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Equipe de Refugiados compete pela segunda vez e faz história nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Histórias de superação comovem o mundo, e atletas se tornam símbolo de um futuro de paz e esperança

Equipe de refugiados
imagem cameraEquipe Olímpica de Refugiados foi criada para os Jogos do Rio, e projeto foi mantido para Tóquio (Foto: ACNUR)
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Lance!
(Tóquio)
Dia 02/08/2021
08:21
Atualizado em 04/08/2021
07:00

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A primeira Equipe de Atletas Refugiados Olímpicos compete em Tóquio a sua segunda edição de Jogos Olímpicos, depois da estreia no Rio de Janeiro, em 2016. Na época, foram 12 atletas, mas agora a delegação tem mais que o dobro de representantes. 

Foram vinte e nove esportistas de onze países: dois da Eritreia, cinco do Irã, três do Afeganistão, nove da Síria, quatro do Sudão do Sul e um de Camarões, Congo, Iraque, República Democrática do Congo, Sudão e Venezuela, respectivamente.

CRIAÇÃO
O maratonista Guor Marial fugiu do Sudão do Sul para os Estados Unidos, mas não possuía nacionalidade americana, e o Sudão não tinha um comitê olímpico. Por isso, participou dos Jogos de Londres, em 2012 como atleta independente. 

O presidente do COI, Thomas Bach, em meio à crise global de refugiados em 2015, anunciou durante a Assembleia Geral das Nações Unidas a criação da primeira Equipe Olímpica de Refugiados para competirem nos Jogos Olímpicos Rio, em 2016.

- Quando vocês, membros da Equipe Olímpica de Refugiados, e os atletas dos Comitês Olímpicos Nacionais de todo o mundo, se reunirem em Tóquio no dia 23 de julho, uma poderosa mensagem de solidariedade, resiliência e esperança será enviada a todo o planeta - comentou Thomas Bach na época.

A atuação da equipe nos Jogos sediados pelo Brasil incentivou a criação da Fundação Olímpica para Refugiados, que tem o objetivo de dar a um milhão de jovens refugiados o acesso ao esporte até 2024. 

SÍMBOLOS DA DELEGAÇÃO
A bandeira que representa a delegação é a clássica de cinco aros e foi erguida à frente de membros da delegação de refugiados durante abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio. As cores da delegação foram laranja e preta, em referência aos coletes salva-vidas, os refugiados sírios Yara Said e Moutaz Arian criaram o design da bandeira extraoficial e o hino, respectivamente.

- É um símbolo de solidariedade para todas as almas corajosas que tiveram de atravessar o mar para procurar segurança num novo país - revelou a designer Yara Said. 

No caso de uma conquista dos atletas, a bandeira dos cinco aros que será hasteada ao som do hino olímpico. O código da equipe (três letras que aparecem para designar a nacionalidade) é 'EOR' (Equipe Olímpica de Refugiados).

DESTAQUES 
Dois atletas são irmãos: Mohamad e Alaa Maso. Mas disputaram por bandeiras diferentes e chamaram a atenção do público. Diferentemente do que muitos imaginavam, eles não estão separados há anos, e moram na Alemanha desde que deixaram a Síria. Os dois fugiram por conta do conflito armado que o país enfrenta desde 2011.

 O irmão mais velho, Mohamad, de 28 anos, competiu pela delegação da Síria e ficou em 47º na final do triatlo em Tóquio. Já Alaa, de 21 anos, ficou em quarto lugar na eliminatória dos 50m livre masculino da natação representando a equipe dos refugiados.  

Outro momento emocionante nesta edição dos Jogos Olímpicos foi quando James Chiengjiek tropeçou e caiu nas eliminatórias dos 800m rasos do atletismo. Ele se levantou e não desistiu, mas quando completou a prova em último lugar, começou a chorar. O atleta nasceu no Sudão do Sul, mas fugiu para o Quênia, onde vive até hoje, e passou a representar a delegação dos Refugiados no Rio, em 2016.

Dorian Keletela é outro atleta que representa a delegação. Ele foi o mais rápido na terceira bateria das preliminares dos 100m rasos masculino no atletismo em Tóquio, mas não passou das eliminatórias após ficar em oitavo lugar em sua bateria. Ele perdeu os pais por conflitos armados no Congo e recebeu asilo em Portugal com apenas 17 anos.

DELEGAÇÃO DIVIDIDA POR MODALIDADES

JUDÔ

Muna Dahouk
Popole Misenga
Nigara Shaheen
Javad Mahjoub
Ahmad Alikaj
Sanda Aldass

NATAÇÃO
Alaa Maso
Yusra Mardini

LEVANTAMENTO DE PESO
Cyrille Fagat

ATLETISMO
Jamal Eisa
Rose Nathike
James Nyang
Dorian Keletela
Anjelina Nadai Lohalith
Jamal Abdelmaji Eisa Mohammed
Paulo Amotun Lokoro
Tachlowini Gabriyesos

TAEKWONDO

Abdullah Sediqi
Dina Pouryounes Langeroudi

CICLISMO

Ahmad Baddredin Wais
Masomah Ali Zada

KARATÊ
Hamoon Derafshipour
Wael Shueb

LUTA LIVRE - Aker Al Obaidi
BADMINTON - Aram Mahmoud
LEVANTAMENTO DE PESO - Cyrille Fagat Thcatchet II
TIRO - Luna Solomon
CANOAGEM - Saeid Fazloula
BOXE - Wessam Salamana

Veja abaixo o quadro de medalhas e o calendário dos Jogos Olímpicos de Tóquio:

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