menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Vanderson se inspira em Cafu e elogia Ancelotti de olho na Copa do Mundo

Lateral se recupera de lesão e analisa chave da Seleção no Mundial

21bfbdb5-0a0f-44df-b58f-7fa73c17eff2_DOLZAN-5X7-baixa4-aspect-ratio-1024-1024
Marcio Dolzan
Rio de Janeiro (RJ)
Captura-de-Tela-2023-11-29-as-1-8-aspect-ratio-1024-1024
João Brandão
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 22/12/2025
11:41
Vanderson aplaude torcida no jogo entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo
imagem cameraVanderson aplaude torcida no jogo entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo (Foto: Fernando Teramatsu/Gazeta Press)

  • Matéria
  • Mais Notícias
Conteúdo Especial
Carregando conteúdo especial...

Revelado profissionalmente no Grêmio, Vanderson ascendeu rapidamente na carreira e se permite sonhar com uma vaga na Copa do Mundo. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o lateral-direito do Monaco repassou os últimos meses desde a chegada de Carlo Ancelotti ao comando da Amarelinha, as lesões que o afastaram das últimas convocações e o sonho de disputar o maior torneio do futebol em 2026.

continua após a publicidade

➡️ Tudo sobre os maiores times e as grandes estrelas do futebol no mundo afora agora no WhatsApp. Siga o nosso canal Lance! Futebol Internacional

Aos 24 anos, Vanderson tem sete jogos com a camisa da Seleção Brasileira, sendo dois sob comando de Ancelotti. O lateral-direito foi titular nos dois primeiros jogos do italiano em duelos válidos pelas Eliminatórias contra Equador e Paraguai. O jovem comentou sobre a pressão de vestir a Amarelinha e o fato de ter Cafu, capitão do pentacampeonato mundial, como sua maior referência na posição.

continua após a publicidade

— Não é fácil. Quando você veste a camisa da Seleção Brasileira pela primeira vez, você sente o gostinho diferente. Consequentemente, vêm coisas boas, coisas não tão boas, uma pressão diferente, mas isso é importante também, faz com que a gente queira mais, busque mais. Em termos de comparação, isso não tem. Cada um teve seu papel de importância na Seleção. Eu estou buscando meu espaço ainda, então é continuar nessa pegada. Eu tenho muitos como referência, mas acho que é continuar traçando meus passos na Seleção e tenho certeza que posso ser muito vitorioso também com essa camisa. Não é novidade, mas o Cafu, pela grandiosidade no futebol, é minha maior referência na posição. Não só pra mim, mas muitos estrangeiros têm ele como referência. É até fácil de responder — iniciou Vanderson.

Titular nos dois primeiros jogos de Ancelotti na Seleção Brasileira, Vanderson não poupou elogios ao ex-treinador do Real Madrid. O lateral do Monaco reconhece a dificuldade em assumir a equipe faltando pouco tempo para o início da Copa do Mundo, mas também falou bem do clima interno nos períodos de Data Fifa.

continua após a publicidade

— Teve um impacto importante, muito positivo. O mais importante era extrair o que o Ancelotti tinha. Um currículo vitorioso, experiência, que agrega muito no vestiário. Tínhamos que usufruir o que ele tem de melhor. Eu tentei usufruir ao máximo dessa bagagem que ele tem e buscar melhorias. Não só para aquele momento da Seleção, mas para a minha carreira com o Monaco. A gente vê a evolução da Seleção Brasileira. Não é fácil em um ciclo de Copa do Mundo com a camisa da Seleção Brasileira colocar o trem no trilho, mas a gente vê uma evolução muito grande. O currículo dele fala por si só. Não estive nas últimas convocações, mas deu pra sentir a conexão diferente, pois a gente conhece quem esteve à frente. Não vou ficar comparando, todos os treinadores têm sua importância, mas todos conhecem e sabem o perfil e a grandiosidade que tem o Ancelotti.

