Filipe Luís culpa ‘erros individuais’ por queda do Flamengo no segundo tempo contra o Internacional
Técnico rubro-negro admite rendimento abaixo após o intervalo

- Matéria
- Mais Notícias
Técnico do Flamengo, Filipe Luís admitiu a queda de rendimento do time no segundo tempo da vitória por 1 a 0 sobre o Internacional nesta quarta-feira (13), pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Em entrevista coletiva após o duelo no Maracanã, o treinador afirmou que "erros técnicos e individuais" fizeram o time perder o controle da partida.
Relacionadas
➡️ Flamengo confirma lesão de Emerson Royal, substituído contra o Internacional
— Bom, o primeiro tempo excelente. Fizemos um grande primeiro tempo, o plano de jogo funcionou perfeitamente, tivemos muito volume, criamos muitas chances para fazer gol, e infelizmente, ou felizmente, só fizemos um gol. Fomos com uma vantagem, e (a equipe) não voltou diferente, voltou igual, com a mesma formação, o Inter voltou diferente. Mas é verdade que hoje, eu acredito que muito tenha sido de erros técnicos, individuais, que nos tiraram o domínio e o controle, fizeram o nosso time correr, tivemos dificuldade de sair nessas transições, o time ficou mais espaçado, não conseguimos sair. Cada vez que recuperávamos a bola, éramos extremamente verticais, não tivemos essa paciência, não conseguimos nem montar nossa estrutura direito. No final das contas, acabou que o time se partiu, e de alguma forma, não conseguimos reencontrar e nos organizarmos dentro do que foi o começo do segundo tempo e isso arrastou até o final — avaliou Filipe.
— Em contrapartida, tivemos também chances no segundo tempo de fazer gols, mesmo sem o mesmo volume. Tivemos momentos de posse, esporádicos, mas é verdade que caímos bastante no nosso nível. Também pelo resultado a favor, talvez, é isso que vem acontecendo, essa queda no segundo tempo, é sempre quando o time está com um resultado favorável, mas o Inter também não criou chances, e a gente teve mais chances claras de gol. Levamos uma vantagem pequena para a volta, mas não tem nada definido, está totalmente aberto — completou o comandante rubro-negro.
Sobre a vitória por um gol de diferença conquistada jogando em casa para a volta no Beira-Rio, Filipe Luís disse que o objetivo era conseguir fazer mais gols. Contudo, o técnico valorizou a vitória e afirmou que a equipe vai a Porto Alegre para vencer de novo, tanto no Brasileirão quanto na Libertadores.
— Claro que queríamos fazer um resultado melhor, mas também não é ruim. Vamos com vantagem, conseguimos uma vantagem. Conseguimos ganhar e dominar uma grande equipe, como é a do Inter, que tem uma forma de jogar também de controle de jogo, de volume, de posse, e no final das contas a gente teve mais. Só que não se traduziu em gols. Portanto, acho que foi um resultado justo e vamos com essa vantagem na cabeça. Vamos para vencer. Domingo é um jogo importantíssimo (pelo Brasileiro), somos os líderes. Temos que defender a nossa colocação. Vamos ver como a gente se prepara, quem se recupera bem para jogar domingo e ir para vencer os dois jogos — disse o treinador do Flamengo.

➡️ Zico e Ancelotti se encontram durante Flamengo x Internacional no Maracanã
Outras respostas de Filipe Luís após Flamengo x Internacional
Escalação de Bruno Henrique em meio a processo por suposta manipulação de apostas
— Meu tratamento com ele é o mesmo. Ele tem a presunção de inocência. Até que não seja julgado e condenado, ele é inocente.
Escalação do Internacional e desafio em Porto Alegre
— Era uma escalação parecida com o que a gente esperava. No final das contas, vaza tudo, lá e aqui. Então não tem muito mistério enquanto a isso. Tentei segurar ao máximo a escalação do Bruno. E foi puramente um plano de jogo em função do que eu acreditava que poderia encontrar no campo e como poderia explorar melhor o jogo contra o Inter. A entrada do Bruno e a saída do Pedro da equipe. Ainda tem que analisar o jogo com calma, ver o que aconteceu. Mas eu acredito que tem muito, além de mérito do Inter, tem muito demérito nosso, nessa nossa queda do segundo tempo. Acho que tem muita coisa nossa mesmo de detalhes micro para corrigir, para a gente poder sair dessa pressão que o Inter fez no segundo tempo.
Estreia do Carrascal
— Um jogador que a gente já viu que tem muita qualidade. Um trato com a bola muito refinado. Verdade que entrou num momento do jogo em que o nosso time não estava dominando, não estava sendo favorável para ele, e ele acabou saindo um pouco mais da posição que a gente pensou desde cedo para ele. Talvez por querer mostrar a qualidade que ele tem, ele acabou perdendo bastante a posição e não gerando as situações que a gente imaginava para que pudesse ser mais determinante. Temos um jogador com muito talento no nosso elenco e vamos lapidar para ele poder virar ídolo da torcida nos anos que vêm pela frente.
Falta equilíbrio entre os dois tempos?
