Piazon não quer voltar ao Brasil, onde se ‘joga futebol como há 20 anos’


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Apesar de ter passado as três últimas temporadas peregrinando por ligas europeias, já que não encontrou espaço no badalado elenco do Chelsea, o atacante brasileiro Lucas Piazon, que está no Canadá defendendo a Seleção sub-22 no Pan-Americano, nem pensa em retornar ao Brasil no momento.

- Agora, não. Zero chance - disse ele em entrevista ao LANCE!, acrescentando:

- Acho que voltar seria um regresso muito grande. Minha família está lá, gosto de lá, ainda tenho dois anos de contrato. Não tem porquê voltar agora.

Na cabeça de Piazon, além disso, também passa o aspecto tático e a possibilidade de amadurecimento em um futebol mais desenvolvido.

- O futebol mudou muito. Aqui no Brasil, jogamos futebol como há 20 anos. Lá todo tem que correr, fazer o papel, senão o resultado não chega - explicou.

Mas a vida no Chelsea não é fácil. Com poucas oportunidades, ele já foi emprestado ao Málaga, da Espanha, ao Vitesse, da Holanda, e ao Eintracht Frankfurt, da Alemanha. Um novo empréstimo deve estar a caminho.

- Não faço a mínima ideia, sinceramente, sobre meu futuro. Mas eu tenho vontade de jogar. Para mim, acho que seria melhor ficar mais um ano ganhando experiência do que ficar lá no banco ou entrando 15 minutos. Joga um, não joga outro... Não é legal para mim agora. Gostaria de estar em um lugar que eu vá jogar o ano inteiro - disse o atacante, formado na base do São Paulo, acrescentando:

- Sempre queremos estar no time principal, trabalhamos o ano inteiro para tentar nos encaixar lá (Chelsea). Mas depende de muitos fatores. O empréstimo também não é muito simples, chegar em um time no qual você não conhece ninguém, sabendo que você vai ficar só um ano... É complicado. Mas os três empréstimos que eu tive foram experiências ótimas. Espero, de repente, ficar mais um ano fora.

Apesar de conviver com as expectativas por ser de um dos maiores clubes do mundo, Piazon garante que tem os pés no chão, inclusive sobre o papel a desempenhar na Seleção Brasileira do Pan.

- Em qualquer lugar que eu vá eu chego com o peso de ser do Chelsea. Já estou acostumado, sou tranquilo, sei dosar as coisas, sei diferenciar. O fato de ser do Chelsea não me torna diferente de ninguém - disse ele, que começou o primeiro jogo contra o Canadá no banco e entrou no segundo tempo.

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