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Recordes da Copa do Mundo que dificilmente serão quebrados

Os feitos mais absurdos, improváveis e praticamente inalcançáveis das Copas.

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 08/12/2025
07:04
Pelé e Just Fontaine, dois dos maiores recordistas individuais da história das Copas do Mundo. (FIFA)
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A Copa do Mundo reúne grandes talentos e recordes difíceis de serem quebrados.
Just Fontaine marcou 13 gols em 1958 e mantém um recorde isolado.
Pelé é o único a vencer três Copas como jogador, um feito considerado inalcançável.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

A Copa do Mundo reúne, desde 1930, alguns dos maiores talentos que o futebol já produziu. Em quase um século de história, craques marcaram gerações com gols, dribles, viradas e atuações que definiram épocas. Mas, acima disso, surgiram recordes tão improváveis que parecem destinados a permanecer intocados, seja pela evolução tática do futebol, pelo aumento do equilíbrio entre seleções ou simplesmente pela raridade das circunstâncias que os permitiram acontecer. O Lance! apresenta recordes da Copa do Mundo que dificilmente serão quebrados.

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Essas marcas não são apenas estatísticas; representam momentos históricos construídos em contextos que dificilmente voltarão a se repetir. Mudanças físicas, técnicas e estratégicas do esporte criaram barreiras naturais para que grandes feitos do passado fiquem cada vez mais distantes da realidade atual. O calendário mais intenso, a exigência física extrema e a competitividade crescente tornam alguns desses números quase míticos.

Ao longo das últimas décadas, vários jogadores olímpicos tentaram, sem sucesso, se aproximar de algumas dessas marcas. Mesmo assim, a distância histórica permanece enorme. O torcedor mais jovem talvez imagine que novas estrelas possam ameaçar certos recordes, mas as tendências mostram exatamente o contrário: é cada vez mais raro alguém chegar perto do que os gigantes do passado realizaram.

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A seguir, veja os recordes mais icônicos, impressionantes e improváveis de serem quebrados na história das Copas do Mundo.

Recordes da Copa do Mundo que dificilmente serão quebrados

1. 13 gols em uma única edição – Just Fontaine (1958)

O feito de Just Fontaine em 1958 está tão isolado na história que parece quase fictício. O francês marcou 13 gols em apenas seis jogos, incluindo quatro contra a então campeã mundial Alemanha Ocidental. O recorde permanece intocado há mais de seis décadas e nenhum atacante moderno sequer chegou perto de ameaçá-lo. O segundo melhor desempenho em uma edição é de apenas oito gols, cinco a menos que o número de Fontaine. Em um cenário em que o futebol é mais estudado, defensivo e equilibrado, repetir algo parecido se torna praticamente impossível. A exigência física atual também reduz a probabilidade de um jogador manter um desempenho tão devastador em uma única campanha.

2. Pelé – único tricampeão da Copa do Mundo (1958, 1962 e 1970)

Pelé é o único atleta a conquistar três Copas como jogador, uma marca que parece inalcançável. Para igualá-lo, seria necessário que um atleta participasse de pelo menos três edições consecutivas, espaçadas por 12 anos, mantendo nível físico e técnico de elite por mais de uma década. A evolução do futebol, as mudanças táticas e a rotatividade dos elencos tornam esse cenário improvável. Além disso, a maior competitividade global impede que uma seleção domine o torneio por tantos ciclos seguidos. Nem Messi, Cristiano Ronaldo, Maradona, Ronaldo Fenômeno ou Beckenbauer chegaram perto desse patamar. Pelé ocupa uma prateleira solitária na história.

