Países que já sediaram a Copa do Mundo e como foram em campo
O desempenho dos anfitriões nas Copas revela surpresas, fracassos e campeões.

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A história das Copas do Mundo mostra que atuar em casa não garante sucesso, embora possa oferecer vantagem competitiva em momentos decisivos. Em 22 edições disputadas até hoje, apenas seis países foram campeões como anfitriões, um número que revela o equilíbrio e a imprevisibilidade do torneio. Ainda assim, algumas campanhas se tornaram lendárias, enquanto outras frustraram torcidas inteiras. O Lance! mostra os países que já sediaram a Copa do Mundo e como foram em campo.
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O desempenho dos anfitriões costuma ser observado com atenção por trazer fatores como pressão da torcida, clima favorável, adaptação ao ambiente e motivação extra. Por outro lado, muitos países sucumbiram ao peso das expectativas, registrando eliminações precoces e desempenhos abaixo do esperado.
Outra curiosidade marcante é que alguns dos maiores fracassos de seleções historicamente fortes aconteceram justamente quando jogaram em casa, caso da Espanha em 1982 e, mais recentemente, do Brasil em 2014. No lado oposto, países como Coreia do Sul, Suécia e Alemanha tiveram campanhas extremamente sólidas quando receberam o torneio.
Ao longo das décadas, o comportamento dos anfitriões também refletiu mudanças táticas, evolução técnica e transformações da organização do futebol mundial. Alguns países brilharam, outros decepcionaram, mas todos deixaram sua marca na construção da narrativa global do esporte.
Países que já sediaram a Copa do Mundo e como foram em campo
Países anfitriões campeões
Seis seleções conseguiram aproveitar o mando de campo para levantar a taça. O feito começou com o Uruguai em 1930 e se repetiu com Itália (1934), Inglaterra (1966), Alemanha Ocidental (1974), Argentina (1978) e França (1998). Nos casos italiano e argentino, o impacto político e social também foi determinante para a mobilização nacional durante o torneio.
A Inglaterra conquistou seu único título justamente como anfitriã, enquanto a França realizou uma das finais mais dominantes da história ao vencer o Brasil por 3 a 0 em 1998. Já a Alemanha Ocidental superou a Holanda do Futebol Total em uma final icônica. Os seis títulos mostram que a força local existe — mas está longe de ser garantida.
Anfitriões que falharam em casa
A lista de fracassos também é extensa. O caso mais emblemático é o Brasil, que sediou duas Copas e não venceu nenhuma: o trauma do Maracanazo em 1950 e o colapso tático do 7 a 1 em 2014 seguem como feridas históricas. A Espanha, campeã mundial em 2010, decepcionou profundamente em 1982, sendo eliminada na segunda fase de grupos.
Outro destaque negativo é o México, que mesmo sendo anfitrião em duas edições (1970 e 1986) não passou das quartas de final em nenhuma delas. Já os Estados Unidos, que receberam o torneio em 1994, mostraram competitividade, mas caíram nas oitavas.
Entre os piores desempenhos, Catar 2022 ocupa o topo: foi o único anfitrião da história a perder todos os jogos, encerrando sua campanha com zero ponto e enorme frustração.
Melhores campanhas de anfitriões sem título de Copa do Mundo
Alguns países chegaram perto e construíram campanhas memoráveis. O caso mais famoso é o da Suécia, vice-campeã em 1958, justamente na edição em que Pelé explodiu para o mundo. A Coreia do Sul, em 2002, alcançou uma surpreendente semifinal, superando Itália e Espanha antes de cair para a Alemanha.
A Itália de 1990 também teve um excelente desempenho, chegando ao terceiro lugar com uma das melhores defesas da história das Copas. A Alemanha em 2006 fez campanha sólida, caiu apenas na semifinal para a campeã Itália e recuperou totalmente sua imagem no futebol mundial.
Essas campanhas mostram que o fator casa muitas vezes leva as seleções a níveis de competitividade que raramente repetem em outras edições.
Piores campanhas de países-sede
O desempenho mais fraco pertence ao Catar, com zero ponto em 2022, um marco negativo inédito. Logo atrás aparece a África do Sul, que apesar da boa participação em 2010, foi eliminada ainda na fase de grupos.
A Espanha em 1982 também figura na lista das frustrações, especialmente por ser uma potência mundial e favorita à época. México e Estados Unidos entram na relação de campanhas medianas, com eliminações nas quartas e nas oitavas, respectivamente.
Na prática, a combinação entre pressão extrema, favoritismo e cobrança pública costuma produzir quedas inesperadas, como a do Brasil em 2014, cuja derrota histórica para a Alemanha marcou para sempre a trajetória de anfitriões na competição.
Países que mais sediaram a Copa do Mundo
Alguns países receberam o torneio mais de uma vez, e nem sempre com o mesmo desempenho. Brasil e México são os maiores exemplos: sediaram duas Copas e não venceram nenhuma. A França, que sediou em 1938 e 1998, conquistou o título apenas na segunda tentativa.
A Itália é o país mais bem-sucedido entre os anfitriões recorrentes, com dois títulos jogando em casa (1934 e 1990, este último com a seleção terminando em terceiro lugar). Alemanha, por sua vez, sediou em 1974 e 2006, com ótimas campanhas em ambas as edições.
Esse histórico mostra que nem sempre a estratégia, o nível técnico ou a preparação conseguem se repetir ao longo das décadas — mesmo quando o país recebe o maior espetáculo do futebol.
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