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Ex-jogadores veem Ancelotti como esperança do Brasil para encerrar jejum na Copa

Brasil não conquista a Copa do Mundo desde 2002

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Thiago Braga
São Paulo (SP)
Dia 02/11/2025
04:15
Carlo Ancelotti na derrota da Seleção Brasileira (Foto: Yuichi YAMAZAKI/ AFP)
imagem camera(Foto: Yuichi YAMAZAKI/ AFP)

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O Brasil chega à Copa do Mundo de 2026 carregando uma marca incômoda: são 24 anos sem levantar o troféu mais importante do futebol. A última conquista foi em 2002, no Japão e na Coreia do Sul, e desde então a Seleção Brasileira tem acumulado eliminações marcadas por frustração e instabilidade. Para alguns ex-jogadores ouvidos pelo Lance!, a situação ainda é delicada na busca pelo hexacampeonato, mas a chegada de Carlo Ancelotti trouxe novo ânimo à equipe e reascendeu a esperança do torcedor.

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Fábio Santos acredita que o trabalho recente começou a surtir efeito e vê evolução desde a chegada do técnico italiano.

— Eu acho que o Brasil, óbvio que chega como um azarão, mas vejo com bons olhos. Depois da chegada do Ancelotti, a gente já viu uma melhora significativa — analisou o ex-lateral do Corinthians.

Após a Copa do Mundo do Catar, em 2022, o fim da "Era Tite" abriu um período de indefinição na seleção. O time passou por fases distintas e experimentou diferentes estilos sob o comando de quatro técnicos até a chegada do atual treinador, o italiano Carlo Ancelotti.

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O primeiro a assumir foi Ramón Menezes, campeão mundial sub-20 e nome interino imediato após a saída de Tite. Em seguida, Fernando Diniz dividiu atenções entre o Fluminense e a seleção principal, num período em que o Brasil buscava manter uma identidade de jogo ofensiva e técnica, mas sem resultados consistentes nas Eliminatórias. Dorival Júnior, então, foi o último brasileiro no cargo antes da efetivação de Ancelotti, oferecendo estabilidade e um breve resgate da confiança do elenco.

Agora, com Ancelotti à frente, o Brasil entra em nova fase. O treinador aposta na mescla entre juventude e experiência, com jogadores consolidados no futebol europeu e jovens que ganharam espaço nos últimos anos. O desafio, porém, é transformar esse potencial em desempenho convincente em uma competição na qual a pressão por resultados é histórica.

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Donizete Pantera, campeão da Libertadores em 1997, aprova o projeto de trabalho e destaca a liderança do treinador como fator decisivo.

— O trabalho está sendo feito. Pelo que o Ancelotti já fez no futebol, sem dúvida, ele tem uma grande experiência já no futebol. Ele vai fazer a cabeça dos meninos e vai dar tudo certo — afirmou Donizete Pantera.

Na visão de Jorge Wagner, o período de reconstrução natural após tantas trocas no comando ainda requer tempo, mas a confiança no trabalho é grande.

— A expectativa é a melhor possível. A gente sabe que tem muita coisa a ser feita, muita coisa a melhorar. Praticamente, a gente está iniciando um novo trabalho com o Carlos. Mas a expectativa é sempre muito boa, grande. O Brasil, sempre quando chega para uma Copa do Mundo, chega como favorito. A gente sabe das dificuldades e tudo o que vai encontrar pela frente — falou o ex-jogador do São Paulo.

Márcio Santos, campeão mundial em 1994, também elogiou a escolha de Ancelotti e ressaltou que o comando de um técnico com forte personalidade pode restabelecer a hierarquia e o respeito no grupo.

— O único pecado é que ele chegou um ano antes da Copa. E se ele tivesse chegado no começo dos quatro anos, trabalhando na Seleção, a Seleção já estaria voando. Ele é um vencedor nato. Todo mundo tem respeito por ele no mundo. Infelizmente, os outros treinadores que passaram antes não tinham respeito dos jogadores. Eu tenho certeza que agora, se o jogador for o capitão do time, se ele pisar na bola, o Ancelotti tira ele do time. Com ele não tem essa. Ele tem um respeito muito grande, ele pode fazer o que ele quiser. Então isso é bom pra Seleção. Tirou as cadeiras cativas do time, entendeu? Isso eu acho legal. E ele vai fazer o time funcionar. É claro que, como eu disse, eu espero que em um ano ele consiga fazer muita coisa — projetou.

A caminhada pelo hexa se estende desde 2002 e tornou-se quase uma obsessão nacional. A atual geração carrega o peso da tradição e a responsabilidade de encerrar o maior jejum da história moderna da seleção. O torcedor brasileiro vive, mais uma vez, a expectativa de ver o país retomar o protagonismo mundial e apagar duas décadas de espera por um novo título.

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Carlo Ancelotti em treino da Seleção Brasileira (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
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