Pitaco do Guffo: o que esperar taticamente de Ancelotti na Seleção
Veja as opções e variações táticas do técnico italiano

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A confirmação de Carlo Ancelotti como novo treinador da Seleção é uma boa notícia no meio ao caos que se tornou a CBF. Antes de falar sobre futebol, espera-se que se dê ao treinador as condições para fazer um bom trabalho. Afinal, estamos falando de um dos homens que mais ganhou títulos e amigos no mundo da bola. Mas sem condições, não fará milagres. O que esperar taticamente de Ancelotti na Seleção?
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Primeiro, quero derrubar uma máxima que muitos têm usado: sua inexperiência em trabalho com seleções. Ora bolas, a maioria dos técnicos que assumiram a Seleção o fizeram com zero experiência anterior. Só pra lembrar os últimos títulos: Lazaroni, Luxemburgo, Dunga e Tite ganharam Copas Américas e Felipão foi campeão do mundo, com nenhuma passagem como treinadores da Seleção.
Adaptação é seu sobrenome
Talvez um dos maiores méritos de Ancelotti é saber se adaptar ao contexto do que lhe é entregue. Por exemplo, no melhor Everton das últimas décadas, ele conseguiu pegar um elenco apertado de opções e transformar Richarlison em artilheiro e trazer James Rodriguez de volta à vitrine do futebol. Por outro lado, veja como fez jogar aquele Milan que tinha Kaká, Seedorf, Shevchenko, Pirlo e outras estrelas.

Assim, o italiano não tem um esquema tático fixo preferido. Ele pode montar a Seleção em um 4-3-3 ou 4-2-3-1, de acordo aos jogadores disponíveis. O que sim é certo é que Carletto nunca utilizou três zagueiros em linha. Outra característica típica é a aproximação por dentro na zona de pressão da bola, enquanto um jogador apenas cria amplitude. Ou seja, ele gosta de jogadores que saibam flutuar entre linhas, fazer o corredor interno e também o famoso “facão", de quem joga pelas pontas.
Com ou sem Neymar?
A pergunta que não quer calar é se teremos Neymar disponível para as eliminatórias e para a Copa do Mundo. Com ele disponível, pode jogar como meia por dentro ou como falso 9, função que ele já exerceu com Tite. Outro fator que pode ser determinante é que Ancelotti gosta de um nove que saiba jogar como referência. E talvez o nome mais próximo dessas características hoje no Brasil seja Pedro do Flamengo.

Por último, acredito que a tranquilidade e bom relacionamento que Ancelotti tem com os atletas pode ser o ingrediente secreto para uma boa gestão e aplicação de ideias. Ele tem o desafio de assimilar jovens promessas como Vitor Roque, Endrick e Estevão, mas também de lidar com estrelas mundiais como Vini Jr, Neymar e Raphinha. O que esperar taticamente de Ancelotti na Seleção? Vamos esperar para ver. O cafézinho na beira do campo com certeza está garantido.
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