— Campeonato Brasileiro é o campeonato mais competitivo do mundo. O problema é a expectativa que se gera em função do adversário que pisa no Maracanã, todo mundo acha que vai ser goleada. E não é fácil. Vimos o Santos vencer o Cruzeiro, o próprio Mirassol empatou com o Palmeiras fora, o Ceará… Não tem jogo fácil no Brasil. Agora, querer ganhar e golear todos os jogos no Brasil é algo irreal. Claro que existem super-equipes no mundo que conseguem fazer um campeonato extraordinário, mas o Brasileiro tem muitos fatores externos que fazem as equipes oscilarem: viagens, lesões e os adversários, principalmente. Valorizo cada vitória e espero que o torcedor também.
— Difícil diagnosticar (a falta de equilíbrio entre os tempos). São vários fatores. É muito difícil para um treinador quando você faz um primeiro tempo quase perfeito, com poucos erros e poucos ajustes a fazer em cima do que aconteceu - e sabendo que o outro treinador vai mudar. Só que eu não o que ele vai fazer, qual sistema, trocas, o que vai acontecer. Então, não tenho que falar o que vai acontecer para os jogadores, e eles mesmo precisam resolver dentro do campo. E leva tempo. Mas uma das coisas é isso. O técnico adversário muda no segundo e, até encontrar o equilíbrio, passam minutos. E no fim das contas, o placar a favor faz com que o time se feche um pouco.
➡️ Tudo sobre o Mengão agora no WhatsApp. Siga o nosso novo canal Lance! Flamengo
Próximos jogos contra o Inter
— Penso no jogo do domingo. Na verdade, ainda não pensei. Vou pensar amanhã na escalação que encaixe melhor na escalação dependendo do que acredito do que vai ser necessário para vencer o jogo. Somos líderes e precisamos defender a liderança. Não podemos abrir mão do Brasileiro e acredito, sim, que temos elenco para ir e tentar vencer os dois jogos, tenho jogadores muito fortes que aguentam e vamos com força máxima.
Ausência de Arrascaeta
— Sempre penso no plano de jogo e o no que o adversário vai nos proporcionar de dificuldade. Essa dupla que jogou hoje, Bruno e Plata, jogaram na final da Supercopa e fizeram um jogo extraordinário. Tem uma relação socioafetiva muito boa entre eles, eles sem procuram muito e não existe ninguém insubstituível. Mas nós estávamos falando - ao lado do Kaio Jorge - do melhor jogador do Brasil, que é o Arrascaeta. Temos que tentar tirar o máximo de rendimento dele e deixar ele sempre fresco, pra performar da forma que ele está performando.
Prefere um time veloz ou cadenciado?
— Penso sempre nas características dos jogadores que eu tenho. Não posso pedir velocidade para jogadores que não são velozes. Dependendo dos atletas que estão no campo ou disponíveis, eu penso no plano de jogo. Eu penso sempre em potencializar as características dos jogadores que eu tenho. Por exemplo, se eu tenho um Arrascaeta, que é de bola no pé, de se associar, jogar entre linhas, eu não posso pedir para ele atacar o espaço, vou tirar a característica dele e matá-lo para outras coisas. Os espaços estão onde o adversário nos concede. Se ele não concede por dentro, não vamos entrar por ali, vamos circular a bola de lado a lado, de uma forma que o torcedor talvez goste menos, que é em "U". Se ele espera dentro da área, não tem espaço para atacar. Penso o futebol dessa forma.
Saúl como volante
— Sim, é uma possibilidade que temos aí pros próximos jogos, em função dos volantes disponíveis que nós temos no elenco. Como você falou, o Eric e o Nico tem lesões, talvez o Nico volte, mas sem dúvida, se eu precisar, eu sei que o Saúl pode jogar ali. Aliás, jogou ali muitos anos.
Bola aérea e pressão ofensiva
— A fase defensiva, pressão alta é uma fase do jogo. Bloco médio, bloco baixo é uma fase do jogo. Hoje nós ficamos em bloco baixo em algum momento. O time soube sofrer. A bola parada foi em outro momento do jogo e todos eles têm a mesma importância. Só que fazer a pressão alta, se você rouba no campo do adversário, você está mais perto do gol deles, então têm a mesma importância. É a mesma importância que eu dou para a transição e para a criação. Cada adversário tem peculiaridades. Você nunca vai roubar a bola na área de um time que não joga. Num time que só dá chutão, você nunca vai roubar a bola no campo do adversário. Então cada jogo te dá pistas e estratégias para montar um plano e a bola parada faz parte desse plano. Tentamos que seja o mais completo para os jogadores.
Acredita que o Internacional irá jogar diferente no Brasileirão?
— O adversário está bastante estudado. O jogo de hoje nos dará pistas, com os espaços deixados e os próprios jogadores encontraram espaços que nós não falamos. Esses detalhes são os que vamos analisar novamente para poder montar novas estratégias para poder vencer. É um adversário muito qualificado, com variações táticas. Inclusive, contra o São Paulo, jogaram com três zagueiros, é uma possibilidade deles também. Temos que nos adaptar para qualquer mudança que eles podem fazer. E nós também vamos fazer ajustes para fazer um jogo melhor do que foi hoje.
Para acompanhar as notícias do Flamengo, acompanhe o Lance! Todas as informações e acontecimentos atualizados em tempo real
Tudo sobre
- Matéria
- Mais Notícias