Pitaco do Guffo: teremos uma final brasileira?
Ficou mais difícil para Flamengo e Palmeiras se enfrentarem em Lima

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O desejo de uma final brasileira da Libertadores ficou um pouco mais distante depois do sacode que o Palmeiras levou em Quito, e agora terá um desafio enorme para se classificar no jogo da volta. A boa partida do Racing no Rio de Janeiro já deu um pouco da dificuldade que o Flamengo terá para confirmar a classificação em Avellaneda. Nesta Libertadores, teremos uma final brasileira?
Na semana que vem, primeiro o Flamengo vai à Argentina com a vantagem do empate, mas com importantes desfalques confirmados: Bruno Henrique e Pedro, que quebrou o antebraço, estão fora da partida. Filipe Luís deve escalar Plata ou Carrascal na função de centroavante? Tem o jogo com o Fortaleza antes para testar.
Na bacia das almas
Não foi que o Flamengo jogou mal. O time teve mais a posse da bola que o adversário (69% x 31%) e finalizou mais vezes do que a sua própria média de finalizações na Libertadores (20 x 13). Ou seja, o Flamengo teve volume, conseguiu criar e não converteu. O gol saiu realmente na bacia das almas da partida.

Nessas horas somos obrigados a fazer algo que não temos costume aqui no Brasil: olhar para como jogou o adversário. Geralmente fazemos análises olhando apenas para o time do nosso interesse, e deixamos de lado os méritos do adversário. E o Racing a verdade é que jogou muito bem, organizado, sustentando linhas e encaixes, adiantando bloco de marcação quando necessário, sem nunca deixar de buscar o gol. O Flamengo é favorito pela qualidade técnica dos seus atletas (e tem a vantagem de dois resultados), mas será um jogo de volta muito difícil, e não seria surpresa vermos o Racing classificado.
Um bocadinho complicado, oh pá
Um primeiro tempo onde tudo deu errado para o Palmeiras jogou por água abaixo qualquer estratégia ou planejamento que Abel Ferreira tivesse para os dois jogos das semifinais. Ir para o intervalo perdendo de 3 a 0 e com o anímico lá no chão não estava nos planos nem do mais pessimista dos palmeirenses.
E de novo, é necessário olhar para o adversário e reconhecer o excelente trabalho de Tiago Nunes, técnico brasileiro que desde que chegou na LDU deu cara e competitividade ao time da capital equatoriana e já virou ídolo no país. Ele que foi campeão da Copa do Brasil com um dos melhores Athlético-PR de todos os tempos, pode voltar a fazer história.
Teremos uma final brasileira na Libertadores? Talvez, com dois técnicos brasileiros, tenhamos sim.
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Gustavo Fogaça escreve sua coluna no Lance! nas noites de segunda e quinta-feira. Leia outras publicações do colunista nos links abaixo:
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