Raul Gustavo comenta catimba do Boca e condena os recentes casos de racismo: ‘Não faz parte do futebol’

Além do caso envolvendo o Timão na Neo Química Arena, torcedores do Bragantino, Palmeiras e Flamengo foram vítimas de racismo na Libertadores

Coletiva Corinthians - Raul Gustavo
Raul Gustavo durante coletiva no CT Joaquim Grava (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

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O Corinthians precisou deixar para trás a derrota por 3 a 0 contra o Palmeiras, e voltar o foco para o duelo contra o Boca Juniors na Libertadores. O Timão respondeu dentro de campo e venceu os argentinos por 2 a 0, garantindo a liderança do Grupo E no turno da competição continental.

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Raul Gustavo lamentou o desempenho do Timão no Dérbi e disse que o grupo está trabalhando para melhorar o desempenho nos clássicos. A equipe teve cinco encontros com seus rivais paulistas, e não venceu nenhum deles.

- A gente procura jogar jogo por jogo, sabemos que não fizemos uma partida boa contra o Palmeiras, mas a partir do mundo que acabou, viramos a página. Sofremos sim, ficamos muito tristes. Clássico não se joga, se ganha. Com certeza vamos voltar a vencer (clássicos), estamos trabalhando forte para isso. Viramos a página, viramos nosso foco para o Boca Juniors e desempenhamos o nosso papel em casa, ficamos com a vitória - contou o zagueiro.

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Amarelado contra o Boca, Raul comentou sobre a catimba dos Xeneizes, e disse que o grupos estava preparado psicologicamente para aguentar o clima quente que as equipe argentinas costumam impor.

- O clima esquenta sim, são clubes que gostam de provocar, tem aquela catimba. Mas treinamos bastante para o jogo, porque era extremamente importante para a gente. Esse clima quente sempre vai ter, trabalhamos muito isso. A nossa torcida é maravilhosa, influencia bastante. Quem não se arrepia ali, não sabe o que está fazendo - afirmou o zagueiro de 23 anos.

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A partida contra o Boca só não teve o desfecho perfeito para o Corinthians pois a torcida do clube brasileiro foi vítima de um ato racista do argentino Leonardo Ponzo, que fez gestos imitando um macaco em direção aos torcedores.

A semana na Libertadores foi marcada por casos de racismo envolvendo equipes brasileiras. Torcedores do Red Bull Bragantino, Palmeiras e Flamengo passaram por experiências semelhantes ao que ocorreu na Neo Química Arena. O zagueiro do Timão condenou os ataques racistas e pediu união para combater e acabar com casos como o da Arena.

- Para mim não poderia ser comentado mais, um assunto que fico muito triste. O futebol tem que espalhar alegria, para a torcida que acompanha, para as pessoas apaixonadas. Racismo é muito triste. Temos que nos unir. Igual o Corinthians fez a campanha de futebol sem ódio. Peço para ninguém aceitar isso, muito triste para a gente, machuca a gente, porque sofremos isso todos os dias. Todos os momentos que a gente vem jogando, estamos sofrendo com isso, outros clubes, é uma situação muito delicada. Tem que ter uma punição mais severa contra isso. Não faz parte do futebol. Eu nem vou citar mais, porque temos que tomar providências sobre isso - ponderou Raul Gustavo.

O Corinthians volta a campo no domingo (1), às 16h na Neo Química Arena, em duelo válido pela quarta rodada do Brasileirão, contra o Fortaleza, lanterna da competição. Como Vítor Pereira deve rodar novamente o elenco, Raul Gustavo deve aumentar sua sequência no time titular.

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