em valores, é que as reuniões estão sujeitas a confidencialidade. Em segundo lugar, se existe ou não jurisprudência que possa ser aplicada a esse caso. Infelizmente, não é a primeira tragédia em parâmetros similares. Desde o início do processo, foi me passado: busquem as necessidades e interesses e vamos fazer acordo superiores a jurisprudência do Superior Tribunal - afirmou, antes de completar:

- Todo caso que envolve acidente, tem um grau de subjetividade grande. Não existe formula para definir valores, por isso conversamos individualmente buscando uma solução para quela família. Uma família, por exemplo, pode querer que o Flamengo arque com os estudos de um irmão, uma pode querer que o Flamengo arque com os custos de uma casa. São um conjunto de decisões que o STJ teve nos últimos anos e estudamos para avalizar o que oferecermos ás famílias. Essa foi a expressão solicitação do presidente.

Rodrigo Dunshe também foi questionado sobre a prmeira  audiência de mediação entre o clube e as famílias, realizada na sexta-feira no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O VP jurídico representou o Flamengo no encontro.

- Eu compareci nesse dia e o proposito dessa reunião foi uma reunião de instalação da mediação, onde seria explicado as famílias o que é o processo, voluntário, como funciona o serviço do Tribunal de Justiça. Então, o desembargador Cesar Cury deu uma aula. Ficamos umas 2h15 e o Flamengo foi nesse propósito. Representei o Flamengo, Bernardo Accioly e três advogados. As famílias pediram que não ficasse só na pré-mediação, nos pediram que a primeira reunião de propriamente dita mediação fosse feita naquele mesmo dia. Então, o desembargador Cury saiu e eu sai junto para que a equipe de advogados e do Flamengo começasse as conversas naquele momento - afrmou Dunshee.

Por conta do pedido inesperado das famílias, Rodrigo Dunshee justificou o fato de não ter mais representantes e advogados do Flamengo a serviço na reunião.

- Se soubéssemos que iria acontecer a acontecer, seria bom que tivesse mais pessoas do advogados. O ex-presidente Hélio Ferraz, experiente em mediação, se oferece também. Não tínhamos esse roteiro. Agora, vamos precisar de mais gente. São 13 famílias, é importante que haja conversa individual sem prejuízo de uma conversa coletiva. Acho que foi importante. Tudo é negociável, estávamos desfalcados e vamos melhorar.

Relembre o caso:
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O incêndio no alojamento nas divisões de base aconteceu no dia 8 de fevereiro e vitimou 10 atletas do Flamengo, de 14 a 16 anos. Três jogadores precisaram ser internados - Cauan Emanuel e Francisco Dyogo já receberam alta médica -, sendo que Jhonata Ventura segue aos cuidados do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal Pedro II. O quadro do jovem é estável. Além deles, treze jovens escaparam do incêndio sem qualquer tipo de ferimento.

No dia 13, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro determinou a suspensão de todas as atividades das categorias de base no CT George Helal, o Ninho do Urubu, proibindo a entrada, permanência ou participação de qualquer criança ou adolescente no local até julgamento do mérito. A decisão é do juiz Pedro Henrique Alves, da 1ª Vara da Infância da Juventude e do Idoso.

Em caso de descumprimento, está prevista multa única no valor de R$ 10 milhões em relação ao Clube de Regatas do Flamengo e multa única e concomitante no valor de R$ 1 milhão ao presidente Rodolfo Landim. A decisão do TJ-RJ foi liminar parcial em ação civil publica do MPRJ que corre desde 1 de abril de 2015. Cabe recurso ao Flamengo em segunda instância.

A decisão está sendo respeitada. Após o incêndio, as atividades da base foram e a expectativa para que os jogadores se reapresentem na quinta-feira, dia 21. Contudo, sem a estrutura do Ninho do Urubu, a operação com atletas de fora do Rio de Janeiro deve permanecer suspensa. O clube entende que não há condições de receber centenas de atletas da base em outro local que não o CT.

