Filha diz que Blatter é vítima de conspiração, e garante que pai não está roubando

O escândalo de corrupção na Fifa, que levou sete dirigentes ligados à entidade para a cadeia, dentre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marín, não passa de uma conspiração contra Joseph Blatter. Esta é a opinião de Corinne Blatter, filha do mandatário da entidade máxima do futebol mundial, reeleito para o cargo na última sexta-feira. Em entrevista à BBC de Londres, neste domingo, ela afirmou que o pai é vítima de conspiração secreta.

- Ninguém está livre de culpa, mas não é ele que tem roubado dinheiro. Eu não diria que dos americanos e dos britânicos, mas certamente, existe gente conspirando em segredo. Absolutamente. Não sei se chamaria de forças ocultas, mas realmente estão tentando a sério. Tentaram em setembro e outubro do ano passado. Como a Uefa pode dizer 'nós somos a confederação mais forte'? Como não pode apresentar um candidato? - Corinne, garantindo que Blatter não perdeu credibilidade com as prisões da semana passada:

- Tudo isso aconteceu para desacreditá-lo e para fazer com que ele renunciasse. Posso garantir, contudo, que em duas ou três semanas ninguém lembrará mais disso. Outras notícias ganharão o primeiro plano e ele trabalhará com normalidade, como ele disse ontem (sábado) em entrevista coletiva.

Blatter está no comando da Fifa desde 1998, quando assumiu o lugar do brasileiro João Havelange, que ficara no poder por 24 anos. Os problemas citados pela filha enfentados pelo presidente dizem respeito às escolhas de Rússia e Catar como sedes das duas próximas Copas do Mundo. Corinne afirmou ainda ter certeza de que o pai jamais recebeu qualquer quantia de dinheiro de forma ilegal neste tempo em que está à frente da entidade.

- Todo o dinheiro que ganhou, o fez trabalhando. É um presidente que trabalha duro. Toda esta gente que, estão dizendo, ficou com dinheiro, não sei a que se refere, mas ele não é desse tipo. Seu caráter não é esse. Não está roubando - afirmou.