Ancelotti elogia atuação contra o Paraguai e revela próximos passos na Seleção
Técnico italiano conquista primeira vitória no comando do Brasil
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Técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti gostou da atuação da equipe na vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai nesta terça-feira (10), pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Em entrevista coletiva após a partida na Neo Química Arena, o italiano destacou o desempenho do Brasil, sobretudo no primeiro tempo.
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— Acho que foi um bom jogo, o primeiro tempo foi muito bom. O time manteve bem a posse de bola, controlou bem o jogo. Obviamente, tivemos um pouco de dificuldade de criar, porque o Paraguai é um time sólido. Diminuímos um pouco o ritmo no segundo tempo. Mas, no geral, o jogo foi muito completo, muito bom. Estamos muito felizes com a classificação, com o jogo. Obviamente, temos que trabalhar duro. Temos um ano para melhorar. Foi muito importante fechar a classificação com esses dois jogos. Fizemos isso com uma boa atuação. Acho que a torcida está feliz com a atuação. Quero agradecer à torcida pela recepção, muito. Estamos muito felizes — analisou Ancelotti.
O treinador da Canarinho explicou as mudanças na escalação em relação ao empate por 0 a 0 com o Equador, na última quinta-feira (5). Gerson, Estêvão e Richarlison deram lugar a Raphinha, Martinelli e Matheus Cunha entre os titulares.
— A ideia era colocar um pouco mais de ímpeto na frente, com o Martinelli. O Martinelli trocou de posição com o Vini. O Cunha nos ajuda muito com a bola, controlando o jogo. Ele não é um atacante que pressiona muito os zagueiros, mas é um atacante que se movimenta muito bem. Acho que o Cunha, o Martinelli e o Raphinha jogaram muito bem na frente. O time se encaixou bem. O Vanderson pressionou bastante na ponta. Tivemos chances, jogamos bem. Estou feliz com isso — explicou o comandante do Brasil.
Próximos passos com a Seleção Brasileira
Apresentado há 15 dias junto à primeira convocação no comando da Seleção, Ancelotti terá período sem jogos pela primeira vez após esta Data Fifa. Questionado sobre os próximos passos do trabalho, brincou que primeiro irá tirar férias, mas apontou a observação de jogadores como o ponto ideal.
— Primeiro, tirar férias (risos). Faz muito tempo que não tenho férias, e achar onde morar. Segundo, o Mundial de Clubes. Terceiro, temos uma lista muito extensa de jogadores de todo o mundo, do Brasil, da Europa e também da Arábia Saudita. São cerca de 70 jogadores. Temos tempo para avaliar cada um desses jogadores, que enfrentam o desafio, porque todos os 70 podem chegar à Copa do Mundo. No momento, não há uma lista definitiva de 25 ou 26. A verdade é que gostei muito dos jogadores que convoquei para esta primeira janela. A atitude, o comprometimento, o clima, gostei muito. Mas precisamos avaliar os muitos jogadores que estão jogando até a Copa do Mundo — disse o treinador.
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Outras respostas de Ancelotti após Brasil x Paraguai
Pressão e função de camisa 10
— Futebol tem que ter intensidade com a bola e sem a bola. A pressão é importante, pois não permite o rival de ter tempo para jogar como quer. Há um problema, porque precisa correr para fazer a pressão, tem que sacrificar, ter compromisso e atitude. E a equipe teve isso nos dois jogos. Queríamos fazer mais pressão no Equador, mostrar uma versão distinta. Nesse jogo fizemos bem. Pressionar é muito importante.
Importância da solidez defensiva
— Bom, eu sou italiano, não se esqueçam que eu sou italiano (risos). O time sofreu nenhum gol porque todos trabalharam bem. Eles trabalharam bem na defesa, junto aos os meio-campistas. No jogo de hoje, Casemiro, Bruno (Guimarães), eles fizeram um esforço extraordinário na frente da área, eles ajudaram muito. Então, por isso, eu também estou muito feliz, e principalmente porque estamos na Copa do Mundo.
Mais jogos no Brasil
— É bom que para a gente que todo o país tenha a oportunidade de ver, isso alimenta a paixão em um país apaixonado como o Brasil, que aumenta isso para a Copa do Mundo. Vamos tentar ir a todo o país para fazer um bom Mundial.
Esquema de hoje é para o futuro?
— Obviamente é um sistema que podemos utilizar, o 4-3-3 que usamos contra o Equador também. Temos pontas muito bons. Podemos jogar com três meio-campistas. Hoje Cunha não era um centroavante, era um meia-atacante. Aproveitamos a velocidade de Vini, Martinelli e Rapinha para atacar as pontas, e Cunha jogando mais como um 10. Contra o Equador não jogou Cunha, jogou Gerson, preferi três meias para dar maior solidez atrás.
Vini Jr. protagonista
— Não há nada contra o que Vini pode fazer, o que faz e o que irá fazer. As qualidades que ele mostrou foram muito boas. Gostamos muito do que fez hoje, atuou muito bem.
Primeiras impressões do Brasil
— Foram 15 dias muito bonitos em todos os sentidos. Fui muito bem recebido pelo povo brasileiro. Hoje, nos estádios. Me deram um monte de camisetas. O ambiente dentro da CBF é fantástico, uma família. A atitude dos jogadores foi muito boa. Conseguimos a vitória, então estamos felizes.
Casemiro
— Casemiro é uma segurança para a equipe. Sua qualidade, sua liderança é muito forte. Ele é um líder, como Danilo, Marquinhos, Alisson…não só pela qualidade, mas com atitude. Raphinha não quero nomear, teria que nomear todo mundo. Fizeram todos um bom trabalho. Não tivemos nenhum problema para manejar o vestiário. Foi tudo muito bem.
Beraldo na lateral esquerda
— Ele pode jogar como zagueiro, obviamente, e como lateral-esquerdo também. Tendo Vini ou Martinelli, teria que subir menos do que Vanderson no lado direito. É um jogador muito inteligente, com toque de passe fantástico. Ele lê o jogo como um zagueiro. A saída atrás fica mais simples.
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Evolução
— Controlamos muito melhor a bola. Precisávamos ganhar o jogo, tivemos mais mobilidade e chances. A saída atrás foi muito boa, com Alisson indo bem na saída. O ideal seria ter a mesma intensidade do primeiro tempo no segundo, mas o resultado nos favorecia e não nos arriscamos como no primeiro tempo.
Como Neymar entra no time?
— Vi Neymar no hotel, demos um abraço. Ele poderá jogar em qualquer lugar do campo quando estiver bem. Hoje poderia fazer a mesma função de Cunha, como o número 10. Nessa posição pode ser muito perigoso.
Rodrygo e Neymar encaixam no esquema?
— Hoje jogamos com quatro atacantes, o time teve equilíbrio. Não é problema de jogar com quatro, três ou dois atacantes. É ter 10 jogadores que correm, que se sacrificam. Rodrygo fez isso muitas vezes, conhecemos muito bem. Neymar também pode fazer isso sem problema.
Raphinha pode melhorar?
— Ser melhor do que Rafinha está agora é difícil. Rafinha é um jogador espetacular e moderno que combina muito bem sua enorme qualidade com um trabalho físico extraordinário.

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