Mística de Abel Braga não foi suficiente para o Internacional
Nem a motivação injetada pelo técnico foi suficiente para inspirar o time

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Nem a mística da chegada de Abel Braga foi suficiente para o Internacional. Precisando vencer as duas últimas partidas do Campeonato Brasileiro para não cair para a Série B, o Colorado perdeu a primeira. Não só perdeu, como foi goleado por 3 a 0 pelo São Paulo na noite de quarta-feira (3), na Vila Belmiro. Agora, além de vencer o Bragantino no domingo (7), no Beira-Rio, terá que torcer por resultados paralelos.
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Com os resultados paralelos, o Inter caiu para a 18º com 41 pontos. À sua frente a seu alcance estão Vitória, 42, Fortaleza e Ceará, 43, e Santos, 44.
Mística de Abel Braga não foi suficiente
Ídolo máximo da torcida como técnico, Abel Braga tem uma mística ligação com o clube e a torcida. Talvez seja o carioca mais vermelho do Brasil. Chegou no domingo (30) para sua oitava passagem pelo clube e já encheu os torcedores de esperança. Não só eles. Os relatos dos bastidores eram de um elenco que havia retomado a confiança.
– Eu vim porque acredito!
Foi a frase que ele repetiu nos três dias antes da partida contra o São Paulo. Bastou o árbitro trilar o apito inicial para a esperança e a confiança se esfacelarem. Com seis no meio-campo, a equipe perdeu praticamente todos as disputas de bola do primeiro tempo. Faltou criatividade para fazer a bola chegar à frente. E a defesa, ah, o sistema defensivo...
Os três zagueiros, dois laterais e três volantes foram envolvidos por Ferreirinha e cia. Para ajudar, o goleiro Sergio Rochet, que nem planejava voltar a jogar neste ano, mas voltou mesmo assim para tentar ajudar na ausência de Ivan e Anthoni, retornou sem ritmo e acabou colaborando na atrapalhação. Resultado: 3 a 0 para o Tricolor Paulista.
As falhas e os gols
E não foram três gols quaisquer. Foram obras coletivas de falhas da defesa. No primeiro, bola alta no meio da área. Vitão salta mas não a alcança, Thiago Maia se atrapalha e cai, enquanto Sabino sobe às suas costas para cabecear. O camisa 1 fez que saiu, mas não saiu. Caixa
No segundo, bola alçada na área. Olha o perigo aí! Juninho tirou mal e a redonda caiu para Bobadilla, livre! Ele só encostou para Maik, também livre, chutar. Thiago Maia até tentou um carrinho para atrapalhar. Mas a bola já havia saído em direção às redes coloradas.
No terceiro, Ferreirinha pedalou na frente de Aguirre e lançou Marcos Antônio. O volante deu um passe rasteiro, com açúcar e com afeto, para Luciano. O 10 entrava entre Thiago Maia e Mercado. Rochet tentou interceptar a bola, mas o tricolor o venceu com requintes de maldade, dando uma cavadinha.
Na coletiva, Abel Braga comentou:
– Não podemos tomar gols assim.
Com o sétimo placar com mais de três gols, o time desta temporada foi vazado impensáveis 56 vezes – somente em sete das 37 partidas até agora não tomou gol. Faltando uma partida, é a pior defesa colorada desde que o Brasileirão de pontos corridos passou a ter 20 times, em 2006. Em média, foram 1,5 gol por jogo, superando o 1,4 de 2023.
Com um sistema defensivo assim, não há mística, nem mesmo a do ídolo Abel Braga, que resista. Falta uma partida. O técnico terá três dias para tentar estancar o vazamento e, só assim, pensar em vencer e secar os adversários.
| Ano | Gols | Média |
|---|---|---|
2006 | 36 | 0,9 |
2007 | 44 | 1,2 |
2008 | 47 | 1,2 |
2009 | 44 | 1,2 |
2010 | 41 | 1,1 |
2011 | 43 | 1,1 |
2012 | 40 | 1,1 |
2013 | 52 | 1,4 |
2014 | 41 | 1,1 |
2015 | 38 | 1 |
2016 | 41 | 1,1 |
2018 | 29 | 0,8 |
2019 | 39 | 1 |
2020 | 35 | 0,9 |
2021 | 42 | 1,1 |
2022 | 31 | 0,8 |
2023 | 45 | 1,2 |
2024 | 36 | 0,9 |
2025 | 53 | 1,5 |

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