Fica Dorival! Por permanência de treinador, presidente do São Paulo torce para CBF escolher estrangeiro para Seleção
Julio Casares ressaltou que Tricolor não foi procurado pela entidade máxima do futebol para tratar do assunto
Não foi só o coro formado por boa parte dos mais de 40 mil presentes na goleada do São Paulo sobre o Tolima na última quinta-feira (8), no Morumbi, que escancara a torcida tricolor para que a CBF não escolha de fato Dorival Júnior como o novo treinador da Seleção Brasileira. O presidente Julio Casares é mais um a endossar a vontade pública de que a entidade cumpra o desejo de contar com um estrangeiro na função.
Em entrevista à 'ESPN', o dirigente foi taxativo de que acredita na posição da CBF com um nome do exterior. E assim deixe Dorival em paz no CT da Barra Funda.
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- O trabalho segue com expectativa de que a CBF caminhe no seu conceito de tentar trazer um técnico estrangeiro, e nós fazendo um planejamento no longo prazo com o Dorival.
- É uma questão profissional de qualquer pessoa. Você não pode ir acima da lei ou um contrato leonino. O profissional tem que ter essa garantia. Nós não temos. Temos previsões pecuniárias dentro do contrato de uma relação bilateral. É o caso em que o São Paulo tem essa tranquilidade, porque como filiado da CBF, o São Paulo só falaria a respeito se fosse consultado. Nem nós fomos, nem o profissional - completou Casares.
Assim como na última quinta, quando o próprio Dorival se pronunciou sobre a questão, o mandatário são-paulino enfatizou que nem clube, nem treinador foram de fato procurados pela entidade máxima do futebol brasileiro.
- Como o técnico já disse, ele jamais foi contatado e nós também não. Não fomos consultados. A CBF tem sua autonomia e zelo pelos clubes que são filiados à CBF. O Dorival é a vinda de um treinador cujo planejamento é de algo a longo prazo.
- (Temos um) contrato de dois anos, no mínimo, para que ele estabeleça um planejamento junto com a gente. Eu escuto e acredito que é a vertente que eu tenho que acreditar, que a CBF procura um estrangeiro, declarou isso, presidente falou que está lutando, não jogou a toalha. Acredito que esse conceito de um estrangeiro é o que está permeando nossa tranquilidade - endossou Casares.
A informação divulgada na manhã desta quarta-feira (7), de que a CBF fez um contato com o técnico Dorival Júnior após a recusa do italiano Carlos Ancelotti para assumir o posto de comandante da Seleção Brasileira, movimentou os bastidores do São Paulo no CT da Barra Funda. Uma reunião de emergência foi convocada e contou com a presença de todos os dirigentes do futebol são-paulino. Segundo o LANCE! apurou, não há por parte do Tricolor qualquer motivação para oferecer resistência à ida de Dorival para a Seleção.
- Eu tive o nome vinculado apenas. Não teve um contato. Eu sempre deixei minha vida nas mãos de Deus. O que for para acontecer de melhor, que aconteça. Nunca forcei situação, nunca fiz um esboço do que seria daqui um ano, dois, três. Nunca preparei uma situação como essa. Nunca fiz isso. Sempre deixei as coisas acontecerem. Sempre tive confiança que Deus me colocaria nos locais e momentos corretos da carreira. Sempre foi assim. Não vai ser diferente. Caso tenha que acontecer alguma coisa, será por merecimento. Torço para que o presidente tenha a tranquilidade para escolher o melhor nome. Gostaria que continuasse sendo brasileiro, tem muitos profissionais para exercer a função. Fico apenas muito feliz de estar sendo lembrado de você poder um dia poder defender uma convocação. Isso não tem preço - disse Dorival.
A informação de que dirigentes da entidade máxima do futebol paulista procuraram o técnico tricolor foi divulgada inicialmente pelo portal 'UOL'. Segundo o veículo, o nome de Dorival sempre foi tratado como a principal opção caso Ancelotti, que reafirmou a permanência no Real Madrid, da Espanha, recusasse o acordo para assumir o selecionado nacional.
Depois de passar o primeiro trimestre desempregado, após ser demitido pelo Flamengo mesmo ganhando os títulos das copas do Brasil e Libertadores, Dorival foi anunciado pelo São Paulo no fim de abril. Desde então, o treinador engatou uma série de oito vitórias, quatro empates e duas derrota nesta segunda passagem pelo Morumbi. De acordo com fontes da diretoria ouvidas pelo L!, o Tricolor já tem um nome em mente para substituir Dorival caso ele deixe o clube. O nome é brasileiro.
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