Exclusivo: Técnico do Minas analisa série contra o Vasco nas quartas do NBB
Leo Costa entende a importância de respeitar o adversário nas quartas de final

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A equipe de basquete do Minas Tênis Clube foi o grande líder da temporada regular do NBB, mas os "pés continuam no chão" para o comandante do elenco. Após eliminar o Mogi, o time volta à quadra para enfrentar o Vasco nas quartas de final dos playoffs da liga brasileira. Em entrevista exclusiva ao Lance!, o técnico Leonardo Costa abriu o jogo sobre o processo de preparação para a atual temporada, além de destacar o foco total no confronto contra o Cruz-Maltino. Veja a entrevista na íntegra acima.
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— Na off-season, a gente fez um trabalho de análise de vários jogadores. Basicamente, as análises da temporada, manutenção de atletas que a gente achava que seriam importantes para a sequência do projeto e também a inserção com maior minutagem de alguns jovens das categorias de base, que vinham demonstrando que mereciam esse espaço e conquistaram isso também — disse Leo Costa.
Com a equipe bem estruturada, o resultado positivo foi "apenas" uma consequência, e o topo da tabela foi dominado pelo Minas. Em primeiro lugar na fase regular, a equipe mineira conquistou a vantagem do mando de quadra durante toda a campanha dos playoffs, o que foi celebrado por Leonardo Costa. O técnico, no entanto, destacou um ponto negativo do novo formato do NBB.
— Sem dúvida de poder ter a vantagem de jogar um número maior de partidas na sua casa, isso é um ponto positivo. Muitas vezes, não é o fator decisivo para uma série, mas é uma conquista. Eu acho que todas as séries do NBB também têm um ponto que não me agrada muito, que é a equipe que está melhor colocada a iniciar com o primeiro jogo fora de casa. Então, isso acho que equilibra um pouco essa questão — analisou.
Foco nos playoffs e no Vasco
O suposto favoritismo da primeira fase garante o mando de quadra, mas o resultado é feito a partir do desempenho da equipe durante cada jogo, como definiu o técnico. Agora, o foco está na preparação para enfrentar o Vasco, que vive boa fase nos playoffs do NBB.
— Claro que a gente sabe que playoffs é um outro momento do campeonato. A gente vai ser muito mais testado a cada série e agora focado 100% no Vasco, sem pensar no que pode vir à frente. Então é focar 100% no Vasco para a gente conseguir continuar tendo essas vantagens de imprimir ritmo nos jogos e quem sabe vencer as partidas necessárias para avançar para a fase semifinal — analisou Leo.
É a sexta temporada de Leonardo Costa no comando da equipe, sendo que em todas as ocasiões o Minas chegou as semifinais, e o técnico pretende repetir tal feito. Assim, ele destacou a importância de entender a posição atual do clube e a qualidade de cada classificado, que - assim como o Minas - também está entre os melhores do Brasil.
— Olha, a gente tem total consciência da situação que a gente está no campeonato. Entendendo que nós estamos falando das oito melhores equipes agora, não existe nenhum jogo que na minha visão é um jogo fácil. O Vasco é uma equipe que joga de forma muito intensa, muito fisicamente e a gente não pode perder nesse quesito, porque senão eles teriam uma vantagem na série que a gente não quer proporcionar — afirmou.
As equipes se encontraram em duas oportunidades durante a fase regular. Nas ocasiões, cada time conquistou uma vitória em seus respectivos estádios e cidades. O Vasco venceu o jogo em São Januário, no Rio de Janeiro, enquanto o Minas garantiu o triunfo em Belo Horizonte.
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Pressão do "favoritismo" no Minas Basquete
— Eu acho que isso tudo fica fora do processo que realmente resolve que é dentro da quadra. Então pode ser que pela campanha, pode ser que pela vantagem do mando de quadra a gente seja encarado como favorito, mas eu converso muito isso com os atletas. O favoritismo tem que sair da folha de papel e entrar dentro da quadra. Não adianta você ficar nessa teoria de favoritismo, mas não desempenhar, não entrar com a atitude que um playoff exige, sabendo que o Vasco é uma equipe também experiente. Então eu acho que esse tipo de pressão é absorvida de forma natural pelos jogadores.
— Isso, para os dois lados, se neutraliza e vai ter que ficar realmente quem conseguir nessa série colocar em quadra a proposta melhor de jogo e produzir mais para merecer avançar para uma semifinal.
Desempenho em casa
— A gente vem conseguindo alguns pontos sólidos de alicerce para a equipe, principalmente o aspecto defensivo e rebotes. Tem sido uma grande força nossa na temporada e acho que isso está fazendo com que a gente tenha um número grande de vitórias.
— A gente só tem duas derrotas, uma no Super 8, que foi a final contra o Flamengo, e uma vitória contra o Corinthians. São 19 jogos em casa, só duas derrotas, o que mostra também que a equipe se comporta bem dentro do nosso ginásio. É uma temporada que penso que a gente acertou nas escolhas de atletas, pelo nível de comprometimento, pela característica que eles podem exercer taticamente para a equipe.
Ajustes jogo a jogo
— Acho que o primeiro é não projetar o longo prazo, né? Encarar cada jogo como se fosse o último, no sentido de entrega, nível de concentração e confiança. Temos que viver cada partida como se fosse a última, entrar já nesse jogo de estreia no Vasco na sexta-feira com toda a energia, com toda a concentração. Precisamos produzir ofensivamente, o Vasco é uma equipe que marca, como eu falei, muito físico, a gente precisa conseguir produzir também para ir vendo o que a série nos traz. E depois, naturalmente, vão ter os ajustes dos dois lados. Acho que a parte bonita do basquete é esse jogo de xadrez, né?
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