O Flamengo se pronunciou em três momentos desde o trágico episódio. No dia do incêndio, o presidente Rodolfo Landim fez um emocionado - e curto - pronunciamento à imprensa na entrada do CT. O mandatário classificou o caso como "a maior tragédia nos 123 anos do Clube de Regatas do Flamengo".

No dia seguinte, na Sede da Gávea, quem falou foi o CEO Reinaldo Belotti, que coordenou o comitê de gestão de crise desde o início. O executivo reforçou a prioridade do clube no suporte amplo e irrestrito às vítimas e familiares e, com base em documentos, garantiu que o incêndio nada teve a ver com as condições da estrutura do alojamento das divisões da base no CT George Helal.

Nestes dois primeiros momentos, o clube não abriu espaço para perguntas. No dia 15, Rodrigo Dunshee, vice-presidente e vice-jurídico do Rubro-Negro, falou rapidamente após a reunião com os órgãos públicos e ressaltou que a atual gestão assumiu o poder apenas no começo de 2019. Após o pronunciamento, porém, Dunshee se irritou com as perguntas e retirou-se, dando fim à coletiva.

No dia 20, Flamengo e Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Defensória Pública e Ministério Público do Trabalho não entraram em acordo quanto ao valor das indenizações a serem pagas às famílias das vítimas fatais. Segundo o MP, a oferta do clube ficou de R$ 300 mil a R$ 400 mil mais um salário mínimo por 10 anos à cada família, enquanto os órgãos públicos desejam o pagamento de R$ 2 milhões para um salário de R$ 10 mil até a data em que os atletas mortos completariam 45 anos.

No dia seguinte, o clube deu início ao processo de mediação junto com as famílias das vítimas no Tribunal de Justiça, mas os familiares deixaram o local, após cerca de 4h de encontro, indignados e encerraram a negociação com o Flamengo. Na visão das famílias, "faltou respeito" por parte da diretoria, que só esteve representada por Rodrigo Dunshe, vice-presidente geral e jurídico, que deixou a reunião em andamento. O VP justificou a saída antecipada, afirmando que não "fazia parte do processo de mediação" e que compareceu ao início da audiência por entender que seria importante ter algum representante do Flamengo naquele momento.

Ainda no dia 20, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Defensoria protocolaram o pedido de urgência para que o Juizado Adjunto do Torcedor e dos Grandes Eventos determine o bloqueio de R$ 57,5 milhões das contas do clube da Gávea e a imediata interdição do Centro de Treinamento George Helal. O juiz Bruno Monteiro Ruliere, do Juiz Especial do Torcedor e Grandes Eventos, deu cinco dias - a partir da última sexta-feira - para o Flamengo apresentar a defesa do pedido de urgência.

Os atletas profissionais do Flamengo continuam treinando no Ninho. A direção entende que não há risco em realizar atividades diurnas nos campos e reforça que não está havendo utilização noturna de nenhuma estrutura do local.

Confira outros pontos da entrevista coletiva do Flamengo neste domingo:

Pronunciamento do presidente Rodolfo Landim

Tem algumas coisas que achamos importantes. Em cima da demanda que ocorreu para falarmos, é importante dizermos que temos uma preocupação muito grande com a qualidade das informações. São poucos mais de 30 dias de gestação e havia perguntas que não tínhamos possibilidade de responder. Espero que possamos responder agora.

Outra coisa importante é que tivemos como foco principal as famílias, e realmente nossa maior concentração e trabalha foi nisso.

Ressaltar que o quanto procuramos cuidar das famílias desde o dia da tragédia que abateu o Flamengo, a maior dos 123 anos, as trouxemos, tive contato com elas no dia, tive contato no dia subsequente, quando Reinaldo fez um pronunciamento, estava com elas na hotel, foi um trabalho cuidadoso e carinho com psicólogos,médicos, profissionais do clube, conversando, consolando dentro das nossas possibilidades. Com enorme respeito por elas. Podem ter certeza que o Flamengo estava cuidando e cuidando muito bem. Todos tivemos a perda.

