Alisson desabafa sobre ciclo da Seleção: ‘Processo muito difícil’
Goleiro do Brasil compara Ancelotti com técnicos anteriores e critica situação da CBF

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Goleiro titular da Seleção Brasileira, Alisson foi sincero ao analisar o ciclo da em preparação para a Copa do Mundo de 2026. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai nesta terça-feira (10), na Neo Química Arena, o camisa 1 refletiu sobre os últimos anos do Brasil e admitiu que fatores externos atrapalharam no desempenho da equipe.
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— Muito feliz pela classificação. É o principal objetivo nosso aqui nas Eliminatórias. Mas, é óbvio que a gente estava passando por um processo muito difícil. Foram Eliminatórias mais difíceis que eu tive aqui na Seleção, por todos os fatores que afetaram diretamente o nosso desempenho dentro de campo. A gente nunca tira a nossa responsabilidade, sabe que tem que chegar dentro de campo e render independente do que acontece fora, mas foi muito mais difícil. A gente chega aqui satisfeito pela classificação e por ter feito uma grande partida — declarou Alisson, em entrevista ao "Sportv".
O jogador do Liverpool ressaltou a mudança com a chegada do técnico Carlo Ancelotti, sobretudo na parte defensiva.
— Infelizmente, por vários motivos, não estava acontecendo dentro de campo. E a gente nunca foge do compromisso. A gente sabe que grande parte da responsabilidade disso não ter acontecido é nossa. Então, o Ancelotti chegou nos dando uma base sólida, defensiva, que é extremamente importante no futebol. Depois, com a qualidade dos nossos jogadores, a gente sabe que os caras vão resolver lá na frente. Tivemos muito mais controle hoje do que no jogo do Equador, jogando em casa. Fora de casa é muito complicado. Tem sempre a pressão para a Seleção dominar, mas fora de casa acho que tem que se entender que as seleções sul-americanas estão muito fortes, principalmente fisicamente, estão muito organizadas. Hoje a gente viu o Paraguai que defendeu praticamente todo o jogo. Isso dificulta bastante, mas a gente teve todos os méritos dessa vitória e mais um jogo sem tomar gol — completou o goleiro.
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Mudanças de treinadores e política da CBF
Alisson foi questionado sobre o peso do momento político da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das trocas de treinadores durante do ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Ele lamentou a situação na entidade e afirmou que, apesar da instabilidade já vir de outros tempos, desta vez não houve blindagem aos jogadores.
— Lógico que muito nos entristece de ver uma seleção do tamanho da brasileira passar por esse tipo de coisas. Infelizmente, a gente não tem que se acomodar, mas faz tempo que é assim, não é só de agora. Sempre tem problemas, mas dentro de campo sempre foi muito blindado, e nesse último ciclo não fomos blindados. E isso repetiu dentro de campo, acredito que principalmente pelas incertezas, por não ter convicção nenhuma do que se estava fazendo — declarou o camisa 1 do Brasil.
O goleiro continuou, revisitando os últimos técnicos da Seleção, e disse que Ancelotti traz a blindagem necessária ao elenco.
— Um interino, depois o Diniz comandando um clube. Um ótimo profissional, um dos melhores treinadores no Brasil no momento, um ótimo profissional tendo que comandar a Seleção e um clube. Não tem nem palavras para isso Depois entrou o Dorival, conseguiu ter um pouco mais de tempo. Não deu certo, infelizmente. Uma grande pessoa, grande profissional também, foi vencedor em todos os lugares que passou. E chegou o Ancelotti, que acho que era o plano principal de sempre. Sempre foi a vontade dele estar aqui, tanto da CBF quanto dele. Ele tem demonstrado isso nas entrevistas e também internamente com a gente, ele tem demonstrado muita felicidade. Então, ele está trazendo isso, essa alegria, ele está trazendo essa blindagem, essa segurança por tudo que ele é. E tudo o que ele fala tem um peso diferente, com certeza. Ele preparou o nosso time muito bem para essas duas partidas, e conquistamos já o objetivo que a gente queria — concluiu Alisson.
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