Na lateral-direita, Ancelotti convocou outros nomes além de Vanderson, como Wesley (Roma), Vitinho (Botafogo) e Paulo Henrique (Vasco), mas também chegou a utilizar o zagueiro Militão na beirada do campo. Questionado sobre ser o melhor nome da posição, o jogador do Monaco elogiou a concorrência e prioriza recuperar o ritmo de jogo e as boas atuações para voltar a vestir a camisa da Seleção Brasileira.

— Eu acho que quando a gente veste a camisa da Seleção Brasileira, vai ter concorrência. Não só na lateral-direita. Isso é importante pra gente, ter jogadores desse nível competindo pela posição. Acho que venho de um momento delicado, pós-lesão, fiquei fora das últimas convocações, mas acho que passo a passo vou conquistar meu espaço. Dizer que sou o melhor é um pouco complicado. Estou voltando bem, no meu ritmo - disse Vanderson.

Em março, o Brasil faz amistosos nos Estados Unidos contra França e Croácia visando o início da Copa do Mundo, e Vanderson busca recuperar seu espaço após desfalcar a equipe nas últimas três Datas Fifa. A Seleção está no grupo com Marrocos, Haiti e Escócia, e precisará passar por oito partidas para conquistar o tão sonhado hexacampeonato.

Vanderson em ação pela Seleção Brasileira contra o Paraguai
Vanderson em ação pela Seleção Brasileira contra o Paraguai (Foto: Rodney Costa/Gazeta Press)

Confira outras respostas de Vanderson

Recuperação de lesão

— Agora estou me sentindo melhor, bem recuperado. Engatei uma sequência de bons jogos entre Champions e Ligue 1, então estou me sentindo melhor. É muito difícil, foi um momento complicado. Passei quase dois meses sem poder atuar, perdi convocações e isso chateia o jogador. Mas temos que esta preparados mentalmente para isso, é algo que acontece na vida de um atleta e temos que estar preparados. Mas ganhando sequência, ritmo, acredito que tem muito jogo pela frente e espero terminar bem a temporada.

Trabalho dentro e fora do clube

— A gente tem que buscar sempre o melhor pro nosso corpo, da cabeça aos pés. É importante pra gente entrar no campo com a tranquilidade de que trabalhamos pra obter, tanto fisicamente, quanto mentalmente, o melhor. O Monaco tem uma estrutura excelente, que faz os atletas evoluírem. Eu sou uma prova disso, cheguei de uma forma e hoje sou um jogador completamente diferente, mas a gente tem a mente de sempre querer mais. Tenho um trabalho que é feito por fora porque a gente tem que sempre querer mais e por aprender ao longo do tempo que quanto mais recurso tivermos pra estar bem dentro de campo, a gente vai buscar. Tenho essa rotina. Treinos com bastante intensidade no Monaco, bastante intensidade fora pra ter uma boa recuperação e estar bem nos jogos.

Mudança de Dorival para Ancelotti

— São trabalhos diferentes, filosofias diferentes, ideias diferentes. É um treinador italiano, que vem de uma escola totalmente diferente da nossa, brasileira. Vem pra agregar a sua carreira vitoriosa e, consequentemente, vai ter uma mudança de trabalho, de filosofia, de dia a dia.

Rotatividade em ambas as laterais

— Eu acho que os dois lados. A competitividade é grande. A gente tem seis, sete jogadores em todas as posições que jogam em alto nível, então a concorrência é grande. No ciclo da Copa do Mundo, tivemos muita mudança de treinadores, cada um com sua ideia, então tem um pouco essa rotatividade. Mas todos com altíssima qualidade para ajudar da melhor maneira possível.

Grupo do Brasil na Copa do Mundo

— Copa do Mundo a gente não sabe o que vai acontecer. Hoje você diz que uma seleção não é favorita, mas depois ganha três, quatro jogos e está numa quartas de final. O grupo do Brasil é ok, não é muito fácil, como muitos pintaram. Acho que é um grupo até um pouco difícil, com duas seleções muito qualificadas. É encarar todos com seriedade e ir o mais longe possível.