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3. Miroslav Klose – maior artilheiro da história, com 16 gols

Miroslav Klose é um caso raro de longevidade e eficiência. Entre 2002 e 2014, o alemão conseguiu marcar 16 gols em quatro Copas, superando Ronaldo Fenômeno por apenas um gol. Para superar Klose, um jogador moderno precisaria disputar pelo menos quatro ou cinco edições consecutivas, mantendo alto nível de performance, físico impecável e uma seleção competitiva por duas décadas. O cenário atual do futebol, com defesas mais organizadas e menos espaço para centroavantes clássicos, torna a possibilidade ainda mais remota. O recorde é uma combinação de talento, resistência e contexto histórico que dificilmente se repetirá.

4. Hakan Şükür – gol mais rápido da história (10,8 segundos)

O gol de Hakan Şükür contra a Coreia do Sul, em 2002, é tão rápido que desafia a lógica do futebol moderno. Para superá-lo, seria necessário marcar antes dos 10 segundos de jogo, algo que depende de uma sequência improvável de fatores: erro grave do adversário na saída, pressão perfeita na primeira jogada e uma finalização imediata. Com a saída de bola cada vez mais ensaiada e as seleções adotando postura mais cautelosa nos minutos iniciais, o cenário se torna praticamente irreal. Esse recorde é um daqueles feitos em que acaso e precisão se combinam de forma única.

5. Pelé – jogador mais jovem a marcar em Copa do Mundo (17 anos e 239 dias)

Quebrar esse recorde exige mais do que talento: requer que um adolescente, ainda em formação física e emocional, esteja presente em uma Copa e receba minutos de jogo suficientes para marcar um gol. No futebol atual, seleções priorizam atletas experientes, e jovens talentos normalmente são maturados com mais cautela. Além disso, as responsabilidades táticas e o nível de pressão aumentaram significativamente desde 1958. Pelé não apenas estreou jovem — ele brilhou, decidiu e mudou o torneio. A chance de um jogador ainda mais novo marcar tende a ser mínima.

6. Uma Copa do Mundo inteira sem empates – edição de 1930

A primeira Copa da história é um caso à parte: todas as 18 partidas tiveram vencedor. Com o futebol atual, empates são praticamente inevitáveis, seja pela estratégia de controle de jogo, pela evolução defensiva ou pelo equilíbrio técnico entre seleções. Com mais equipes, mais fases e mais jogos, a probabilidade de que uma edição termine sem um único empate é nula. Nem mesmo cenários extremos, como goleadas ou zebras, reduzem a chance de igualdade no placar. É um recorde simplesmente impossível de ser repetido.

7. Zagallo – três títulos da Copa do Mundo como jogador e treinador

Mário Jorge Lobo Zagallo é uma figura única na história das Copas. Bicampeão como jogador (1958 e 1962) e campeão como técnico (1970), ele construiu um legado que atravessa gerações. Para igualá-lo, seria necessário que um atleta fosse campeão em campo e, décadas depois, voltasse como técnico vencedor. A raridade desse caminho profissional, aliada às dificuldades que treinadores enfrentam em ciclos curtos de seleção, tornam o feito praticamente inatingível.

8. Cinco participações em Copas do Mundo

Apenas três jogadores chegaram a cinco Copas: Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Gianluigi Buffon. Embora pareça um recorde mais acessível, trata-se de um feito extremamente raro. O atleta precisa manter nível de elite por cerca de vinte anos, evitando lesões graves, atravessando várias gerações de treinadores e competindo com talentos mais jovens. A exigência física crescente e o calendário mais pesado dificultam ainda mais que novos jogadores atinjam essa longevidade.

9. Alemanha 7 x 1 Brasil – maior goleada em uma semifinal

O 7 a 1 no Mineirão entrou para a história como um dos jogos mais chocantes e improváveis já vistos em Copas. A magnitude da goleada, o contexto de semifinal e a condição de país-sede tornam o recorde praticamente inquebrável. Semifinais tendem a ser jogos equilibrados, e as seleções raramente se expõem defensivamente nesse estágio. A combinação de fatores que levou ao placar histórico dificilmente se repetirá em uma partida desse nível.

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