LANCE! Espresso: As duas faces de Klopp
Sempre carismático, treinador do Liverpool revelou-se também um mau perdedor
Desde os tempos de Borussia Dortmund, Jürgen Klopp é visto como um cara carismático e divertido. A impressão só aumentou quando assumiu o Liverpool. Durante a jornada que alçou o time inglês aos títulos da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes de 2019, Klopp era o técnico admirado pela competência e por seu jeito leve de enxergar o futebol. Mas outro Klopp surgiu nas últimas semanas, coincidindo com o fim da invencibilidade dos Reds na Premier League - apesar do iminente título - e a eliminação na Champions. E o coronavírus foi o gatilho para esta mudança.
Klopp pode se recusar a responder sobre aspectos técnicos da pandemia, afinal, não é especialista no tema. Mas foi grosseiro com o jornalista Martin Ainstein, da ESPN espanhola, que, antes da partida decisiva contra o Atlético de Madrid, fez uma pergunta coerente sobre a preocupação com elenco do Liverpool, que integra a liga europeia menos cautelosa até agora.
Após a dura derrota na prorrogação, Klopp ainda criticou o modelo de jogo dos Colchoneros, dizendo não entender como um time com ótimos jogadores abdica da bola. Quem, no fim das contas, venceu as duas partidas nas oitavas de final do maior torneio de clubes do mundo certamente tem méritos.
E Diego Simeone definitivamente transformou o Atlético nos últimos anos em um dos times mais competitivos da Europa. A resposta de Simeone foi brilhante. "Não há certeza no futebol. Jogamos para ganhar. Com toda nossa alma. Para isso jogamos". Klopp continua sendo um técnico fora de série, mas, desta vez, revelou-se um mau perdedor.
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