Lições de Flamengo e Palmeiras ao Fluminense antes de enfrentar o Chelsea
Tricolor será o terceiro brasileiro a enfrentar o time inglês na competição

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NOVA JERSEY (EUA) — O próximo adversário do Fluminense no Mundial de Clubes é o Chelsea, que ao longo da competição também enfrentou Flamengo e Palmeiras. Em jogos distintos, Rubro-Negro venceu de virada na fase de grupos, enquanto o Verdão foi eliminado nas quartas de final.
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Diante do desafio do Tricolor, o terceiro brasileiro a bater de frente com os Blues na Copa do Mundo de Clubes, os setoristas do time carioca e paulista no Lance! analisaram quais lições o Flu pode tirar das partidas. A semifinal será disputada na terça-feira (8), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium.
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Lições dos jogos de Flamengo e Palmeiras
Flamengo 3 x 1 Chelsea: concentração e paciência
— A principal lição, sem dúvida, é entrar concentrado no jogo desde o primeiro minuto. O Flamengo iniciou bem a partida contra o Chelsea, mas em uma bobeada do lateral-direito Wesley, viu os ingleses abrirem o placar — iniciou Lucas Bayer, setorista do Flamengo.
Este é um ponto essencial e que o Fluminense demonstrou dominar na competição. Na fase de grupos, estreou contra o Borussia em um duelo de muita aplicação tática e concentração. Já na rodada seguinte, contra o Ulsan, o time não teve o mesmo comportamento, sofreu a virada no primeiro tempo e precisou correr atrás do prejuízo. Desde então, os atletas incorporaram esse pensamento, que foi fundamental para avançar à semifinal.
— Nós estávamos bem na partida, fizemos o gol e no momento que tomamos o gol, teve a parada técnica, nosso time relaxou e acabamos tomando a virada. No intervalo, corrigi algumas coisas, cobrei outras, porque a coisa que mais converso com meu grupo é para eles ficarem focados nos 90 minutos. No momento que você não fica focado no trabalho, as coisas acontecem. Não ficamos focados como deveríamos e tomamos a virada. Um jogo que, teoricamente poderíamos ter saído com a vitória no intervalo, a gente complicou — afirmou o treinador tricolor na ocasião.
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Além disso, Bayer afirmou que a postura defensiva foi chave para que o Rubro-Negro saísse vitorioso do Lincoln Financial Field, na Filadélfia, onde aconteceu o jogo. Com sua defesa bem postada, o time "teve mais tranquilidade para construir suas jogadas e agredir seu adversário, mostrando que o 3 a 1 não foi acaso, foi estratégia e organização".
Outro fator é a "paciência e sabedoria". O time inglês saiu na frente, mas no segundo tempo o Flamengo virou o jogo em poucos minutos, deixando os adversários "pilhados". Com isso, passaram a ser mais agressivos, o que resultou na expulsão de Nicolas Jackson e a concretização da vitória. Para ele, é importante que o Flu saiba jogar de acordo com o que pede o jogo, mas "sem desespero se estiver perdendo e sem baixar a guarda se estiver ganhando".
Palmeiras: compreensão de jogo e adaptação
O setorista do Palmeiras, Vitor Palhares, destacou que o calor pode ser uma arma a favor do Fluminense, uma vez que os brasileiros estão acostumados a jogar sob de altas temperaturas. Entretanto, reforçou que só isso não bastará para que o Tricolor saia com a classificação. O nível de entrega precisará ser tão gande ou maior do que nas nas fases anteriores.
— Para ganhar, tem que jogar sempre no limite e mesmo assim, às vezes não é suficiente. O Palmeiras passou longe de jogar no limite. É a discrepância. E pra mim o que prova isso foi o que o Renato fez no jogo do Flu contra a Inter de Milão. Em algum momento é preciso assumir o papel de inferioridade e recalcular a rota pra tentar jogar. Tanto que o Renato vai lá e bota três zagueiros. O Filipe Luis tentou ficar trocando e isso mostra confiança no trabalho, mas eles são melhores, então é arriscado — comentou.
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Ao citar o jogo contra os italianos, o setorista se referiu à troca de esquema tático do Flu, que adotou um 3-5-2 para espelhar os adversários, fórmula que se repetiu diante do Al-Hilal. O Tricolor nunca havia jogado dessa forma sob o comando de Renato, mas o treinador apostou na mudança para surpreender seus oponentes e funcionou. No entanto, Palhares voltou a reforçar a diferença técnica entre as equipes.
— Quando eles querem realmente acelerar, mudar para quinta marcha, não tem muito o que fazer, eles são melhores. É muito simbólica aquela frase que o Abel fala que a discrepância começa no momento em que em que eles vêm e compram o melhor jogador do Palmeiras, o Estevão — alertou.
Apesar disso, o próprio Flamengo já mostrou que o Chelsea não é invencível e o Palmeiras por pouco não fez o mesmo. Na mesma linha da anállise de Bayer, Palhares afirmou que é um time impaciente e que, quando o perde o controle do jogo, apresenta dificuldade para impor essa superioridade. Frisou que é neste momento que o Fluminense "precisa ser letal". Caso contrário, sofrerá do mesmo que os paulistas e poderá perder a oportunidade de avançar para uma final histórica.
— Os jogadores deles que têm a capacidade de fazer diferença, são muito diferentes, o Cole Palmer lá naquela bola, por exemplo, tira a defesa do Palmeiras inteira. O Michael e o Giay não souberam o que fazer. É muita facilidade, muita técnica — completou.

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