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Raven Saunders amplia fila! Relembre protestos memoráveis no pódio ao longo da história do esporte

Americana do arremesso de peso fez o público lembrar de que não é a primeira vez que manifestações acontecem durante entrega de medalhas em grandes competições

Protesto dos americanos Tommie Smith e John Carlos na Olimpíada de 1968, na Cidade do México
imagem cameraToomie Smith e John Carlos em protesto no pódio olímpico nos Jogos do México, em 1968 (Foto: Reprodução)
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Lance!
Tóquio (JAP)
Dia 04/08/2021
06:17
Atualizado em 04/08/2021
07:14

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Medalhista de prata no arremesso de peso nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a americana Raven Saunders protestou no pódio ao erguer os braços sobre a cabeça e cruzar os punhos em apoio às minorias. Ela começou a ser investigada por se tratar de um ato não recomendado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), mas ação contra ela foi suspensa nesta quarta-feira (04). Não é de hoje que os protestos no pódio olímpico começaram.

Um dos momentos mais marcantes foi quando os velocistas americanos Toomie Smith e John Carlos subiram ao pódio nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968. Eles vestiram luvas e meias pretas sem tênis, além de Carlos ter usado um colar de grãos, em alusão a vítimas de tortura e homicídio por enforcamento. Mas a cena mais icônica foi durante o hino dos Estados Unidos, quando cada um ergueu a mão em que usava a luta com o punho fechado, símbolo da luta Black Power.

- Estávamos bem à frente do nosso tempo tentando quebrar o ciclo de ignorância. E agora isso está sendo levado adiante por jovens que provavelmente têm mais destaque do nós tínhamos naquela época - refletiu Toomie Smith em entrevista à revista "Sports Illustrated".

- Pode chamar de protesto, manifestação ou revolução. Para mim, foi um grito de liberdade.

Os protestos se estenderam para os Jogos Pan-Americanos. Na edição de Lima, no Peru, em 2019, os também americanos Race Imboden, da esgrima, e Gwen Berry, do atletismo, tomaram atitudes antirracistas ao ajoelharem uma perna no pódio e erguerem uma das mãos, respectivamente. Apesar de os tempos serem outros, os dois atletas foram suspensos depois do ato pelo comitê americano. 

Em Tóquio, a situação não é muito diferente, já que o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou alguns tipos de protestos durante a realização dos Jogos Olímpicos, mas proibiu atos políticos no pódio e em momentos de maior visibilidade do público.

Nas pistas da Fórmula 1, o ativismo seguiu presente. O piloto Lewis Hamilton vestiu uma camisa, durante a premiação no GP da Toscana, que dizia
“Prenda os policiais que mataram Breonna Taylor”. A mulher havia sido baleada oito vezes pela polícia durante uma investigação em sua casa em março de 2020, em Kentucky.

- Obviamente eles podem impedir que isso aconteça indo em frente, mas acho que as pessoas que falam sobre o esporte não ser um lugar para a política (estão equivocadas). Em última instância, são questões de direitos humanos, e na minha opinião é algo que devemos buscar - concluiu o hexacampeão mundial. 

Veja abaixo o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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