Copa do Mundo

— Copa do Mundo é sempre especial. É de quatro em quatro anos que temos esse evento, então não tem nem o que pensar em adversidade climática, de ser longe, de ser final de temporada. É aproveitar esse momento, poucos jogadores têm essa oportunidade. O pensamento é aproveitar, dar o máximo, o melhor pra estar lá e aproveitar esse mês de Copa do Mundo, que reuúne os melhores jogadores e seleções do mundo.

Paralisação nos jogos do Mundial de Clubes

— Tem essa regra. A gente viu bastante no Mundial. É protocolo e protocolo tem que ser seguido. Claro que não vai ser sempre, mas não atrapalha em nada. É seguir o protocolo e esperar. Não podemos controlar, mas vimos que o Mundial deu super certo, não atrapalhou em quase nada. Pode acontecer, mas não atrapalha tanto o espetáculo.

Achraf Hakimi

— É um jogador de altíssima qualidade. O conhecemos bastante, muito rápido, muito forte, que vai muito na frente. Não só o Hakimi, mas Marrocos tem uma seleção muito qualificada. O Brasil tem que ter atenção em todo o time do Marrocos. O Hakimi gosta muito de atacar, tem uma força absurda pra atacar o corredor direito. Consequentemente, pode ser que sobre espaço atrás. Todo jogador que ataca bastante, deixa espaço pro adversário. Mas é um jogador de altíssimo nível, que gosta de ir ao ataque e defende bem. É tentar explorar essas subidas pra que a gente possa surpreender o Marrocos.

Evolução no Monaco

— Várias coisas mudaram. Desde que eu saí do Grêmio, aprendi muitas coisas, evoluí como pessoa também. Fiz somente uma temporada no Brasil como profisisonal, então acabei o ciclo de terminar minha formação aqui, então aprendi muito. Aprendi que lateral não só ataca, mas defende. Foi o que mais aprendi aqui. Sou um cara mais experiente. Foi importante ter esse fim de formação como profissional. Temos muita coisa a melhorar, evoluir, pois nunca está bom, então temos que continuar, mas vimos muita evolução desde a chegada.

Adaptação na França

— Tem um trabalho especial até pro atleta se adaptar o mais rápido possível ao clube, a cultura, ao dia a dia do vestiário. Às vezes, o jogador não chega totalmente formado. Eu precisava estar todo dia com o estafe do clube pra buscar essa evolução o mais rápido possível. Por isso tem essa rápida margem de evolução. Isso ajuda bastante. Vou fazer quatro anos. Acho que estou na melhor temporada em questão de adaptação. Me sinto totalmente adaptado aqui. É um lugar bacana, que me acolheu super bem. É um lugar muito legal de se viver. É muito bom morar aqui e esperamos buscar títulos para os torcedores do Monaco.

Ligue 1

— Muito difícil. É um campeonato muito competitivo, com jogadores de muita qualidade técnica, mas acima de tudo isso jogadores muito rápidos, fortes. Por isso, eu tinha que entrar nessa linha pra me adaptar, conseguir jogar, performar. Foi uma surpresa muito grande a competitividade da liga francesa. Hoje a gente vê várias equipes no cenário europeu, muita competitividade pra alcançar o cenário europeu.

Motivação em jogos de Champions League

— A motivação tem que estar em todos os jogos, não só nessas partidas (de Champions). São jogos importantes, que dão casca, experiência pra seguir na carreira. É tratar esses jogos com seriedade, competitividade.

Desejo de Natal

— Muita saúde. Estar bem para jogar os jogos do Monaco. Consequentemente, podendo ser chamado pra representar a Seleção Brasileira. E, no fim da temporada, jogar a Copa do Mundo e ajudar o Brasil, que é o mais importante.

📲 De olho no Lance! e no Futebol Internacional. Todas as notícias, informações e acontecimentos em um só lugar.

  • Matéria
  • Mais Notícias