O Flamengo está sempre empenhado a chegar um acordo o mais rápido possível. Pode parecer em função de alguns movimentos que não foi assim, mas conversamos com todas autoridades, franqueamos a ida ao CT no dia seguinte e começamos conversar com o MP e Defensoria pois entendemos que é a Defensoria que devia assistir às famílias para evitar situações que passamos na última semana.

Mesmo sem acordo neste primeiro momento, o Flamengo sempre trabalhou com o interesse de cuidar de cada família separadamente, não tivemos o interesse de uma única indenização, não abrimos mão disse. Todos discutiram valores, mas cada situação é distinta e é isso que procuramos acetar com as autoridades.

Sem acordo, trouxemos de volta as famílias pela terceira vez, e fixemos questão que o primeiro contato fosse feito pela Defensoria e pelo MP. E mais, solicitamos a mediação do TJ-RJ por entendemos que só dessa forma ouviríamos o que seria a vontade delas, o que era fundamental.

As pessoas passam por discussões de valores, o que posso afirmar é que o clube tem colocado nas discussões de indenização, o que na verdade, sabemos que uma vida não tem preço, mas podemos só indenizar a dor e sofrimento dessas famílias. Não sabemos calcular isso, mas contratamos um profissional, a orientação foi de envolver nesse processo um valor em muito superior aquilo que é a decisão do Superior Tribunal de Justiça, muito superior. Essa continua sendo orientação. O que queremos é que atenda o interessa de cada família, que pode e deve ser distinto de uma para outra.

Por fim, reforçar a mensagem em especial para toda sociedade e para a torcida, que está sofrendo como nós, vocês não tem razão nenhuma para não se orgulhar do trabalho que está sendo feito, é o melhor possível, atendimento às famílias onde moram, psicológico e tudo isso. Esse é uma recado muito calor que queria deixar. O Flamengo está agindo de acordo com a sua tradição em seus 123 anos.

Diferença dos valores apresentados pelo Flamengo e Ministério Público e Defensoria Pública
Rodolfo Landim


Existe um aspecto importante: o processo corre em segredo. Independente disso, importante que não ficássemos falando disso pelo impacto, até pela segurança das famílias. Tem esses aspectos. O que posso dizer, que da forma com que foram vazados, é não. Não são aqueles valores que foram apresentados. Em relação ao MP, é o MP que tem que informar.

Recusa do valor proposto pelo MP e Defensoria Pública
Rodolfo Landim


Não tem um valor, o que foi colocado em primeiro ponto, antes do processo de mediação, foi colocado um piso de discussão que entendemos que é acima de qualquer toda decisão que já aconteceu. São valores que são o dobro, o que não significa que se pedirem, 10, 100 vezes a mais, temos que aceitar.

Na conversa que tivemos com a Defensoria, vimos que eles não tinham nenhum interesse em estender a discussão com o Flamengo. E tentar buscar, o mais rapidamente possível, uma solução justa. A negociação global, eu não tenho tanta certeza que foi a posição de todas, pode ter sido verbalizado assim, mas não é o que sentimos nas conversas individuais com cada família.

Condições e regularização do Ninho do Urubu
Rodolfo Landim


Não tínhamos conhecimento, a última multa da Prefeitura foi feita no dia 12 de dezembro de 2018, nenhuma multa chegou posteriormente ao nosso conhecimento. Foi dito 31 multas, tivemos que procurar, de fato identificamos 23 multas, mas é bom que se diga que 12 delas foram aplicadas e recebidas após o acidente. É fato, mas são multas retroativas, mas aplicadas depois do acidente.

Com relação às licenças. Vamos fazer um histórico. Uma das discussão é em relação aos módulos. O Flamengo teve no passado o Alvará para a utilização dos módulos como os que estavam ali, em 2012. Já existiam no Ninho do Urubu desde 2010.

