LANCE! Espresso: Não basta acusar a oposição, Cruzeiro precisa provar que não sujou o seu céu estrelado
A polícia mineira investiga o clube para confirmar se realmente houve lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e ainda corrupção envolvendo conselheiros do Cruzeiro
O céu ficou nublado e a estrelas sumiram na noite de domingo. A derrota para a Chapecoense foi o de menos. O que tirou mesmo o Cruzeiro do prumo foi a matéria exibida no 'Fantástico', da TV Globo, apontando várias irregularidades em transações financeiras para pagamento de dívidas.
A lista de denúncias é extensa e grave, como a cessão de direitos econômicos de jogadores da base a empresários não cadastrados pela CBF, o que é proibido pela lei brasileira. A repórter Gabriela Moreira mostrou ainda como o clube tem torcidas organizadas na folhas de pagamento e que em 2018 Itair Machado, vice-presidente de futebol, recebeu R$ 3 milhões, autorizados por ele mesmo, entre salário e premiações por conquistas de títulos.
A polícia mineira investiga o clube para confirmar se houve lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e ainda corrupção envolvendo conselheiros. Antes da reportagem ir ao ar, o Cruzeiro soltou nota tentando tranquilizar sua torcida. O problema é que o comunicado só se preocupa em levantar a hipótese de vazamento interno de informações e não responde a nenhuma acusação. O presidente Wagner Pires de Sá [foto] não poderá mais se esconder atrás dos títulos recentes. Em má fase dentro de campo, o Cruzeiro tem, fora dele, uma missão árdua. Toda vez que a imprensa questionou as suas finanças, clube e muitos torcedores citavam uma suposta perseguição. Agora, cabe ao Cruzeiro provar que não sujou o seu céu estrelado.
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