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Botafogo chega às oitavas do Mundial mostrando personalidade; veja destaques

Estreia foi apenas razoável, mas time cresce com bons jogos na sequência

imagem cameraBotafogo fez primeira fase para ser comemorada (Foto: Patrick T. Fallon/AFP)
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Marcio Dolzan
Enviado Especial
Dia 27/06/2025
13:00

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FILADÉLFIA (EUA) - O Botafogo que chega às oitavas de final do Mundial de Clubes é, talvez, a grande sensação entre os clubes brasileiros. Afinal, o time que fez um primeiro semestre irregular integrou o “grupo da morte” nesta Copa de Clubes na primeira fase, brigando por vaga com PSG, Atlético de Madrid e Seattle Sounders, o único azarão da chave. No fim, dez minutos separaram o Botafogo da primeira colocação do grupo.

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 — Vou ser incisivo e irônico: se o Renato Paiva tivesse dito no Brasil que passaríamos por esse grupo, ele seria esculachado à quinta da casa por todo mundo — disse o treinador do Botafogo após a derrota por 1 a 0 para o Atlético de Madrid, resultado que acabou sendo suficiente para a classificação.

— Fizemos o que ninguém estava esperando e temos que valorizar isso para o torcedor do Botafogo — acrescentou o técnico.

Para o colunista do Lance! Gustavo Fogaça, o Guffo, o Botafogo é o time que brasileiro que "mais surpreendeu", sobretudo pelo que propôs no campo.

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— O time conseguiu achar um novo modelo de jogo dentro do torneio, e encaixou nisso. Um jeito mais reativo, deixando a bola com o adversário e aproximando as linhas defensivas para "emblocar" defensivamente o time — opina Guffo.

— O objetivo é proteger a chamada "zona 14", onde saem a maioria dos gols em uma partida de futebol. No mapa de posse, vemos como essa zona (quadrado na meia lua da área defensiva), é domínio do Fogão. Ofensivamente, o time vai depender de não desperdiçar as chances dos contra ataques e bolas paradas — avalia Fogaça.

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Botafogo sai do sufoco da estreia no Mundial para a personalidade nos jogos seguintes

O início, porém, deixou a desejar. Diante do Seattle Sounders, o Botafogo fez um bom primeiro tempo, quando abriu 2 a 0 no placar. Mas recuou na etapa final, sofreu um gol e só não saiu de campo com o empate porque John salvou aos 49. Além disso, a pontaria dos norte-americanos estava ruim — o time finalizou 23 vezes, mas apenas cinco em direção à meta alvinegra.

Os erros daquela partida, porém, pavimentaram as mudanças que acabariam sendo decisivas para a melhor partida do Botafogo no Mundial: a vitória sobre o PSG, na segunda rodada.

Renato Paiva mudou o esquema, aumentou a marcação no meio-campo e, recuou as linhas e fez o Botafogo jogar naquela que é sua melhor versão: com transições rápidas e apostando na velocidade do trio mais ofensivo, Savarino, Artur e Igor Jesus.

A crueza dos números dos jogos que se seguiram podem mostrar um Botafogo acuado. Afinal, o time perdeu na posse de bola (75% a 25% diante do PSG e 62% a 38% com o Atlético de Madrid); nas finalizações (16 a 4 diante dos franceses, e 24 a 7 com os espanhóis); e no total de passes (incríveis 751 a 262 com o PSG, e 576 a 373 com o Atleti).

Mas o futebol jogado foi de bom nível. Não houve retranca, mas sim cautela e muito poder de marcação. Além disso, futebol é bola na rede: o Botafogo aproveitou a melhor chance que teve diante do PSG e marcou o gol da vitória com Igor Jesus, e isso num contexto em que finalizações em direção a gol foram maiores para o time alvinegro (4 a 2). Diante do Atlético de Madrid, o gol sofrido só veio aos 41 do segundo tempo, e a primeira grande chance da partida foi do Botafogo, desperdiçada por Savarino.

Mudanças para encarar o Palmeiras

Diante do Palmeiras, Renato Paiva terá que promover pelo menos uma mudança. Gregore, um dos destaques do meio-campo defensivo, levou o 2º amarelo e está suspenso.

Paiva tem duas opções para suprir a ausência do volante. Uma delas é colocar Newton ou outro volante e manter o mesmo esquema. A outra é voltar à formação que estreou diante do Seattle Sounders, com um atacante ao lado de Igor Jesus.

Igor Jesus marca para o Botafogo sobre o PSG
Igor Jesus tem feito a diferença para o Botafogo neste Mundial. (Foto: Patrick T. Fallon / AFP)

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