Outro aspecto, as licenças que oram sendo solicitadas foram para as novas instalações. Quando o Flamengo foi fazer a construção foi solicitada as autorizações dos Bombeiros, verificamos que isso foi feito em meados de 2017. Isso foi feito e levado para os Bombeiros. O que apuramos é que eles pediram o licenciamento do CT 1, que existia no momento. O CT 2 começou no fim de 2017.

No CT 1, isso foi acompanhado diversas vezes pelo Corpo de Bombeiros. Eles faziam uma exigência e nós atendíamos e assim por diante, até que tivemos o acidente. Na última vez, viu-se que havia o CT 2. A orientação dos Bombeiros era fazer por parte. Esse licenciamento se levou tanto tempo que para conseguir o CT 1, já existia o CT 2. Não tínhamos ciência disso, corremos atrás e já protocolamos juntos aos Bombeiros a licença do CT 1 e 2, isso já foi protocolado.

Presença de monitor
Rodolfo Landim

Procurei saber dessa informação. Não tinha como saber disso antes. Não existe legislação e orientação em cima disso, existem recomendações de prática focado no aspecto da educação. Para cada 10 crianças sob a sua guarda, uma boa prática seria ter um monitor. É isso que diz. Não podemos confundir obrigação e prática que venha a ser aplicada. O que temos a dizer, sim, existia um monitor escalado, como existe sempre, para ficar acordado a noite inteira. Se estava ou não estava, isso faz parte no processo de investigação da polícia.


Perspectiva de resolução do caso
Rodolfo Landim


A nossa esperança é que consigamos fazer isso o mais rápido possível com todas famílias. Eu não sei se essa deveria ser nossa expectativa, uma vez que já há famílias com advogados para judicializar o caso. É um direito das famílias. Não é o que gostaríamos, mas não controlamos isso. Estamos ainda emprenhados nesse sentido, mas não posso te garantir isso.

Erros do Flamengo no processo
Rodolfo Landim


Eu acho que todo acidente como esse traz oportunidades para melhorarmos. Como nas práticas, coisas que poderíamos ter feito para que as crianças tivessem maior atendimento, supervisão. São oportunidades para discutir. Mas não tenho dúvida alguma que foi uma fatalidade. Não posso imaginar que uma pessoa possa imaginar que algo pudesse ser feito e o Flamengo não fez por não estar ligando ou por pensar que era uma coisa sem importância. São coisas que vamos aprender com o processo. O processo não termina aqui, estamos analisando as causas e consequências e são coisas que, futuramente, vamos mudar. Minha percepção é de que foi uma fatalidade.

Início do pernoite nos módulos
Rodolfo Landim

Esses alojamentos modulares já participaram no passado e tivemos alvará de funcionamento com módulos semelhantes àqueles. Sabemos quando esses atletas passaram a pernoitar, isso foi a partir de 2017. Se o ex-presidente do clube não sabe, muito menos eu que cheguei há menos de 30 dias.

Alarme de incêndio e disjuntores do alojamento
Rodolfo Landim


O que pudemos apurar é que não tinha alarme de incêndio e que isso não era necessário de acordo com a legislação. Todos tinham disjuntores e eram circuitos independentes. Para poder responder isso, foi preciso tempo para buscar as informações.

Participação do Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente, na apuração do fatos
Rodolfo Landim


Eu acho que todas pessoas que, de fato, da administração anterior se dispuseram a vir e ajudar no processo, trabalhando junto conosco, como o Flavio Willeman, último VP jurídico, que teve importante participação com o Ministério Público, são bem-vindos. Isso que posso dizer.

Volto a dizer, no momento que sentei na cadeira, entendo que a responsabilidade de tocar as coisas é minha. Não estou deixando de contar com a colaboração de alguém que queira ajudar,contribuir e trabalhar naquilo que for importante.

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