Pitaco do Guffo: Uma aula de Renato Gaúcho
Um treinador que é muito mais que um motivador de vestiário

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O Fluminense eliminou a Internazionale por 0x2 e está nas quartas-de-final do Mundial de Clubes. Além do resultado histórico, viu-se um time taticamente disciplinado e psicologicamente focado, mostrando uma competitividade acima da média e necessária para enfrentar um gigante europeu. Foi sem dúvidas, uma aula de Renato Gaúcho.
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A mudança do esquema para 5-3-2 surpreendeu, uma formação diferente, com Nonato por dentro, jogando Germán Cano para fazer os duelos defensivos pela esquerda. O Fluminense criou o contexto do jogo e potencializou um defeito que a Inter já tinha na época de Inzaghi: ter que criar através da posse. Com técnico novo, era previsível que os nerozzurri tivessem ainda mais dificuldades nesse sentido. E Renato explorou muito bem essa deficiência dos italianos com a bola.
Com o selo Cano de qualidade
Claro que o gol de Cano no começo da partida deu ao Fluminense a vantagem do placar, mas o desenvolvimento inteiro da partida foi a favor dos tricolores. Inclusive, quando no final do primeiro tempo Renato leva um cartão por atrasar o jogo, ele chama os seus jogadores pro foco na competitividade. Cuidar do emocional, ser combativo, foco, elementos fundamentais pra vitória psicológica do jogo.
A Inter melhorou com Sucic na distribuição e com Lautaro encontrando mais chances para finalizar. E aí apareceu outro fator que acompanha Renato desde sua época de jogador: a sorte. Bolas na trave e no travessão, deram aquele susto nos torcedores do Fluminense. E um jogo que estava bem controlado, virou uma estratégia de sobrevivência, e para isso, o goleiro Fábio foi um verdadeiro salvador.
Renato x Guardiola, o duelo
E se estamos falando de uma aula de Renato Gaúcho, precisamos destacar o futebol de Jhon Arias, o melhor “brasileiro” até aqui no Mundial. Além da qualidade técnica, o colombiano foi uma liderança importante dentro de campo, conduzindo a pressão sem a bola e sustentando linha defensiva. Com certeza estará na seleção dos melhores do torneio.

Caso o Manchester City confirme seu favoritismo, teremos o duelo histórico entre Renato e Guardiola. Dentro do folclore do futebol, seria o tira teima do “raiz x nutella". Brincadeiras à parte, Renato não precisa provar pra ninguém o excelente técnico de futebol que é, e que seu trabalho é muito maior que apenas “motivar os jogadores".
Faz tempo que o Renato Portaluppi tem sido maior que o Renato Gaúcho. Que aquelas brincadeiras e fanfarronices de boleiro deram lugar a um treinador estudioso da parte tática, com boa leitura de jogo e principalmente, com entendimento do contexto das partidas. O único técnico brasileiro que ainda está no Mundial. Um colosso tricolor.
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