Exclusivo: No templo do futebol, Maria Esther Bueno viveu a maior emoção da vida
Rainha do tênis brasileiro carregou a bandeira do país no encerramento olímpico

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Ao longo de seus 78 anos de vida, a saudosa Maria Esther Bueno recebeu diversas (e mais que merecidas, obviamente) homenagens ao redor do mundo. Afinal, o maior nome da história do tênis brasileiro e uma lenda da modalidade mundial revolucionou o esporte, dentro e fora das quadras. Em entrevista exclusiva ao Lance!, Pedro Bueno, sobrinho da 17 vezes campeã de Grand Slam, cita qual, entre tantas, foi a homenagem que mais a emocionou.
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- Minha tia recebeu homenagens em muitos lugares, vários países. Mas, sem dúvida nenhuma, a maior emoção dela foi segurar a bandeira antes do hasteamento no encerramento das Olimpíadas de 2016, no Maracanã. Foi o momento de maior emoção e a maior homenagem que ela poderia receber. Foi emocionante desde o começo, quando ela correu na Avenida Paulista com a tocha, foi muito marcante, porque tinha muita gente para vê-la. Foi uma corrida curta, mas um movimento muito importante, significativo - recorda Pedro.
A merecida escolha de Maria Esther Bueno, no encerramento da Rio-2016, foi um marco na vida dessa estrela mundial.
- Foi algo marcante para ela, porque, como tenista, a Olimpíada foi o único título que ela não pôde disputar. Ela jogou os Jogos Pan-Americanos e todos os torneios mundo afora, mas o tênis, na época dela, não era olímpico. Ela sempre falava que era uma das maiores frustrações. Ela gostava não só de jogar, ganhar, ela não jogava contra ninguém, mas contra ela mesmo. Ela competia com ela mesma. Independente disso, ela competia pelo Brasil. Durante anos ela teve essa mágoa durante muitos anos, porque o Brasil não soube reconhecer e dar o devido valor que ela mereceu durante a vida inteira. Durante a vida toda ela teve essa idolatria pelo Brasil e pelo tênis, e o mundo inteiro retribuiu essa dedicação dela , tanto que foi sempre respeitada como única, até hoje, tantos anos depois, ela é uma unanimidade. Essa emoção foi, sem dúvida nenhuma, a maior da vida dela.
Mesmo depois de encerrar a brilhante carreira, Maria Esther Bueno foi homenageda em Wimbledon, US Open, Museu de Cera e Hall da Fama, entre outros locais e eventos. No Brasil, o maior nome da história do tênis dá o nome à quadra central do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A quadra central do SP Open, no Parque Villa-Lobos, também leva o nome da Rainha do Tênis nacional. Desde 2017, Maria Esther Bueno é o nome, também, da Copa que classifica para o qualifying e para a chave principal do Rio Open, o maior torneio da América do Sul. Foi lá, no Jockey Club, inclusive, que a ex-número 1 do mundo recebeu uma das últimas homenagens em vida.
O principal nome da história do tênis brasileiro e, provavelmente, a maior atleta que já nasceu nessse país faleceu no dia 8 de junho de 2018, vítima de câncer. Mas seus legados são eternos. Alguns deles Pedro Bueno, gentilmente, cita no vídeo abaixo.
Principais títulos de Maria Esther Bueno:
19 de Grand Slam, sendo 7 em simples, 11 em duplas e 1 em duplas mistas, além de ter alcançado o posto de número 1 do ranking mundial em 1959.
Simples: 3 vezes campeã de Wimbledon (1959, 1960, 1964) e 4 vezes do US Open (1959, 1963, 1964, 1966).
Duplas: títulos nos quatro Grand Slams, incluindo 5 conquistas em Wimbledon e 4 no US Open.
Duplas mistas: campeã de Roland Garros em 1960.
Membro do Hall da Fama do Tênis.

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