Ancelotti exalta Brasil, mas alerta: 'Talento, apenas, não ganha'
Técnico ressalta importância de jogar pela equipe, não por desempenho individual

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Seis meses após assumir o comando da Seleção Brasileira, o técnico Carlo Ancelotti fez uma reflexão franca sobre o período no cargo e os desafios que enfrenta para levar o time pentacampeão ao sucesso na Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá. As declarações foram dadas na abertura da segunda edição do Summit CBF Academy, nesta quarta-feira (26), em São Paulo.
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O treinador italiano reforçou a importância do coletivo no futebol moderno e a necessidade de ir além do talento individual para construir uma equipe vencedora.
—- O talento é um aspecto muito importante para ganhar o jogo, está claro. O futebol mudou, vai mudar no futuro também, sobre isso não tenho nenhuma dúvida. O futebol de hoje não é o futebol dos anos 2000 ou dos anos 1980. Nos anos 1970, Pelé podia ganhar um Mundial solo, com Rivelino e Tostão. Nos anos 1980, o Maradona podia ganhar o Mundial solo. Em 1994, o Brasil tinha dois talentos extraordinários com Romário e Bebeto na frente, mas também tinha solidez defensiva ajudando os talentos, e com essa estrutura ganharam o Mundial — afirmou Ancelotti.
Ancelotti diz que vai convocar jogadores que 'ponham o talento para a equipe'
Antes de fechar a lista para o Mundial, Ancelotti ainda terá mais uma data Fifa, em março, quando a Seleção enfrentará França e Croácia nos Estados Unidos para avaliações, porém já deixou claro o perfil que busca para compor o elenco.
— O talento marca a diferença, porque nunca vi equipe que não tem talento ganhar. Nós temos que construir uma estrutura de jogo, de trabalho, na qual o talento tem que estar a serviço da equipe, isso é bastante claro. Quero na convocação jogadores que querem ser os melhores do mundo, quero chamar jogadores que querem ganhar a Copa do Mundo. Isso também é a diferença entre um grande jogador e um líder no campo. O líder põe seu talento pela equipe —- completou.
O Brasil não é campeão do mundo desde 2002, igualando o maior período sem títulos - a seleção ficou sem ganhar a Copa de 1970 até 1994. Por isso a pressão para que o time atual conquiste o hexacampeonato é imensa. Para Ancelotti, ela pode servir de estímulo para o elenco.
— A vida do treinador no Brasil não é simples. É muito complicada. A exigência é muito alta, mas creio que tem de ser assim. O estresse pode ser uma coisa positiva. Eu sei que vou sofrer pressão para ganhar a Copa do Mundo — afirmou Ancelotti.

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