Trump critica protestos e manifestações políticas na NFL: ‘Futebol americano está muito chato’

De acordo com o presidente dos Estados Unidos, apoiadores estão pedindo para que comícios sejam marcados durante os jogos da Liga

Donald Trump ainda não era o presidente dos Estados Unidos. Hillary Clinton liderava todas as pesquisas e especialistas tinham certeza da sua eleição.
Donald Trump declarou que o futebol americano não é mais o mesmo (Reprodução)

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, não utilizou suas redes sociais para criticar as manifestações que estão ocorrendo durante a semana 1 da NFL, como geralmente faz. Todavia, o chefe de estado não deixou de dar aquela 'cornetada', só que agora utilizando o velho modo: falando. 

Durante comício na cidade de Henderson, em Nevada, na noite de domingo, Trump deu sua opinião sobre o início da NFL. 

– O futebol está muito chato – declarou Trump a seus apoiadores, de acordo com o jornal 'USA Today', 

– Não é mais o mesmo, certo? – acrescentou o presidente dos Estados Unidos. 

Ainda de acordo com o 'USA Today', Trump acrescentou que antes as pessoas pediam para que seus eventos não coincidissem com as partidas de futebol americano, mas que agora "elas dizem, 'você pode fazer possivelmente durante uma partida?'".  

Seu filho, Eric Trump, já havia criticado a liberação de protestos por parte da NFL, apontando que o 'futebol estava oficialmente morto'. Todavia, os números de audiência da primeira semana mostram o contrário. A partida que abriu o torneio, disputada na última quinta-feira  entre Kansas City Chiefs e Houston Texans foi o segundo evento esportivo mais visto dos EUA, atrás apenas do Super Bowl 54, realizado neste ano em Miami. O duelo, vencido pelos Chiefs por 34 a 20, foi visto por 20,3 milhões de espectadores. 

Os jogos desse domingo foram marcados por manifestações e homenagens, como a protagonizada pelo Minnesota Vikings à família de George Floyd, homem negro que foi assassinado durante custódia policial e que foi o 'estopim' para inúmeras demonstrações contra a injustiça social nos Estados Unidos e em vários lugares do mundo. Atletas, seguindo o exemplo de Colin Kaepernick, também se ajoelharam durante a execução do hino nacional norte-americano, algo que Trump sempre apontou como um ato anti-patriótico. A diferença em relação à manifestação de Kapernick anos atrás é que agora a NFL liberou as manifestações, inclusive promovendo campanhas pelo fim do racismo e da injustiça social. Há de se destacar que 70% da força de trabalho, ou seja, de jogadores da Liga, é constituída por atletas negros. 

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