Análise: um Internacional aos farrapos às vésperas do Gre-Nal
Goleada para o Palmeiras implode a gestão e o vestiário colorados

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É difícil sair ileso de uma goleada. Ainda mais quando ela vem acompanhada de um baile. Foi isso que aconteceu com o Internacional ao tomar 4 a 1 do Palmeiras na noite deste sábado (13), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Verdão foi imensamente superior ao Colorado, que sai do confronto aos farrapos às vésperas do Gre-Nal 448, que será jogado no domingo (21), às 17h30min (de Brasília), no Beira-Rio.
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Com o resultado, o Alvirrubro permaneceu estacionado com 27 pontos a cinco pontos da primeira posição da zona de rebaixamento – o Vitória, que perdeu por 2 a 0 para o Fortaleza, também no sábado.
Déjà vus em sequência
Tem sido comum no ano. O Colorado repetiu contra o Verdão os erros e desatenções para os quais o Lance! já tratou em diversas matérias – gol antes dos 10min de jogo (foi o décimo do ano), defesa tomando muitos gols, meio-campo desatento atrás e sem força na frente, ataque inoperante. Na coletiva, é possível que tenha acrescentado outro.
É difícil de saber se foi pensado ou combinado, mas tanto o técnico Roger Machado quanto o vice de futebol José Olavo Bisol fizeram cobranças públicas aos jogadores. Desde a eliminação para o Fluminense na Copa do Brasil o Inter vive em uma espiral de crise. Mas, até agora, os atletas permaneciam incólumes nas falas à imprensa.
Ao dizer que todos estavam frustrados, decepcionados, irritados, até, o treinador aproveitou para se desculpar e cobrou:
– Quem veste a camisa o Internacional tem que saber a responsabilidade que tem. É inadmissível a gente tomar quatro gols num primeiro tempo. Independente do adversário que seja.
Respaldo e cobrança
Depois do treinador, foi a vez de Bisol. O cartola começou falando que o resultado foi “muito vergonhoso” e respaldou a permanência de Roger Machado:
– Roger é o nosso treinador. Será o treinador no Gre-Nal.
Depois, soltou o verbo:
– Perder no futebol faz parte. O que não pode é perder como nós perdemos. A gente deveria ter muito mais ímpeto e postura. Foi o que não mostraram nossos atletas.
Cobrança pública pode ser tiro pela culatra
Os dois até podem estar certo, afinal, o time que agora vem jogando mal é praticamente o mesmo que ficou 16 partidas invictas no ano passado. Só que, até os quero-queros do Beira-Rio sabem que cobranças públicas de atletas têm o efeito contrário. Ou seja, é mais fácil perder o grupo dessa forma, do que remobilizar o time para um clássico.
Para lembrar, em 2012, quando assumiu de técnico no Inter, Fernandão deu uma coletiva após um jogo criticando os jogadores. Ele disse que o elenco estava em uma “zona de conforto”. O ídolo eterno do clube acabou demitido logo em seguida, às vésperas de um Gre-Nal.

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